purple eye.

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Sadie Sink.

O dia seguinte foi um pesadelo. Eu passei o dia inteiro na cama deitada com muita dor nas costas. Tomei uma aspirina pura pra ver se ajudava a minha pobre situação.

Sério, na primeira chance que eu tiver eu vou ligar para os meus pais e me humilhar pra ir embora. Eles vão ter que me tirar daqui comigo mostrando os machucados, eles são loucos mas nem tanto.

— Você é minha salvadora. — Quase beijo a Lilia em agradecimento.

Ela tinha acabado de trazer donuts e chocolate quente pra mim, eram 17:20 e essa era a minha primeira refeição do dia já que não consegui levantar da cama sem sentir um caminhão em cima de mim.

— De nada Sink, não poderia te deixar morrer de fome. — Lilia responde e senta em sua cama. — Mudando de assunto. Você virou o assunto da escola depois de ontem.

— Ótimo, não precisava de mais nada. — Bufo e tomo um gole do chocolate.

— É sério, todo mundo tá falando de como você enfrentou o velhote ontem. — Buckingham acrescenta.

— Corrija pra apanhei do velhote. Até agora eu não acredito que aquele escroto realmente encostou a mão na gente. — Suspiro.

— Pois é, descobri que isso na verdade acontece bastante e é sempre com as meninas. — Lilia avisa.

— Essa história só fica pior. — Reclamo. — Preciso falar com os meus pais.

— Já vai pedir transferência?

— Claro que vou. Acha mesmo que eu aguento um ano inteiro aqui? — Encaro a loira.

— Sendo sincera...acho que você não dura um mês. — Lilia fala.

— Exato. Eles não vão podem negar minha transferência depois de saberem que fui agredida, que tipo de pais eles seriam?

***

— VOCÊ TÁ BRINCANDO COMIGO? — Eu grito.

Eu estava há vinte minutos na ligação com minha mãe e fiz o maior teatro pra ela me tirar logo dessa escola, e ela simplesmente não me escutou.

— Pare de gritar Sadie, senhor. — Ela me repreende.

— Eu não precisaria estar gritando se você apenas me escutasse. Esse velho me agrediu mãe, a minha amiga e a mim. Como pode me deixar ficar aqui sabendo disso? — Falo com indignação.

— Pois saiba que o seu diretor já me contou o que aconteceu. Você é tão burra mesmo ao ponto de desrespeitar uma autoridade? — Ela diz e eu suspiro.

Suspiro pra não falar merda. Se finja de boa menina Sink e tudo vai dar certo.

— Ele queria que eu fizesse flexões! — Argumento. — E você acha mesmo que uma retrucada é motivo pra levar uma bengalada mãe?

— Claro que não. Mas isso é pra você aprender que aí não é como as outras escolas, tem que seguir as regras, simples. — Ela diz e respira fundo. — Olha Sadie, eu nem contei isso para o seu pai porque se ele soubesse ia xingar até sua última geração, então coopera comigo e não se meta mais em problemas.

— Mas mãe-

— Mas mãe nada, já salvei sua pele muitas vezes, agora é hora de crescer e engolir o choro Sadie. — Ela diz. — Iremos te visitar daqui dois meses e esperamos encontrar uma nova Sadie.

— Só se eu morrer e me ressuscitarem. — Resmungo.

— Tchau pra você Elizabeth.

E ela simplesmente desliga me deixando ali sozinha. Obrigado pelo apoio mãe, como sempre ajudou muito.

𝗆𝗂𝗅𝗂𝗍𝖺𝗋𝗒 𝗌𝖼𝗁𝗈𝗈𝗅 | sillieOnde histórias criam vida. Descubra agora