Epílogo

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Numa galeria imensa, uma vastidão de livros se espalhava por toda a coleção do homem que levou décadas para reuni-los. Cuidadosamente o corvo reorganizava a coleção de enciclopédias, estava escuro lá dentro, mas o feiticeiro não se importava, gostava das sombras, depois de tanto tempo nelas seu corpo e sua alma moldaram-se em favor delas, as patas de ave e cabeça de corvo eram a prova. Sentiu uma presença estranha durante a tarefa, ele estava chegando, era desagradável falar com ele, mas era necessário.

- Está chegando a hora, cara de corvo! – disse o bobo da corte surgindo das sombras. Havia algo de errado com sua postura. Estava sério, autoritário, suas próprias feições estavam duras.

- Ainda duvido que tal entidade possa existir, só para deixar claro. – Responde sem se voltar para o bobo.

- Dane-se. O garoto já cumpriu com todos os regulamentos que você falou, se é que eram necessários mesmo. Quer mais? Ele vai se tornar caçador de recompensas.

- Oh! Ótimo. Então conseguiu; bem, eu disse que se seguisse meus conselhos conseguiria encaminha-lo bem. Agora, se não se importa, poderia me dizer para que tudo isso e por que?

- Oh! Quem diria que o dia que eu ensinaria alguma coisa para o maior sabichão do mundo chegaria. Estamos prestes a ver a maior revolução que este mundo já viu! Cabeça de corvo, e o garoto é tudo!

- Então me ensine mais uma coisa, bobo. Se somos todos peças neste tabuleiro e o garoto é a peça principal... Quem é o jogador? Quem enviou você aqui? – o bobo abriu um longo e doentio sorriso.

- Digamos que... Algo maior que nós Corvo.

Fique coração, Neste Mundo QuebradoOnde histórias criam vida. Descubra agora