Capítulo 2

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Eduarda

— Anda logo Eduarda... — Guilherme me chama enquanto desce as escadas. — Está com essa cara por quê? — Ele praticamente grita, enquanto eu prendo o cinto de segurança.

— Nada, só estou cansada. — Suspiro e abaixo a cabeça.

— Não sei do que, se teve o dia todo para descansar, e acho bom mudar essa postura de mosca morta, amanhã meu primo Felipe chega com os filhos, mais do que nunca você terá que ser a esposa feliz e apaixonada que eu mereço.

— Quanto tempo eles irão ficar?

— Ele vem com os três filhos para morar conosco, a casa é dele, ele é o herdeiro universal do meu tio, eu apenas cuido de tudo porque ele não quis administrar as empresas e a fortuna que herdou.

— Três crianças? — Me animo um pouco, e me lembro de minha irmã Bianca.

— Um adolescente e duas bebês recém-nascidas, mas não quero você de intimidade com eles... — Nossa conversa é interrompida, pois chegamos na casa noturna que ele chama de clube. Somos encaminhados para uma mesa, onde estão dois homens que aparentam ter a mesma idade que Guilherme. — Essa é minha esposa, Eduarda.

— Linda! — Um dos homens diz e me puxa para o colo dele, Guilherme se senta ao nosso lado, faz um sinal para o garçom que logo traz um uísque para ele. Enquanto eles bebem, o homem que está comigo em seu colo me esfrega no membro dele, meu marido e o outro homem, abrem suas calças e cada um pega uma mão minha e me faz ficar alisando-os.

Assim que terminam a bebida, levantamos e vamos para um quarto. Ao passar pele porta o homem que eu estava alisando, me abraça por trás e começa a beijar meu pescoço, enquanto o outro para em minha frente, leva a mão por baixo do meu vestido e começa a retirar minha calcinha.

Escuto o barulho da porta sendo fechada, e ao olhar vejo Guilherme dentro do quarto, e isso me causa um arrepio, nunca transei com outros na frente dele, o máximo que já fizemos foram as carícias no salão. Não me atrevo a olhá-lo, mas vejo pelo canto dos olhos, que ele retira sua calça e cueca, pega em seu pênis e começa a se masturbar enquanto nos observa.

O homem que me beija vai abaixando a alça do meu vestido, e assim que ele está no chão, o outro homem pega em minha mão. Caminhamos até a cama, o homem que está a minha frente, deita ficando meio encostado na cabeceira.

— Senta em mim gostosa. — Ele faz um sinal para que eu me aproxime, assim que termina de colocar o preservativo. Me aproximo e ele me puxa, entrando em mim de uma vez só. Não tenho tempo nem de respirar, sentir dor, ou qualquer outra coisa, pois o outro homem, entra em meu ânus também com tudo.

Eu fico imóvel, enquanto os dois se movimentam e usam meu corpo, minha mente começa a divagar, e para não começar a chorar eu fixo meu pensamento em minhas irmãs, não posso permitir que Carolina ou Bianca passem pelo mesmo que eu.

— Abre a boca Eduarda! — Guilherme me tira dos meus devaneios. Eu faço o que ele mandou, e ele puxa minha cabeça um pouco para o lado e então enfia seu pênis em minha boca, ele movimenta minha cabeça, olho para cima e o vejo sorrindo de prazer. Ele se enfia mais em minha boca, até que encosta em minha garganta e goza. — Isso, caralho... Vai, bebe toda a minha porra!

Quase me engasgo, mas ele segura minha cabeça e só depois de alguns segundos é que ele me solta e vai para o banheiro, o homem que está penetrando minha vagina também chega ao orgasmo e me empurra, saindo de dentro de mim.

— Eu ainda não acabei... Fica de quatro! — O homem que estava atrás me ordena. Novamente obedeço, ele volta a entrar em meu ânus e depois de quatro estocadas fortes, ele goza e eu suspiro aliviada.

— Agora se veste que um segurança vai te levar pra casa. — Guilherme fala e eu o olho, ele está sentado, ainda sem as calças e fumando seu cigarro nojento. Pego meu vestido e a calcinha, me visto rapidamente e saio do quarto.

Encontro o segurança parado ao lado da porta, ele apenas aponta o caminho e assim que entro no carro, permito minhas lágrimas escorrerem. Não acredito que já está para fazer dois anos que eu vivo esse inferno, não consigo entender por que meu pai me deu em casamento para o Guilherme e nem porque ele abandonou até mesmo minhas irmãs.

O carro para em frente a mansão e eu saio das minhas lamurias, desço sem olhar para trás ou falar com o segurança, sei que não posso. Seco meu rosto, retiro meu sapato de salto para não fazer barulho, e entro em casa devagar, subo as escadas pé por pé. Ao entrar no meu quarto, tomo um banho, me esfrego bastante, tentando tirar um pouco dessa nojeira que sinto cada vez que usam meu corpo. Deito sem roupa ou lingerie, como me foi ordenado desde que casei, volto a chorar, até que adormeço em meio as lágrimas.

Acordo às seis da manhã como de costume, gosto de tomar café com minha irmã antes que ela vá para escola, olho para o lado e vejo Guilherme dormindo, nem vi a hora que ele chegou, me levanto faço minha higiene com o máximo de cuidado para não fazer barulho, Deus me livre de acordar o monstro. Então desço para a cozinha.

— Bom dia maninha. — Ela se aproxima de mim e me dá um beijo.

— Bom dia Carol, dormiu bem?

— Sim.

— Antes que eu me esqueça, hoje chega o primo do Guilherme com os filhos, nada de intimidade com eles ok?

— Quanto tempo eles vão ficar aqui?

— Eles vêm pra morar.

— Eles não têm casa? Por que tem que morar aqui? Não tem dinheiro pra comprar uma casa? — ela pergunta fazendo uma careta.

— Porque essa casa é dele, assim como as empresas, ele que é o herdeiro e dono de praticamente tudo, Guilherme cuida de tudo, porque parece que o primo não quis saber dos negócios da família.

— Um playboyzinho então?

— Não sei ao certo, mas parece que sim.

— Bom dia meninas. — Nana a governanta da casa entra sorrindo.

— Bom dia Nana. Levantou cedo! — Respondo assim que ela me dá um beijo no rosto.

— Ah sim, ontem o senhor Guilherme pediu que eu arrumasse os quartos dos meus meninos e mais um quarto para as bebês, quis levantar cedo para deixar tudo pronto, ainda quero fazer um bolo de cenoura com calda de chocolate para a chegada deles, meus meninos adoram.

— Meninos, bebês? — Carolina pergunta olhando para mim e eu franzo a testa para que ela pare.

— Ah queridas, vocês sabem que estou nessa casa há muitos anos, entrei aqui como babá do Felipe, ele tinha só dois meses de vida, ajudei sua mãe o criar e vi o Júnior nascer. Estou com tanta saudade deles, sempre os tratei por meus meninos e os dois são loucos pelo meu bolo de cenoura, também estou muito ansiosa pra conhecer as gêmeas, elas têm só alguns dias de vida.

— Então a mãe delas também virá? Guilherme disse...

— Não Duda, vem só ele e os filhos, a mãe das gêmeas morreu no parto, pobrezinha.

— Nossa, sinto muito, não sabia que ele tinha perdido a mulher. — Fico constrangida e sem saber muito como agir. O desgraçado do Guilherme podia ao menos ter me falado que o homem acabou de ficar viúvo. — Vai Carol, senão vai se atrasar pra escola.

Ela diz tchau e sai mordendo uma maçã, e eu volto para o quarto deitar, antes que Guilherme acorde.

É Possível Nós Dois? (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora