Festa ou despedida?

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TONI TOPAZ P.O.V

Não é que o ordinário continuou com a mentira? Inacreditável! Eu esperava que ao menos ele abrisse o jogo com ela, pelo menos para deixá-la a par da situação. Acho que aticei a curiosidade dela, ela está bem pensativa, talvez queira adivinhar ou pelo menos deduzir um pouco de tudo o que aconteceu.

Todos sabemos que pessoas ricas sempre tem algo obscuro à esconder, não sinto que seja tão necessário assim esse segredo, a menos que... Não, sem tirar conclusões precipitadas, chega desse assunto. O foco total agora é: Divórcio e casamento de cheryl. Estou super empolgada, ó... Na verdade, detesto casamentos. – Blerrgh. – Deixei escapulir o meu deboche.

cheryl: O quê? – E como sempre, ela ouviu.

toni: Nada demais, estou pensando alto demais. – Ela riu.

cheryl: Pensando em quê? – Invasão de privacidade que fala, né?

toni: Erh... É uma coisa muito nojenta, melhor deixar para lá. – Ela não insistiu mais, que bom, porque teria que pensar em algo nojento para falar. – A volta está sendo bem mais animada do que a ida.

cheryl: Concordo plenamente. Escuta, você contou ao meu pai que nos beijamos? – Arregalei os olhos e ergui minhas sobrancelha.

toni: Do que você está falando? Claro que não!! Argh... Imagina a minha cara de desgosto quando ele jogou na minha cara isso.

cheryl: Ele falou para você também? – Ambas estávamos surpresas.

toni: Sim!!! Ele fez questão de jogar na minha cara, para provar que não tinha nada a ver com a sua sexualidade, eu fiquei horrorizada. – Começamos a rir uma da outra.

cheryl: Eu não acredito nisso, fala sério... Ele disse que temos uma amizade duvidosa, que sabia que trocamos alguns amassos. – Isso sim é um pai presente.

toni: Estranho ele estar de acordo com o seu casamento depois de saber disso. – Ela abaixou a cabeça e ficou em silêncio, provavelmente eu peguei na ferida dela. – Mas não vejo problema, vocês nem se assumiram direito. (Comentário idiota)

cheryl: Como se diminuísse alguma coisa. – O comentário foi realmente desnecessário, tenho que admitir.

toni: Eu sinto muito, eu não quis dizer isso, na verdade, quis sim... – Soltei uma risada de deboche. – Mas não era para te atingir dessa forma.

cheryl: Eu imagino que não. – E fim, esse foi o nosso diálogo durante toda a viagem. Horas e horas, finalmente chegamos em São Paulo. O clima estava agradável, não muito quente e nem muito frio. cherylestava um pouco sentida pelo que eu havia dito, então não me atrevi a comentar mais nada com ela, uma confusão agora não seria nada construtivo para nós. – Pelo menos chegamos bem, não é?

toni: Não sei se a minha mala pode dizer o mesmo. – Franzi a testa ao ver o estado deplorável dela. – Parece que ela foi atropelada pela carreta furacão.

cheryl: Veja pelo lado bom, ela pelo menos não se rasgou como a minha. – Arregalei os olhos.

toni: A sua rasgou? – cheryl ergueu a bolsa com o dedo no pequeno buraco. – Mas por que isso? Elas não foram bem colocadas?

cheryl: Quantas perguntas, não consigo responder nem 10% delas. – Ela continuou com o dedo no pequeno rasgado, ficou fazendo "minhoquinha" com o dedo.

toni: Da pra parar? Tá me dando agonia só de ver isso. Essa bolsa não foi nada barata. – Ela lamentou enquanto ainda brincava com o buraco.

cheryl: Não, foi só o preço do seu salário. – Isso é ser esnobe, ver os preços com base no salário dos outros, um dia ainda chego nesse nível.

Eu Odeio A Minha Chefe (Choni Versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora