Capítulo 18 - Sr. Bisbilhoteiro

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Park Jimin

— Sra. Jeon? — Resolvi abrir a porta e espiei minha cabeça no quarto dela. Ela estava sentada na cama assistindo TV.

— Entra, entra, querido. E me chame de Lily.

Eu mandei uma mensagem a Jungkook para descobrir o que ela gosta de comer e trouxe-lhe um filé de peixe do Mcdonalds, que Jungkook tinha me dito que era uma porcaria, mas também a sua comida favorita.

― Pensei que talvez você pudesse explorar alguma companhia hoje. Jungkook ficou preso no escritório desde ontem. Trabalho próximo daqui.

― É o cheiro de um sanduíche de peixe o que estou sentido?

Eu sorri. ― Claro que é.

― Jungkook acha que porque não é de algum restaurante chique que cobra 60 dólares por uma refeição tão grande como um quarto, que não é boa comida. Amo o menino, mas ele pode ser um completo esnobe com a cabeça enfiada no traseiro às vezes.

Eu ri pensando no engravatado metido. — Ele tem um lado elitista consigo às vezes.

Havia uma bandeja sobre rodas no canto, então eu puxei-a mais perto e coloquei seu almoço, em seguida, o meu.

― É uma novela que você está assistindo?

Days of Our Lives. Minha filha me viciou nelas.

― Ela viciou seu filho também. — Eu ri.

― Você sabe sobre isso?

― Sim. É meio fora do personagem para ele.

― Não foi sempre assim. Acredite ou não, o homem costumava ser um mingau. Ele estava com a minha Cecília, enfim. O menino idolatrava a mãe dele. Ficou mal quando ela faleceu. Provavelmente por isso ele é da maneira que é. Não se apega a muitos ômegas, se você sabe o que quero dizer. O que fez apegar-se, não ficou por aqui. Não foi culpa de minha Cecília, claro.

Eu sabia que ela também estava se referindo ao Taeyeon. O primeiro ômega que ele se abriu depois da morte de sua mãe tinha o decepcionado. Eu nem sequer conhecia o ômega, e já o desprezava.

― Como se sente? Jungkook disse que a cirurgia é sexta-feira.

― Sinto-me bem. Eles continuam tentando me fazer tomar remédios contra a dor, mas não preciso disso, e isso me deixa com sono. Acho que só eles gostam de idosos dormindo o tempo todo, então nós não pedimos nada.

Eu olhei ao redor da sala. Era o melhor quarto de hospital, um em que eu nunca tinha estado. Havia espaço para uma dúzia de pacientes, ainda havia apenas uma cama na sala. No canto, havia um belo arranjo de flores.

Lily me viu olhando. ― Elas são de Jungkook. Ele envia-me um arranjo fresco toda semana na terça-feira, como um relógio. Eu costumava ter um jardim gigante, mas tornou-se demais para eu gerenciar.

— Ele é muito atencioso, quando quer ser.

― Há dois lados para aquele homem. Imprudente e cuidadoso. Não sei se ele tem em seus genes o meio termo.

― Você certamente o tem cravado.

― Alguém tem que vê-lo pelo que ele é e confrontá-lo por suas merdas.

Eu ri. ― Suponho que sim.

― Mas algo me diz que você vai fazer o mesmo. Posso dizer que... Você é bom para ele.

― Você acha? Nós somos opostos em muitas maneiras.

― Não importa. É o que está dentro de vocês dois que conta.

Um Ômega Perfeito | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora