Capítulo 2 - Trouble

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Levou pouco mais de meia hora para Sam voltar com Eddie em um braço e um saco de compras em outro, - passei em uma loja am/pm para pegar ração e um brinquedo novo para Eddie, ele falou ofegante enquanto colocava a caixa de transporte no chão. Cait correu para ajudá-lo com o saco de compras levando-o prontamente para a cozinha.

- Nossa essa gata está mais pesada do que eu me lembrava, hey, little fat cat, estava com saudades do papai? Sam estava agachado abrindo a caixa de transporte e liberando Eddie que se esticou toda elegante antes de fazer um reconhecimento do local. Ela caminhou em volta da caixa e entre as pernas de Sam que continuava agachado balançando os dedos em frente a gata. - Olha só o que comprei pra você, ele falava com carinho enquanto Eddie ronronava de alegria com a atenção recebida.

Cait observava toda a interação e seu coração se encheu de alegria, Eddie era totalmente seletiva, e não ficava com absolutamente ninguém, Cait sempre tinha dificuldades em deixa-la quando precisava se ausentar por longos períodos, fora dois amigos de longa data de Cait, e por sorte os cuidadores Jill e Dave, Eddie não se socializava com mais ninguém, a não ser Sam, que ganhou o carinho e amor da gata assim que a conheceu, como sua dona, ela pensou e soltou um suspiro alto. Fazendo Sam olhar em sua direção.

- Ei Eddie, vá dizer um olá para a mamãe, Sam falou meio sem jeito, imaginando se Cait tinha o ouvido perguntar para a gata se ela sentiu falta do papai. Eddie andou pelo apartamento e se aconchegou no colo de Cait, as duas trocaram caricias e Eddie logo pulou do colo de sua dona e foi deitar em sua poltrona favorita.

- Você está com fome, Sam perguntou enquanto observava Eddie se acomodar na poltrona.

- Não, ela respondeu sabendo qual seria a próxima pergunta, ela não tinha como desviar do assunto.

- Bem, então você já pode começar a me contar o que aconteceu, e não quero desculpas, eu quero a verdade.

Ela o encarou por alguns segundos antes de pensar em como e por onde poderia começar a contar. Sam pegou a garrafa de whisky e serviu dois copos, ela tomou a primeira dose de uma vez e logo em seguida serviu-se de outra, ganhando a coragem necessária para começar.

Oh, não, eu vejo

Uma teia de aranha está emaranhada comigo

Eu perdi minha cabeça

O pensamento de todas as coisas estúpidas que eu disse


- Sabe quando você só quer acreditar que algo é verdadeiro... Ela fez uma pausa e Sam a encarou dando coragem para que ela continuasse... - Seja por algum tempo ou para a eternidade, você começa a inventar desculpas para que aquilo se torne real, para que sua fala não caia em contradição, que nas poucas horas de intimidade seus lábios não sussurrem o nome de outro alguém, ou que a história contada tenha a mesma resposta todas as vezes que surge uma pergunta.

Oh, não, o que é isso?

Uma teia de aranha, e estou preso no meio

Então eu comecei a correr

E a lembrança de todas as coisas estúpidas que eu fiz


Ele encolheu os ombros antes de responder. - Suponho que você só pode acreditar em algo por algum tempo se for verdadeiro, se suas palavras forem sinceras. Ele a encarava tentando descobrir onde ela queria chegar com tudo aquilo, eles costumavam falar quase tudo que acontecia em suas vidas, o único assunto "proibido" eram seus relacionamentos, isso era um tópico delicado e geralmente constrangedor, então dificilmente um deles entrava na zona proibida, mas algo a estava incomodando, ele tinha uma ideia do que era, depois dos últimos boatos que surgiram na internet, então ele continuou. - Mas se as pessoas começam a perceber a mentira, de que você está escondendo algo, elas tendem a duvidar da sua verdade.

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