Maybe On Another Life

Mortos

POV Débora

Vários corpos caídos por todo o prédio, tudo quebrado , isso me deixa feliz... Deixei um sorriso escapar e sai daquele lugar que vivi durante anos, tudo acabou, agora o que me resta é o trafico , é isso, o trafico vai ser meu foco daqui para frente, vou ser a dama ! Mas antes ... Vou derrubar esse tal de Justin, ele não perde por esperar!

Minha vida foi muito difícil , minha infância também não foi uma das melhores. Nasci em um bairro pobre, presentes? Nem pensar. Eu passava fome quase todos os dias. Não tinha amigos, na verdade tinha sim a Melanie , mas chamo de mel.

Hoje eu estou dizendo adeus a aquele hospital para loucos, hoje eu estou dizendo adeus para aquelas pessoas que me machucaram por esses anos, eles queriam me ajudar? Pois eles não ajudavam em nada! Só me machucavam.

Quando cheguei ao final do quarteirão ouvi a explosão e o barulho do prédio desabando , sorri mais uma vez e continuei o meu caminho, eu estou indo encontrar com minha mãe, não sei qual vai ser a reação dela . Não quero machucar ela, claro que não! Ela pode ter me colocado naquele lugar mas continua sendo minha mãe. Ela não tem culpa do que aconteceu comigo lá. Ela queria o meu melhor , mas não foi isso que aconteceu.

Eu estava parada na frente da casa, com medo de tocar a campainha , mas mesmo assim toquei.

Depois de minutos ela abriu a porta, quando me viu seu sorriso sumiu, abaxei minha cabeça esperando que ela falasse alguma coisa .

- filha? - ela perguntou com seus olhos marejados.

- oi mãe. - falei e dei um sorriso.

- entre, está muito frio. - ela me puxou para dentro e mandou eu sentar no sofá. - te liberaram de lá?

- na verdade eu me liberei. - sorri .

- você fugiu? O que você fez Débora? - ela perguntou assustada.

- destruir tudo, matei todos! - falei .

- você não pode ter feito isso! - disse desesperada.

- já fiz mãe, eles me machucavam , eles não queriam me ajudar, queriam me matar. - falei já chorando.

- olhe nos meus olhos e diga que isso é mentira.

- não mãe é verdade, eu levei aquele lugar para os ares. - sorri parecendo um psicopata .

- a meu deus. - ela estava apavorada. - o que você vai fazer agora? Você não pode ficar solta por ai. - ela pegou no telefone mas... Segurei sua mão.

- a senhora vai me entregar? Tem certeza que quer isso? - falei com raiva. - essas minhas crises não foi porque sou uma louca e sim por causa das tapas e dos choques, aquilo dói muito sabia? Agora está em suas mãos... Ainda vai me entregar.- eu estava chorando por causa das lembranças.

- filha... Eu te amo, mas me promete que vai se cuidar, me promete! - falou me balançando pelos ombros.

- Eu... Prometo , eu te amo... Eu volto pra te vê mãe.

- pra onde você vai? Débora você não vai sair!

- eu preciso me esconder .... - fui no escritório abri o cofre e peguei tudo .

- eu posso cuidar de você, fica por favor. - ela estava chorando .

- eu também posso cuidar de mim! - falei beijando seu rosto e enxugando suas lagrimas. - eu vou voltar mãe... Eu vou morar com você, mas não agora...

- volte logo. - ela me abraçou.

- volto! Agora eu preciso ir. - coloquei a mochila nas costas peguei a chave do meu carro. - ele esta com gasolina?