TONI TOPAZ P.O.V
Todos na mesa permaneceram em silêncio, eu apenas aguardei algum tipo de resposta. Cherylestava paralisada, não conseguiu dizer uma palavra. Minha paciência já estava esgotada, ela não é obrigada a pagar o preço, ela só quer ser feliz e o egoísta não da a mínima para a felicidade da filha? Excelente pai!
toni: Ainda não acredito que fez ela casar com aquele traste apenas por conta da sexualidade dela, que tipo de monstro você é? Ela não anda comendo direito, não anda dormindo direito, ela chora o tempo todo, você transformou sua filha em uma pamonha, você é um completo egoísta, ambicioso, só liga para si! - Mais silêncio. - Certo, vamos ver até quando a sua filha vai aguentar.
Não acredito que ele não deu a mínima para o que eu disse, não sabia que o pai dela era um tremendo babaca. Já chega, não aguento ficar nem mais um segundo.- Andei para a escadaria, cherylfoi logo atrás. Entrei no meu quarto, peguei minhas roupas, coloquei na mala, organizei tudo. Ficar nesse lugar vai me deixar insana!cheryl: O que vai fazer? - Ignorei, apenas mantive o ritmo. - toni, onde você vai?! - Lauren trancou a porta do quarto. Fixei meu olhar nela.
toni: Sai daí! - Disse com os dentes cerrados. - Eu não vou ficar mais aqui, não aguento mais ver o rosto do seu pai.
cheryl: Você não pode me deixar aqui sozinha. - Neguei com a cabeça.
toni: Posso e vou. - Empurrei a garota para que liberasse a saída.
cheryl: tee-tee Eu preciso de você. - Coloquei a mão na maçaneta. - Eu preciso de ajuda para enfrentar o meu pai, você é a única pessoa pela qual eu confio, não vai embora. - A voz dela estava trêmula, ela provavelmente estava segurando choro. - Você disse que iria me ajudar, eu pensei que eu iria desistir primeiro, não você. - Soltei a maçaneta e me virei de frente para ela.
toni: Tudo bem. - Respirei fundo. - Eu vou ficar por você, sei que não é nada fácil lidar com o seu pai, vou fazer o máximo para te ajudar. - Escorriam lágrimas do olhos da garota, ela veio rapidamente a mim e me abraçou, ouvi um choro tão angustiante, ela realmente estava mal e aquilo tudo me afetou muito. Abracei-a com tanta força, ela correspondeu o abraço na mesma intensidade.
cheryl: Eu preciso tanto de você, não me deixa agora, prometa para mim que não fará isso. - Toda aquela situação era agonizante. Afastei a garota para ver o rosto dela, vi todo o seu semblante, os olhos vermelhos, pálpebras inchadas, rosto pálido devido ao nervosismo. Beijei a testa dela com tanto carinho, ela não teve a menor reação, simplesmente apática.
Cessei o beijo, me afastei para olhar em seu rosto e ver as expressões presentes. Ela estava com os olhos arregalados, não estava com medo, apenas surpresa com minha atitude e concordo com a reação dela, não costumo demonstrar nenhum tipo de sentimento, não dessa forma. Realmente, não posso deixar ela aguentar essa barra toda sozinha, vou ajudar nem que eu perca o meu emprego.
toni: Eu prometo que não irei, não até você se resolver com o seu pai, farei o possível para que ele entenda você. - Ela respirou aliviada.
cheryl: Meu pai deve estar muito irritado agora. - Revirei os olhos.
toni: Eu não dou a mínima pra ele, me esforcei, mas não consigo ligar para nada que venha dele. - Abracei ela de novo, ficamos por um tempo assim, até que ela resolveu se soltar e olhar em meus olhos. Esse tipo de situação sempre me deixa constrangida, ela estava me olhando de uma forma tão doce, tão diferente. Abaixei a cabeça e mantive minha visão sobre o chão, uma tentativa falha de me esquivar do olhar dela. cheryl ergueu meu rosto e foi se aproximando lentamente, foi uma cena tão cinematográfica.
Vagarosamente nossos lábios se tocaram, no mesmo momento meu coração disparou, senti uma fraqueza em mim, meu corpo ficou dormente. Pensei em me afastar, mas algo não me permitiu fazer isso, não sei dizer exatamente o que. Desci minhas mãos até a cintura dela, ela empurrou minha cabeça contra a dela, dando mais "força" ao beijo. Não podemos continuar com isso, eu e ela não temos nada a ver uma com a outra. Recuei e liberei nossos lábios, essa não foi uma boa ideia, esse beijo foi completamente supérfluo.
toni: Não deveria ter feito isso. Você namora, isso não está nenhum pouco certo. - Nos entreolhamos por alguns minutos. Balancei minha cabeça em negação, era muita coisa para ser processada, minha cabeça estava prestes a explodir. Melhor resolver logo o problema dela, preciso de um tempo para descansar. - Vamos aguardar até o seu pai se manifestar, vou conversar com ele sozinha, você vai ficar quietinha aqui.
cheryl: Ele vai te odiar, ele detesta quando palpitam na vida dele, na "educação" dos filhos dele. - Soltei uma risada de deboche.
toni: Pai também precisa respeitar, pai tem que amar, pai tem que cuidar, pai tem que aconselhar!, ele só está fazendo um papel barato.
cheryl: Exato. toni, eu sei que eu e você somos diferentes, que passamos por tanta coisa... Mas eu quero te agradecer, agradecer por todas as coisas que fez por mim. - Nos abraçamos mais uma última vez, antes que eu descesse as escadas novamente.
Já no andar de baixo, olhei para todos os lados, fui até a sala de jantar e ninguém. Procurei, procurei e procurei... Finalmente encontrei o Sr. clinfordsentado na varanda, estava segurando um copo de whisky.
clinford: Eu sei exatamente o que está pensando. - Ah... Sabe? Genial.
toni: Certo, o que é? - Procurei uma cadeira para sentar ao lado dele.
clinford: Acha mesmo que tem a ver com a orientação dela? Eu sei que você já beijou ela, já dormiu com ela. - Engasguei com a minha própria saliva. - Não tem nada a ver com a sexualidade dela, eu com certeza não te deixaria perto se fosse por isso. - Tossi ao máximo para ver se melhorava. - Ela, heather, é filha de um corrupto. Ele já desviou rios de dinheiros dos cofres públicos, cheryl não tem ideia disso. - Tentei ver pela expressão facial se tudo aquilo era um blefe, mas realmente não faz sentido ser por conta da sexualidade.
toni: Por que não conta para ela? - Esse é o "x" da questão. - clinford respirou fundo.
clinford: Porque eu também estive envolvido nisso tudo. Eu sei, foi errado, me arrependo. - Ele realmente aparentou estar arrependido. - Eu mudei, mudei... mas o passado continua em mim, continua impregnado, é como se fosse alguma doença incurável. - Poxa... Agora vejo alguém menos babaca. - Eu sou um péssimo pai, agora homofóbico não.
toni: Hm... Amenizou um pouco a minha raiva, só tenho uma pequena observação: O pai dela é corrupto, não ela. Nem todos os filhos seguem os mesmos passos que os pais, vemos como exemplo a sua própria filha, ela poderia ser ambiciosa que nem você, mas a realidade é... Ela é a pessoa mais infeliz que conheço. - clinford tomou um gole do líquido que estava no copo.
clinford: Eu entendo. Eu posso repensar sobre a separação, só não quero ela envolvida com aquela família, isso me trará péssimas lembranças.
toni: Você tem os seus motivos, é compreensível. Gostaria de saber o porquê do Travis, não tinha um melhor?
clinford: Travis foi o meu braço direito no esquema de corrupção, quando eu resolvi sair ameaçou expor à mídia tudo o que eu fiz, ele casou-se com cheryl por conta da divisão dos bens, só tem um pequeno detalhe, ele não leu nada do contrato sobre o casamento.
toni: Então... Se houver separação e ele souber sobre isso... - clinford assentiu antes que eu terminasse.
clinford: Exatamente, ele irá jogar toda a sujeira no ventilador. - Hunf... Esse caso parece mais difícil do que eu esperava.
toni: O que pretende fazer? - Ele olhou fixamente para o chão.
clinford: Eu não faço a menor ideia.
toni: Quem sabe não seja a hora de contar à cheryl, não?
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Eu Odeio A Minha Chefe (Choni Versão)
AcciónUma jovem chamada toni topaz, foi movida do seu acomodo para uma rotina totalmente diferente, onde há uma desafios e uma gerência um tanto controversa e inconveniente. A garota terá de enfrentar os desafios de sua chefe e ainda manter toda a fábrica...