Nico (3)

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Nico:

Acordei ainda meio cansado abrindo um bocejo, e olhei para baixo bagunçando meu cabelo olhando para a cara de anjinho de Will dormindo em cima de mim como um bebê.

Lindo, fofo e pegajoso.

Me senti quase contra a vontade de sair debaixo dele e o acomodar na minha cama. Meu corpo estranhamente frio parecia sentir falta do abraço dele, mas eu balancei a cabeça e voltei a pensar racionalmente.

Ele não era meu namorado, ou amigo de foda. Era apenas um estranho gostoso que eu peguei bêbado e cuidei. Não posso me apegar ou quando ele for embora eu que vou sofrer sozinho.

Depois de me limpar com um banho, vesti apenas uma cueca boxer preta e uma camisa regata branca, e fui até minha cozinha para preparar o café. Como hoje era final de semana, eu poderia ficar o dia todo em casa.

Preparei o café extraforte para quando um certo alguém acordar de ressaca e reclamar de dor de cabeça. Fiz panquecas virando habilmente na frigideira, cuscuz com ovos e manteiga que eu aprendi na internet e gostei do prato brasileiro.

Comecei a comer e quando terminei ouvi passos vindo até mim, e uma cena que quase fez meu coração enfartar veio diante dos meus olhos. Um homem lindo e loiro parecendo um modelo do próprio deus sol veio apenas de cueca exibindo o corpo de deus grego, com olhos meio abertos sonolentos, com o lençol por cima dos ombros e ele passava a mão nos olhos de forma fofa que parecia muito um gatinho manhoso que acabava de acordar.

- Nico? - O loiro me chamou abrindo um olho azul que parecia brilhar ao me reconhecer.

- Will. Vá escovar os dentes e tomar banho. Depois venha comer.

- Tudo bem. Minha cabeça está me matando. - Will me falou enquanto segurava a testa em dor.

- Já fiz um café forte. Vá.

- Me ajuda? - Olhei para Will descrente quando ele deu uma expressão preguiçosa e fofa implorando com seus olhinhos azuis e um sorriso que mostrava seus caninos de tigre que quase me fez pular pra abraçar.

- Faça sozinho. Você já consegue ficar em pé sem cair, não é? Você só quer me ver pelado de novo.

Eu disse com um sorriso divertido que fez o loiro parar em transe me olhando por um momento antes de abrir um sorriso alegre e se afastar. Eu podia estar enganado, mas enquanto observava ele se afastar, meus olhos grudaram naquela bunda que ele parecia balançar de propósito para me deixar doido.

Depois de comer, enquanto ele estava no banheiro, comecei a limpar a casa com o aspirador de pó, um pano molhado, encerei o chão, passei um produto de limpeza extraforte, mais um pano molhado, uma varrida com várias vassouras diferentes, e somente depois que eu praticamente esterilizei praticamente toda a casa, e percebi que conseguia ver meu próprio rosto no azulejo branco do chão que fiquei satisfeito apesar de cansado e suado.

Puxei minha camisa para cima para enxugar o suor do meu rosto, e quando abri os olhos, tinha um espectador que parecia babar no meu tanquinho se eu decifrasse direito a direção do olhar dele que parecia se concentrar do umbigo pra baixo, e de modo casual alisei meu corpo como se estivesse apenas tirando uma sujeira inexistente.

Tive a satisfação de ver o rosto dele ficar meio vermelho, mas agi como se não percebesse e o chamei para comer, que ele veio em transe e sentou, e não pude deixar de desviar o olhar que estava um pouco concentrado demais naquela bunda firme e redonda que eu morria de vontade de apertar pra sentir sua maciez e elasticidade.

- Minha bunda é bonita Nico?

- Muito.

- Porque não aperta? Vai ser meu agradecimento por ter cuidado de mim.

Solangelo: You're cool... You're Hot.Onde histórias criam vida. Descubra agora