O Inicio da loucura.

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- Ah... droga, minha cabeça... Nossa... não, não vejo nada ...

Tateando o chão, ela se levanta com certa dificuldade. Olhava ao redor, era um lugar escuro, quase não se via nada, apenas uma luz vinda de baixo da porta na sua frente. Serrava os olhos, tentando focar melhor e seguia em direção a porta.

- Porra, está trancada. Que merda, eu nem sei que lugar é essa, não vejo nada. Puta que pariu...

Ao tentar andar, ela caminhava para o lado se apoiando na parede fria e logo mais à frente, tropeçava em alguma coisa. Era algo que parecia solto, como um cano ou algo parecido. Logo, ela se abaixa e começava a procura o que havia atingido.

- Que merda, devem ter deixado um monte de lixo no caminho. Pior que eu não estou sentindo meu celular no bolso, acho que fui sequestrada. Maravilha, era só o que eu precisava mesmo.

Uma luz ascendia fraca, como se estivesse envolta em algum pano. Era o telefone que tocava dentro do que parecia o bolso de um casaco na frente dela. Ela se assusta, mas logo pega o celular e atende a ligação.

- Alô? Oi? Alô...? Porra de sinal, ninguém fala nada! Alô? Ah, foda-se! Ao menos é um celular.

Assim que ela desliga o celular, ligava a lanterna para iluminar seu caminho e revelava o que havia na sua frente. Era um corpo, um corpo decapitado. Parecia recente e com sangue fresco ainda escorrendo.

Aaah! Mais que caralho, que porra, que porra!

Caia sentada e se arrastava para trás tentando se afastar daquilo, complementa horrorizada com o que estava vendo. A porta atrás dela se abre e a luz do corredor entra por completo. Era um corredor com várias portas, um corredor sujo, com marcas de sangue por todo lugar e algumas portas abertas. Ela se vira e vê aquela luz amarela, pálida, iluminar aquele corredor com tons de ferrugem e sangue.

Deus... A onde eu vim parar...? Preciso parar com as drogas, urgente.

Caminhava ainda meio desnorteada para fora e descobria que as portas, na verdade eram celas e estavam vazias. Em uma delas, havia uma mulher enforcada, pendurada no meia dela, com uma faca no peito. Ela olhava e via que na roupa dela, havia seu nome bordado em uma parte branca no peito. Ao olhar para si, notava que havia seu nome também lá, "Paola".

- Puta merda... que porra é essa...

Paola usava um macacão cinza escuro com seu nome bordado, assim como o cadáver na cela. Ela se aproxima e puxa a faca do peito dela. Logo após, um som de algo arrastando no chão é ouvido e logo ia ficando mais perto. Paola se esconde em baixo da cama e fica olhando. O som de uma porta velha se abrindo ecoa e logo depois, passa pela porta um homem alto, forte, com os braços fortes, arrastando um machado. Estava sem camisa e sua calça marrom escuro, estava toda machada de sangue até as botas. Ele usava um crânio de cabra na cabeça e andava devagar. Paola apertava a faca com força, sua única aliada no momento e esperava ele passar, suando frio. Após ele passar pela cela, ela saia devagar e se esgueirando, saia da cela e seguia por onde ele veio, fechando a porta devagar. Ela se depara com uma espécie de sala com outras três portas e não demora muito para escolher a primeira que via, a do meio. Porém, ela estava trancada. Ao tentar abrir e não conseguir, ela ouve um urro de ódio vindo de onde ela estava antes, certamente aquela coisa notou sua ausência. Seu coração começa a bater mais rápido no mesmo instante.

- Puta que pariu, puta que pariu! Ele vai me matar, caralho!

Os passos ficaram rápido e fortes, eram ouvidos nitidamente daquela sala. Ela tenta abrir a porta da esquerda, mas sua maçaneta estava quebrada e não se movia. Ela entrava em desespero e logo corria para a porta da direita e tentava abrir e também estava trancada. Olhava para todos os lados e apenas arregalava os olhos sem conseguir dizer nada. Então, ela via o criado mudo perto de uma das portas e rapidamente pega e o coloca inclinado na porta onde dava para as celas, para impedir do homem abrir. Andava para trás e encostava na porta do meio, ainda sem dizer nada. A porta começa a ser empurrada com violência, mas sem sucesso. Paola olhava para todos os lados, mas não havia nada, só sangue e alguns ratos que comiam pedaços de carne podre do lugar. Então os golpes de machado começaram a quebrar a porta e uma lágrima corria pelo rosto da pobre mulher. Fechava os olhos com força e engolia seco, tremendo como um cão ao relento. O segundo golpe abria um buraco e era possível ver o rosto de cabra dele a fitando com ódio, até que a porta abre atrás dela e ela cai dentro da sala do meio.

Deep NightmareOnde histórias criam vida. Descubra agora