Capítulo 6

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Draco com certeza gostava da nova casa, não era grande como a mansão Malfoy, mas era muito mais bonita e ele tinha a sua própria floresta particular nos fundos, era adorável e ele podia se ver vivendo lá por muito tempo; e a melhor coisa de tudo isso, era que naquele momento enquanto planejavam o que iriam fazer para pegar aqueles que precisavam para executar os planos do dia.

Sirius, Severus e Lucius estavam com os pensamentos focados em duas partes, o sequestro que precisavam fazer e q forma de fazer tudo isso, mas ainda ter um deles com o Draco para manter o loirinho seguro.

– Tem que ter um jeito fácil de fazer isso, não podemos sair todos e deixar o Draco sem proteção, mesmo que a casa seja segura. -Sirius falou da onde estava sentado no sofá ao lado do Severus.

– Tem que ter um jeito de levarmos eles para o banco sem que eles causem muito tumulto, e chamem a atenção; a gente com certeza não quer isso. -Lucius falou do seu lugar na poltrona, concentrado em trançar o cabelo do filho que estava sentado no tapete, a sua frente.

– Eles confiam no Sirius, tanto o Potter quanto o Lupin. -Severus falou fazendo uma careta por ciúmes, que jamais iria admitir, fazendo Sirius sorrir e colocar a mão na sua coxa.

– Mas os dois estão em lugares diferentes. -Sirius falou tentando achar um jeito de funcionar, mas também focado em como o outro moreno não tinha se afastado dele e não tinha sido amaldiçoado pelo marido do mesmo.

– E o Sirius não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. -Severus falou vendo que seu filho já parecia ter achado uma solução.

– Ou ele pode? -Draco perguntou entrando pela primeira vez na conversa.

– Explique pra gente, Dragão? -Sirius perguntou incentivando o adolescente.

– Eu acho que posso transformar algum de vocês no Sirius, mas não podemos mandar esse pro Lupin, ele vai reconhecer que alguma coisa está errada pelo cheiro. E também não pode ser poção, porque também deixa o cheiro e o banco não vai achar divertido, mas se for a minha magia...

– Eles não vão te questionar, porque vão te reconhecer como membro da realeza. -Lucius falou baixo entendendo onde o filho queria chegar.

– Mas Harry está em Hogwarts, como vamos entrar? Mesmo se passando por mim, não vai ser fácil entrar já que claramente o Diretor já não confia mais em mim, ele deve estar de olho nas passagens também. -Sirius falou relaxando no sofá, mas não se afastando em momento nenhum do outro.

– Vamos fazer alguém tirar ele do castelo, se ele tiver em qualquer lugar fora, eu consigo pegar eles sem que me notem. -Draco falou convocando um espelho e vendo o que seu pai tinha feito no seu cabelo.

– Eles? -os três adultos falaram ao mesmo tempo.

– Depois que levarmos o Harry, o diretor vai ter que fazer um novo plano, não vamos deixar o Neviller no castelo com ele, usamos o Nev para tirar o idiota do castelo e levamos os dois.

Draco já tinha feito aquele feitiço de glamour e ilusão mais vezes do que gostaria, então pra ele não era difícil, mas criar a chave de portal era um pouco mais complexo, eles escolheram que aquela seria a melhor forma de levar os dois grupos até o banco, ele escolheu duas colheres de prata da cozinha para usar como portal e depois de um pouco de concentração entregou para as duas equipes que criaram.

Eles se separaram em duas equipes, sendo uma somente com o Sirius verdadeiro que iria pegar o Lupin, e a outra, que tinha Lucius com o feitiço para parecer o Sirius e Severo que iria junto para garantir que não teriam problemas com o terreno no castelo. E enquanto isso, Draco iria ficar seguro em uma sala no banco, esperando por eles.

O loirinho já tinha comunicado Neville atrás de um espelho que tinha enviado pra ele a um tempo, junto com o primeiro presente. O contato com o moreno fazia seu coração saltar em seu peito e suas bochechas ficarem coradas, e a ansiedade por ficar perto deles novamente.

Sirius não teve dificuldade em achar Remus, Draco já tinha achado o mesmo através de uma visão e tinham encontrado ele em um bairro misto de trouxas e bruxos; andou devagar e com classe pelo local, até um prédio abandonado no final de uma rua sem saída, e apesar de achar o lugar degradante, era um bom lugar para se esconder ou para um sequestro que era o caso deles.

Ele sabia que no momento em entrou no prédio por um buraco na lateral, que seu velho amigo já tinha achado a sua localização e sabia da sua presença; então não foi preciso muito mais do que andar alguns passos para dentro e esperar.

– Como você me achou? Não deveria estar passeando por aqui, você ainda é considerado um fugitivo. -Lupin falou surgindo das sombras, mas praticamente flutuando até o amigo.

– Eu tenho meus métodos, e precisava mesmo falar com você, não podia esperar até você aparecer ou até a próxima reunião. -Sirius falou vendo que o loirinho estava certo, tinha alguma coisa errada.

– Tem alguma coisa errada? Harry está bem? Você está bem? Eles fizeram alguma coisa com você? -Remus perguntou deixando seus olhos ficarem dourados de preocupação, e Sirius soube ali o que tinha fazer.

– Sim, eles fizeram. -Sirius falou avançando com os braços abertos, como quem queria um abraço, mas já estava com a varinha pronta.

Tudo aconteceu muito rápido, no momento em que o lobisomem abraçou o amigo, Sirius acertou ele um feitiço, fazendo o mesmo desmaiar.

– Floresta. -Sirius falou segurando o lobisomem com uma mão e a colher de prata com a outra, deixando aquele lugar para trás.

Severus e Lucius, disfarçados, entraram em Hogwarts pela casa dos gritos e saíram pelo salgueiro lutador e caminharam rapidamente até a cabana do Hagrid, dando a volta no lugar e seguindo para a floresta.

– Não precisa ficar me olhando de canto de olho, nós dois sabemos que ele é gostoso e não podemos negar que aparentemente não somos os únicos interessados. -Lucius falou baixo, falando sobre horas atrás quando o verdadeiro Sirius ficou com a mão na coxa do seu marido.

– Então parece que o seu plano de levar ele para o nosso quarto não vai precisar de planos malignos por trás, ele vai sozinho até lá. -Severus falou como se o plano fosse somente do marido, mas o seu rosto corado dizia outra coisa.

Conforme avançavam mais pra dentro da floresta, escutaram passos apressados e uma conversa em voz baixa, que mais parecia que uma única pessoa estava falando, e pelo que estavam conhecendo do Herdeiro Longbottom, quem estava falando sozinho só podia ser o Potter.

– Padrinho! Neville falou que você precisava falar comigo e era urgente. -Harry falou assim que viu o falso Sirius e correu até ele.

– Eu contei pra ele que você procurou o professor Snape e Lucius, porque sabia que eu tinha um jeito de falar com o Draco e foi assim que mandou um recado para ele. -Neville falou levantando da árvore que estava sentado e se aproximando, ansioso para sair da floresta e ir para onde o loirinho estava.

– Vamos te levar pra um lugar seguro, você fez bem em confiar no Neville e em mim. -Lucius falou abraçando o adolescente e conseguindo sentir vagamente o que seu filho sempre disse.

Em baixo de todo o poder do menino, alguma coisa parecia estranha e o comportamento dele estava completamente diferente do que eles tinham visto na última reunião, ele também parecia como o seu filho nas primeiras vezes que voltou do seu papel, ainda confuso e oscilando entre as duas personalidades.

– Mas não podemos deixar o Ron e a Hermione, se alguma coisa está errada, temos que levar eles junto com a gente, eles não podem ficar, eles tem que ir! -Harry falou desesperado, mudando novamente a personalidade e se afastando, pronto pra voltar para o castelo foi surpreendido por um feitiço nas costas, imobilizando ele.

– Ele tem que calar a boca, não aguento mais ouvir a voz dele. -Neville falou parecendo nem um pouco arrependido por ter lançado o feitiço.

– Só vamos sair daqui. -Severus falou gostando um pouco mais do Longbottom agora, ele agarrou o adolescente que estava estirado no chão da floresta e dando a mão pra marido, que segurou a colher de prata enquanto o futuro genro agarrou o outro lado do Potter.

– Floresta. -Lucius falou agarrando firme o que estava nas suas e sentindo tudo a sua volta sumindo.

Tantas mudanças - DrevilleOnde histórias criam vida. Descubra agora