Sonhos? hm, acho que não..

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Oi anjos, estou de volta!,

Bom, me perdoem de coração por não estar atualizando vocês sendo que eu estou com uns 5 capítulos prontos (não me batam!), é que estou dando prioridade para uma nova fic que eu postei mês passado, vão lá ver, prometo que vão gostar:)

P.s: O nome da fic é "tudo por ela", de Dofia também hahhaha

Beijos, amo vocês🤍

Pov:Dove

-Sim mãe, está tudo bem. - Disse pela decima vez.

-Certeza? - Murmurei um sim me sentando na cama. - Parece cansada.

-Só não dormi bem esses últimos dias, só isso. - Suspirei.

-Certo, vou deixar você dormir então. - Agradeci mentalmente, acho que minha mãe nunca olhava o horário, já que ela estava em outra cidade e a hora era completamente diferente, tanto que aqui são duas da manhã e lá talvez seja meia-noite ou algo assim, ela sempre costumava voltar do trabalho por esse horário. - Boa noite meu anjo, dorme bem, te amo.

-Mãee, eu não tenho mais dez anos!!- Revirei os olhos escutado a risada dela. - Boa noite. - Suspirei. -Também te amo.

Antes de desligar ouvi ela me chamando de novo e voltei a encarar a tela do celular.

-Dove espera.

-O que foi? Aconteceu algo? - Perguntei preocupada.

-Não. -Negou com a cabeça. - Esquece. Não é nada. - Sorriu fraco. - Boa noite.

Desligou. Inspirei colocando o celular de lado me cobrindo e desabei na cama. Esperei que os comprimidos que tomei me façam desmaiar antes que eu caia no sono. É uma diferença importante. O sono por base de remédios é diferente. É inconsciência total em um copo de gelo. No sono de verdade, você deriva e sonha. E, às vezes, acorda.

Meus olhos abriram-se de repente. Nenhum despertador gradual através das camadas de sono. Meu coração estava disparado, meu corpo estava coberto por uma camada reluzente de suor, e sinti como se meus olhos estivessem saltando das órbitas. Algo me despertou. Não. Corrigindo. Algo me arrastou para a vigília.

Olhei ao redor do quarto. Vazio. Só que, no escuro, nenhum quarto está realmente vazio. Sombras espreitam nos cantos e se juntam no chão, pairando, mudando de lugar às vezes. Mas não foi isso que me acordou. Foi a sensação de que, segundos antes, havia alguém sentado em minha cama.

Eu me levantei. A porta do quarto está escancarada. Sei que a fechei ao ir para a cama. O corredor mais além está iluminado por um feixe ao luar que entra pela janela do patamar da escada. Lua cheia está noite, pelo visto. Apropriada. Joguei as pernas para fora da cama, mesmo que a minúscula parte racional do meu cérebro, a que ainda existe até quando estou sonhando, esteja me dizendo que esta é uma ideia muito ruim, uma das piores que já tive. Preciso acordar. Anda Dove, acorda! Mas não consigo. Não desse sonho. Alguns sonhos, como certas coisas na vida, tem que seguir seu rumo. E, mesmo se eu acordasse, o sonho voltaria. É o que sempre acontece com esse tipo de sonho, até que alcance o âmago e corte suas raízes podres.

Calcei os chinelos, vesti um casaco qualquer que achei jogado pelo quarto e fui até o patamar da escada. Olhei para baixo. Há terra no chão e algo mais. Sangue.

Eu me apressei, descendo a escada rangente, atravessando o corredor e entrando na cozinha. A porta dos fundos estava aberta. Uma lufada de ar frio acaricia meus tornozelos nus enquanto a escuridão lá fora acena com os dedos gelados. Através do vão, não sinto o fresco do ar da noite, mas um aroma diferente: uma deterioração úmida e fétida. Instintivamente, tampei o nariz e a boca com a mão. Ao fazer isso olhei para baixo. No chão escuro de ladrilhos da cozinha, vi algum tipo de tela piscando. Chegando mais perto, deu para notar que era um celular. Mostrava a foto de um carro preto. Carro preto...Carro preto...Garagem!

Amor Entre Negócios - DofiaOnde histórias criam vida. Descubra agora