UMA PESSOA DO PASSADO

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Depois que almoçamos juntos fomos tomar a Cabresto, a tal pílula que éramos obrigados, mas ela me interrompeu e sussurrou:

-Não tome, confie em mim.

Acreditei em uma completa estranha? Sim, mas foi a melhor escolha que fiz. Naquela noite, quando todos estavam dormindo e eu fingindo que estava, senti alguém me cutucar. Tornei em direção ao contato e vi a moça do refeitório. Ela disse:

-Finja que está dormindo, daqui a pouco eles virão fazer a vistoria.

Apenas concordei com a cabeça e ela voltou para sua cama. Alguns minutos depois escutei a porta abrir e em seguida senti meu corpo ser carregado, mas não me mexi e nem abri os olhos, deixei que me levassem para onde quer que fosse o destino. Senti meu corpo ser colocado sobre algo macio; fiz de tudo para me manter estático. Não sei quanto tempo fique assim, recordo só que, em algum momento, escutei algumas vozes:

-Eles foram os últimos que chegaram.

As vozes saíram abafadas após esta frase e não entendi mais nada do que disseram. Minutos, talvez, se passaram e eles retornaram ao quarto para me levar de volta a minha cama. Só relaxei quando senti que estava de volta ao meu quarto. Decidi que no dia seguinte iria conversar com a garota que até então eu não sabia o nome.

Finalmente no outro dia quando estávamos nos reunindo, ela chegou já se apresentando:

- Emily Mead, prazer. Qual seu nome?

De repente senti um estalo, como se todo meu corpo tivesse tomado um soco de um lutador de TLL (Tecnologias de Luta Livre), pois possuía meu sobrenome, e logo, atordoado, respondi:

- Leonard Mead... prazer...

A reação dela, foi a mesma. Atordoada, ela lançou mais uma pergunta:

- Você conhece Raphaela Mead?


por: Luiza Flávia

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