— Ahh eu não quero voltar pra aula – reclamava o alfa se deitando no colo do primo, que sorrindo iniciou um carinho em seus cabelos – Você sabe que depois daquela confusão você ficou por um fio de ser mantido em cativeiro como castigo né !? – como sempre Luka era sua voz da consciência, e de fato ele sabia, o fato de estarem agora todos juntos, sentados no gramado do pátio da escola, fazendo bobagens e apreciando a companhia uns dos outros, era graças a habilidade do garoto de convencer seus padrinhos, com aquele toque de fofura que Luka tinha - por graça da Deusa - por que se dependesse de Gulf, sim por incrível que parece foi o doce omega que surtou com toda situação, ele nem queria imaginar então se ele descobrisse sobre a marca em sua clavícula que estava sendo muito bem escondida pelo moletom escuro que o alfa usava, suas emoções estavam mais do que confusas desde aquele dia, tanto que nem ao primo ele havia contado sobre aquela bagunça em que havia se metido, por sorte a marca em seu pescoço já mostrava sinais de cicatrização, como era esperado já que alfas não conseguia marcar outros alfas, uma questão biológica que Nut achava um tanto injusta, gênero é uma coisa ultrapassada, para muitos uma marca era sinal de orgulho, demonstração de amor e devoção ao parceiro, pelo menos era isso que ele sempre via no pequeno professor Fluke, que sempre que possível falava sobre a felicidade de pertencer a seu parceiro, Ohm era um príncipe dos alfas, em algumas oportunidades ele já encontrou o mais velho, quando o mesmo vinha buscar seu marido a porta da escola, entre ela uma ainda era marcada em sua memória, e na de todos pra falar a verdade, devido a intensidade da cor avermelhada que tomou o rosto do mestre quando seu alfa o ergueu nos braços, o levando no colo até o carro pra que o pequeno não molhasse os pés nas pequenas poças de água formadas pela fraca chuva daquela manhã
O sinal toca, tirando Alek de seus devaneios, ele quase havia dormindo com a sensação das mãos de Luka entre as mechas escuras — Olha só, tão sabendo da festa hoje a noite?? – a frase sai dos lábios de Yacht, que acabava de chegar a pequena roda que eles formavam na grama — Em dia de semana? – como sempre todos olham meio sorrindo pra Mick, o pequeno nerd do grupo — Qualé cara sai do jardim de infância. Uma baladinha em dia de semana é tudo de bom, e vocês sabem meu lema — Tá no inferno, abraça o capeta – todos falaram em couro, fazendo o beta rir, a frase sempre utiliza pelo mesmo em praticamente todos os dias da semana, já que o garoto tinha o dom pra se colocar em furadas, como da última vez no parque, depois de toda aquela confusão com Plankoo, quando estavam quase saindo, Yacht encontrou um velho amigo beta, e iniciaram uma troca bem animada de lembranças dos velhos tempos, porém quando a namorada do amigo chegou - uma bela alfa diga-se de passagem - o clima pareceu pesar um pouco, a frase foi mentalmente pronunciada antes do sorriso malandro surgir nos lábios do amigo, em resumo Yakult dormiu duplamente acompanhando naquela noite, e ao lembrar daquele dia e do alfa que o havia estragado, o ânimo de Nut mudou no mesmo instante, a mão foi em direção a marca sob o pescoço alisando a pele por alguns segundo antes de responder decidido — Eu vou...
Mais uma vez o primo foi usado como advogado, e o habeas-corpus foi concedido ao alfa, sério um dia ele agradeceria ao tio Plan e Mean, por aquele doce omega, Luka conquistaria o mundo se quisesse, se bobear teria as assas de um anjo em seu poder apenas com um doce olhar. Então lá estavam, a tal balada, a qual agora Alex já se arrependia de ter vindo — Serio Yacht, você tem que rever os conceito de " vale apena", isso tá caindo aos pedaços – quem reclama era Chimon ao seu lado, o garoto também era festeiro porém tinha um pouco mais de critério — Deixa de frescura, é a estética do lugar, da um clima mais favela, sério vai ser legal, vamos – seguindo o garoto Luka, que não era muito de festas, mas havia ficado responsável por Nut, tinha medo que pegasse tétano penas por subir aquela escada nada confiante. Ao entrar no lugar as luzes fracas, a música alta e a enorme quantidade de corpos em movimento ajudavam a distrair a atenção sobre todas os outros problemas, Chimon se aproxima de Nut quase saltando em seu colo — Ahh que nojo, eu juro eu vi um rato – o amigo ri lhe empurrando de leve, enquanto sobrepõem seu braço em volta de Luka quando um alfa ousa se aproximar do garoto, o mesmo rapidamente se afasta fingindo ter encontrando outra pessoa pelo caminho — Tá não tá perecendo tudo isso, mas cai melhor, vamos tomar alguma coisa – diz o beta empurrando os amigos em direção ao bar, o balcão de madeira gasto e manchado por várias marcadas de copos e bitucas de cigarro que ali eram apagadas, é usado como apoio pelos garotos — Pede alguma coisa doce pra mim vou no banheiro – Chimon pede, quase gritando no ouvido de Mick devido ao som alto, o menor concorda acenando a cabeça, o jovem alfa seria o motorista da rodada por tanto não beberia aquela noite, além do mais alguém precisava ser o responsável por aquelas crianças
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Como Meus Pais
FanfictionVirar adulto não é facil. Junte isso a uma nova escola, novas amizades e ainda por cima novos sentimentos e decobertas do proprio corpo, que situações essa mistura de eventos pode causar na cabeça de uma pessoa ? Venha descobrir com Alex, Luka e Ch...