-babe-

23| três vezes "te amo"

- As notícias são boas, o estado dela está ótimo, os exames mostram que ela teve um pico de serotonina, o que fez com que suas células voltassem a agir e produzissem mais anticorpos.

Me levantei da cadeira sorrindo após muito tempo. Cinco horas se passaram, eu fiquei esperando por cinco horas, Fez e Sophie tentaram me levar para casa, mas eu neguei em todas as tentativas, caso ela acordasse, eu queria estar com ela, não existiam chances de eu deixar ela sozinha aqui!

Fui correndo até o quarto da garota e quando entrei vi ela deitada em um sono profundo. Sorri e me sentei ao seu lado entrelaçando nossas mãos.

Passei minutos apenas segurando a mão dela, olhar para ela significava paz, e agora eu entendo, o porquê do Fezco sempre observar tanto a Lexi, eles estão apaixonados, e eu também.

Repentinamente, ela se mexe, e eu volto para aquele nervoso que acabei de me livrar, com medo de que seja algo ruim de novo, porém não, ela está acordando, logo percebo sua dificuldade em falar e se movimentar.

- Shh, tá tudo bem, eu tô aqui! - Falei e vi um sorriso se formar em seu rosto - Não me assusta mais por favor, eu quase surtei, então por favor, nunca mais inventa essas ideias malucas de tomar tiro.

Ela novamente tenta responder, então rapidamente coloco um dedo em sua boca, fazendo um sinal de silêncio para que ela não faça tanto esforço.

- Aperte um dedo quando a resposta for "não", dois dedos para falar "sim", e três dedos quando quiser falar "te amo".

A garota apertou três em resposta e deu espaço para eu me deitar ao seu lado.

Muitos pensam que a pior sensação que existe é sentir dor, mas não, a pior sensação é o medo.
O medo de perder a sua namorada em questão de segundos.
O medo de uma hora estar tudo bem e no outro dia tudo desmoronar.
O medo de não saber se você pode falar com ela no dia seguinte.
O medo de nunca mais poder falar o quanto a ama.
O medo de tudo acabar.

Mas claro, tudo tem um lado bom; depois do medo, vem o alívio.
O alívio de sentir amor verdadeiro.
O alívio de dançar músicas idiotas com ela.
O alívio de conversar com ela sobre o futuro.
O alívio de escutar sua voz te dizendo "eu te amo".
O alívio de saber que vocês ainda vão casar.

Olhei para a garota sorrindo e me deitei ao seu lado pedindo para que aquele momento nunca acabasse. Ela se encolheu em meu peitoral e fiz cafuné em seus cabelos até ela pegar no sono novamente, eu fiquei acordado, não conseguia dormir, se algo acontecesse eu poderia ajudá-la mais rápido se estivesse acordado

Olhei para o relógio e muito tempo havia se passado, porém parecia que tinha durado apenas alguns minutos

Sempre que estou com ela o tempo passa muito rápido, isso é uma grande ironia do destino, sempre quero algumas horas a mais, os minutos correm contra mim

O médico entrou na sala e diminuiu o tom de voz ao perceber que Haley dormia

- Ela está bem, a previsão é de que daqui a dois dias possam ir embora, ela ainda precisa de soro

- Tudo bem

Respondi ao médico que logo saiu do quarto dando espaço para Fez e Sophie entrarem

- Como ela está?

Sophie perguntou sussurando para não acordar a garota

- Está bem, mas ainda vai precisar de dois dias para tomar soro

Respondo apreensivo e Fezco falou

- Relaxa irmão, ela vai ficar bem

Concordei com sua fala e dei um beijo na testa dela