Sentimentos

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"Aos poucos eu irei esquece-lo e ele irá me esquecer"

Tom voltou para Hogwarts, deixou Harry o mais confortável possível, contudo, Harry não queria se sentir daquela forma, agora que estava tudo bem, ele pensaria em um jeito de manter as coisas bem, sem se intrometer na vida de Tom

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Tom voltou para Hogwarts, deixou Harry o mais confortável possível, contudo, Harry não queria se sentir daquela forma, agora que estava tudo bem, ele pensaria em um jeito de manter as coisas bem, sem se intrometer na vida de Tom.

— Harry, consegue me ajudar com a louça? — Petúnia inqueriu ao sobrinho.

— Sim tia. — respondeu com um sorriso e começou a lavar a louça do café da manhã da família Dursley.

Ele ficaria com eles até pouco antes do natal, entretanto havia algo em sua cabeça, um plano que fazia sentido na cabeça de Harry, se ele não morasse na Inglaterra não receberia a carta.

— Tia, você sabia que as escolas da França são muito mais eficientes? lá o salario é bem maior do que aqui, seria legal morar lá não acha? — Soltou como quem não quer nada enquanto lavava a louça.

— Ah, querido, eu até soube disso. — mentiu para não ser vista como ignorante pelo sobrinho de dez anos. — mas Walter já tem um emprego muito bom aqui, Duda tem bons amigos na escola, acho que não seria algo muito lucrativo. — Falou enquanto secava um prato, porem em sua cabeça estava imaginando como seria ter uma vida na França.

— Só falei o que li em um artigo no jornal. — Tentou parecer o mais sem emoção possível, porem seu plano já tinha ido por agua a baixo. — "isso não vai dar certo, vou ter que falar com meus pais, mas falar com eles não vai adiantar em nada, o sonho deles é ver ambos os filhos em Hogwarts."

Quando finalmente o natal chegou, Harry já estava com sua família, tentou ser o mais simpático possível com seu irmão, na verdade ele nem se aproximava muito de Tom, estava usando a desculpa dos estudos.

passariam alguns dias apenas juntos, mas esses poucos dias foram para Harry uma tortura, ele não sabia como reagir com Tom, não sabia o que deveria dizer ou se deveria dizer alguma coisa.

— Meninos, hoje vamos ao zoológico, está tendo uma visitação especial de serpentes de todos os países, pode ser bem interessante, não acham? — Tiago falou animado aos dois garotos, era uma manhã de véspera de natal.

— Sim, parece ser muito legal. — Harry falou sorrindo.

— Eu adoraria ver as serpentes. — Tom comentou um pouco malicioso, já que sua casa era da sonserina. — "Harry não me parece estar animado pra isso, mas não vou perguntar nada, se tudo está em paz eu vou manter a paz." — Harry o que acha de usar a capa hoje? É um zoológico bruxo afinal.

— Eu... não sei aonde guardei, deixa pra próxima, pensei que iriamos ver um zoológico trouxa, como sabe que é do mundo dos bruxos? — Harry inqueriu notando que seu pai não tinha dado essa informação.

— Nossos pais estão com roupas de bruxos, se fossem a um lugar trouxa colocariam outra roupa. — Tom fez a observação com um sorriso convencido nos lábios.

— Ah, sim claro verdade... — Falou um pouco sem graça, olhou para Tom que vestia um traje bastante formal. — Mas hoje prefiro ir deste jeito mesmo.

— Bom, então apenas terminem logo o café da manhã e vamos, estou animada para ver o que eles trouxeram do Brasil. — Lilian falou olhando para seu marido e filho.

Se houvesse um meio de Harry passar aquele natal com os Dursley ele passaria, alias ele tentou durante semanas ser apadrinhado pelos Dursley, fez amizade com seu primo mimado, o mimando ainda mais, ajudou seu tio em todas as coisas e nem se importou em dormir no armário em baixo da escada enquanto o quarto de hospedes era reformado para a tia de Walter que viria em breve.

Assim que a família de bruxos entrou na ala das serpentes, Tom pareceu estar em casa, ele falava a língua das cobras e estava animado conversando com elas, como se fossem amigos a anos.

Só que ele não sabia que Harry também podia falar com as cobras, e quando se aproximou sorrateiramente de seu irmão o flagou tendo uma conversa com um filhote de Píton arco íris.

(língua de cobra)

— Ah, então nasceu no Brasil em cativeiro, pensei que tinha conhecido sua família.

— Não, olhe a placa, estou a venda, se alguém me escolher terei uma família para ir. — a pequena cobra se moveu vendo a aproximação de Tom.

— Meu irmão gosta muito de cobras, mas o ultimo presente que dei a ele foi meio desastroso, eu queria te dar a ele, mas tenho medo de ele não gostar, ele também fala com as cobras, mas não conte que eu falo, ele pode ficar chateado comigo. — Harry passou a mão pelo terrario e tentou decifrar o que significava a sequencia de movimentos que a pequena cobra estava fazendo.

Acho que ele já sabe. — A pequena serpente deu um impulso com a cabeça apontando para trás.

Harry olhou assustado para Tom, mas não o viu chateado, viu ele sorrindo de forma doce.

Quando descobriu que falava com elas? — Tom inqueriu ainda na língua de cobra.

Quando estava nos Dursley, achei uma cobra no parque e enquanto Duda brincava com os amigos eu estava conversando com ela, não queria te contar, não queria te chatear com isso. — Harry abaixou a cabeça envergonhado.

Quanto a me dar ela de presente, eu aceitaria, ela é linda e extremamente simpática, qual seu nome pequenina? — Tom inqueriu olhando animado para o terrario.

Nunca me deram um nome...

Viu Harry, essa é sua chance de me dar um presente de natal, um que eu vou amar de verdade, e a melhor parte é que vai ser algo que veio de você.

Harry sorriu com as palavras de seu irmão, olhou para um homem que estava atrás de um balcão e foi ver o valor do presente que ele daria a seu irmão.

Quando os meninos foram para perto de seus pais novamente, ambos se assustaram com a Píton enrolada como um cachecol no pescoço de Tom.

— Presente do Harry... — Sorriu um pouco torto, seu olhar malicioso o denunciava, ele tinha amado sua nova amiga.

— Hn, você não tinha levado um animal de estimação a Hogwarts, acho que somente os sonserinos podem levar serpentes, principalmente você que é um ofidioglota. — Tiago comentou sorrindo para o garoto.

— Harry também é, acho que meu tio passou algo nosso a ele quando tentou ataca-lo, isso nos torna mais unidos, não acha Harry? — Tom inqueriu com seu tom aveludado e cheio de charme.

Harry ficou vermelho da cabeça aos pés com o que Tom tinha acabado de dizer, não conseguiu responder verbalmente, apenas concordou com a cabeça, naquele momento sentiu algo estranho, nunca havia sentido nada parecido, mas tinha um sentimento relacionado a Tom que Harry não conseguia explicar.

— E como devemos chamar seu novo adereço de pescoço Tom? — Lilian inqueriu brincalhona.

— Harry e eu decidimos em chama-la de Nagini, ela gostou bastante do nome. — Tom passou Nina para seu braço e a colocou nas mãos de Lilian. — Ela é muito delicada com humanos e apesar de ser um filhote é extremamente inteligente.

— Oh, querido, mas isso me causa arrepios na espinha, por favor... — Lilian entregou Nagini a Tom. — Ela é linda, mas ainda não estou acostumada com repteis.

Os meninos riram um pouco da reação assustada da mãe deles e logo Tom olhou novamente para Harry que desviou o olhar perguntando alguma coisa para seu pai.

"Conheço esse olhar, até parece que Belatrix está no corpo dele, ela faz a mesma coisa quando a deixo sem graça, em que momento eu deixei ele sem graça afinal?"

Between Brothers  ( tomarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora