Capítulo 19 - Memórias ruins

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Jeon Jungkook

Eu deveria estar trabalhando em vez de brincar. Minha mesa estava empilhada com toneladas de documentos, havia, pelo menos, cem e-mails em minha caixa de entrada que precisava responder, e eu aqui escrevendo para uma colunista de conselhos de sessenta anos de idade novamente.

Cara Ida,

O ômega que eu tenho visto recentemente manifestou interesse em ser amarrado. Eu queria saber se você poderia fornecer alguma orientação para um iniciante em cativeiro pela primeira vez. Corda seria um bom investimento? Ou você sugere-me algo como algemas forradas de pele? Talvez algumas gravatas de seda que são menos propensas a deixarem marcas nos pulsos? Gostaria de salientar que eu pretendo enterrar meu rosto em sua pequena entradinha apertada, então haverá uma boa dose de puxar as amarras enquanto ele está se contorcendo na cama com orgasmos múltiplos.

- Cinquenta Tons de Jeon, Manhattan

Só demorou 20 minutos para uma resposta aparecer na minha caixa de entrada. Eu esperava uma resposta longa cheia de sarcasmo habitual. Eu deveria saber melhor do que pensar que eu poderia prever alguma coisa a ver com Jimin Coushatta.

Caro Cinquenta Tons,

Posso sugerir verificar a mesinha de cabeceira do seu parceiro? Talvez desde que este ômega que está vendo manifestou interesse, ele deve ter ido fazer compras depois do almoço para alguns suprimentos.

Esse ômega ia ser a minha morte. Eu sabia disso. Uma hora depois, minha secretária zumbia através do
interfone.

"Sr. Jeon? Você tem uma chamada na linha três."

— Eu não pedi para não ser interrompido?

"Sim. Mas eles disseram que era urgente."

— Quem é e o que eles querem?

"Humm. Eu não perguntei."

— Escute... — Qual diabos era o nome dela? Ellen? Maldição. — A maior parte do seu trabalho é a tela de chamadas de telefone, estou correto?

"Sim."

― E você consideraria que interromper-me quando eu pedi para não ser interrompido, sem ter o nome de quem chama, seja fazer seu trabalho corretamente?

"Eu..."

Minha paciência estava se esgotando. — Descubra o nome de quem está ligando e o motivo da chamada tão urgente.

Um minuto depois o interfone tocou novamente. — O quê?

"É um senhor Simeone. Ele disse que o motivo de sua emergência é que seu marido está morto."

Eu peguei o telefone. — Taeyeon.

"Jungkook. Preciso de sua ajuda."

— Estou trabalhando nisso. Eu te disse isso ontem.

"Preciso de mais do que isso."

Eu tirei meus óculos e joguei-os na minha mesa. Esfregando as mãos sobre o meu rosto, dei uma respiração profunda. Passaram anos desde que tive uma conversa civilizada com meu ex, mas ao contrário da crença popular, não fui um idiota total. Ele acabou de perder seu marido para um ataque cardíaco aos trinta e um anos.

Recostei-me em minha cadeira, exalei um suspiro de raiva e respirei o ar fresco da compaixão. ― O que posso fazer por você Taeyeon?

"Não quero administrar uma empresa sozinho. Eu não posso fazê-lo."

Um Ômega Perfeito | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora