[EM ANDAMENTO]
Jungkook jurou nunca sair de sua casa, lugar que ele jurava ser o mais seguro para guardar todos os seus demônios internos. Mas o Jeon não contava com a fato de ser descoberto por um amontoado de cabelos rosas e uma personalidade difí...
Esse chão parece tão mais pesado Estou cantando sozinho Eu só quero ser mais feliz Estou sendo egoísta demais?
Blue & Grey - BTS
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J E O N J U N G K O O K
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Eu passei a vida inteira fugindo de qualquer possível interação com o mundo por trás desses muros. Eu vivi preso dentro desse castelo de areia, apenas esperando o dia em que tudo fosse desabar em cima de mim, me sufocando até o fim da minha vida patética.
Eu só não contava com o fato de que uma certa mulher de cabelos coloridos fosse invadir minha casa por duas vezes seguidas.
Isso chega a ser irônico.
Passei a minha vida inteira correndo das pessoas como o diabo foge da cruz, para no fim ser descoberto em minha própria casa, lugar onde jurei ser o mais seguro para esconder todos os meus demônios.
Caminho para dentro de casa com a mulher em meus braços, ela é linda e eu me sinto horrível por tocá-la com essas mãos tão sujas. Eu não devia querer tanto te-la em meus braços, mas isso me parece tão doce que é quase impossível me manter longe.
Subo as escadas com cuidado e a levo até o quarto de mamãe, meus pés se moveram no automático e quando percebi, eu a colocava na cama como se ela fosse a joia mais preciosa que eu já pude admirar. Me levanto para poder cuidar de seus machucados e dou de cara com Lorenzo que me encara com as sobrancelhas franzidas.
— Senhor, mas o que é isso? — Suspiro antes de começar a falar, como se isso pudesse me ajudar de alguma forma.
— Ela caiu enquanto pulava o muro. — Meu mordomo arregala os olhos e sei muito bem o que ele está pensando agora. — Eu sei, eu sei. Ela não é perigosa, tenho certeza. Eu sinto isso. — Sussurrei a última parte para mim mesmo.
— Jungkook, meu filho, tome cuidado. As pessoas nem sempre são o que parecem ser. Não se deixe levar por um rosto bonito.
— Eu vou, não se preocupe. — Tento sorrir para tranquilizá-lo, o que parece funcionar.
— Vou buscar o kit de primeiros socorros. — Sussurro um obrigado vendo ele sumir da minha vista.
Puxo uma cadeira para me sentar ao lado da bisbilhoteira colorida e passo um tempo a observando. Sinto minha mão formigar com a vontade de tocar sua pele, mas me contenho, não quero que ela acorde e se assuste. Ela está desacordada na casa de um desconhecido, isso seria confuso para qualquer pessoa, ainda mais para uma mulher.
Sei muito bem como esse mundo trata as mulheres e às vezes eu não sinto tanta falta assim de ter uma vida lá fora.
— Aqui senhor. — Lorenzo me entrega a caixa e eu a abro começando a cuidar do machucado da mulher.