Capítulo 8

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As amigas estavam atrasadas, o café pedido já estava frio, e a troca de turno na cafeteria já havia começado, porém a atenção de Nattasha estava na conversa nada discreta que acontecia a uma mesa de distância da sua — Nossa garota só pedi seu telefone, pra uma omega você não é nada fofa – fazia alguns minutos que a garota era assediada pelos dois betas que simplesmente invadiram seu espaço privado naquela que até agora era uma agradável manhã — Fofa !? Sabe eu até sei interpretar esse papel, mas não perderia meu tempo desperdiçando minha doçura com dois idiotas como vocês – comprimindo os lábios Nattasha teve que se segurar pra não rir diante da audácia da omega — Tá pensando o que abusada, só por que é bonitinha acha que pode falar assim comigo, mesmo que eu seja beta posso te pegar de jeito e sei que vai gostar aposto que acabo com tua marra em meia hora na minha cama – mesmo que não usassem feromônios, a clara diferença de tamanho e força entre os dois e a omega,  fez com que ela se encolhesse na cadeira

— Humm, com licença mas acho que ela não está interessada, e também tenho certeza ela não veio aqui buscando um parceiro, então seria educado de sua parte deixar que a moça tomasse seu café em paz – a pequena alfa sorri, com o típico sorriso doce que formava covinha em sua bochecha esquerda — Uauu, isso sim é um exemplo de omega apetitosa, olha essa voz manhosa e delicada, se você fosse assim, não desitira de você boneca – dizia o troglodita número um, tocando a bochecha da omega enfezada — Mas esse exemplar de omega é muito mais atraente. O que acha delicia, tem um motelzinho aqui perto, tá vendo aquele carrão preto ali fora, é meu, é só entrar nele que te levo a onde quiser – a frase que causava um enjoo em Natt, foi dita junto com o toque em sua cintura, a doce garota sorri, mas não foi esse o motivo da comoção na cafeteria, e sim o estouro de pele se chocando contra a mesa, o braço do beta a pouco esticado buscando o corpo da garota, agora se encontrava em uma posição estranha, completamente torcido pra trás, o rosto do homem era pressionado contra o tampo de vidro da mesa enquanto todos os olhos no lugar observavam o desenrolar da cena — Tsc tsc, que convite mais vulgar, mas se é assim que gosta vou falar sua língua, quem sabe assim você entenda...Ta vendo aquela Ferrari vermelha, na frente do seu "carrão" pois é, ela é minha, sabe essa "deliciosa omega" aqui !? Pois é ela na verdade é uma Alfa, não se preocupe não julgo sua burrice, aprendi na escola que alguns betas não se desenvolver muito bem mentalmente, o que me leva a outro ponto crucial. Fisicamente dizem que também deixam a desejar  então acredito que se ela aceitasse seu convite de meia hora, ela ficaria com 27 minutos restantes por tanto deixa essa parte pra quem sabe – a piscadinha que veio logo depois inundou o homem de raiva, mas diante da salva de palmas  que ecoou pelo café, vinda dos demais clientes que acompanhavam a cena, os betas não tiveram outra escolha a não ser fugir com o rabo entre as pernas

Agora um pouco mais calma, Nattasha se dirige a pequena omega ainda encolhida em sua cadeira
— Me desculpe, pela intromissão, só não aguenta mais ousadia deles – o sorriso doce agora voltou aos lábios, sendo verdadeiro e diretamente direcionado  a jovem omega — Se não se importar, posso lhe fazer companhia? – a pequena  agora tímida, como não ficou na presença dos betas, se acomoda melhor na cadeira, acenando com a cabeça em concordância ao pedido. O sorriso ainda presente nos lábios da alfa, lhe causou um frio estranho no estômago —Mas então posso saber seu nome ? – a forma natural e fácil como a resposta saiu de sua boca surpreendeu a pequena garota, isso não era costume seu, mas afinal a mais velha havia praticamente  lhe salvo, sabe-se a deusa do que
— Prim, meu nome é Prim

— Que nome doce, é um prazer lhe conhecer Prim, eu sou Nattasha

Como Meus PaisOnde histórias criam vida. Descubra agora