Prólogo

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Notas Iniciais: Olá! Primeiramente, agradeço muito a jamaisVubtriz pela betagem de todos os capítulos (você é um anjo, bem <3) e  xXPuJinXx  pela capa e banner lindos! Eu amei o resultado, e fico muito grata por tudo <3 

Segundo, gostaria de pedir que leiam com a mente aberta esta fic. Nada escrito aqui tem como objetivo de distorcer ou macular a imagem de qualquer um dos meninos.

 Enfim, boa leitura :)

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Famílias não possuem forma exata. Não existe uma receita pronta, não são somente dois ou três elementos específicos que a compõem. A única regra real é ter amor e respeito por quem está ao seu lado, e era isso que Seoyun e seu marido pensavam até que, em uma noite fria e silenciosa de outono em seu sítio, um objeto não identificado quebrou parte de seu teto e destruiu uma plantação inteira de pimentões.

O barulho os acordou, e a fumaça e a poeira fizeram com que levantassem da cama às pressas e acendessem as luzes da fazenda. O cheiro engraçado, de pimentões assados, quase distraiu Seoyun, que logo o esqueceu ao enxergar o que realmente havia atrapalhado sua noite de sono.

Não era um meteoro comum, logo notaram. Não era uma rocha deformada, muito menos tinha brilho característico do que imaginavam que algo radioativo teria. Minjun, o marido exemplar e estereótipo de "homens morrem mais cedo", não esperou muito para se aproximar, curioso com a aparência robótica da coisa que invadiu sua propriedade, vinda dos céus.

Com seus grandes olhos arregalados, e sua espingarda velha em mãos — que ele nem ao menos sabia se ainda funcionava —, tocou no metal que não mais soltava fumaça. Seoyun gritou de um lado, chamando-o de louco, e gritou uma segunda vez quando uma porta se abriu da nave de pouco mais de dois metros de comprimento.

Da entrada, luzes vermelhas se acenderam, e o ser vivo que a ocupava se expressou como pôde: um bocejar.

Como dito antes, Seoyun e Minjun acreditavam que famílias precisavam apenas de amor. Até ali, a decisão de serem apenas eles dois, uma vez que Minjun era infértil, não lhes parecia incorreta. Já haviam aceitado que suas vidas seriam daquela forma, e que seu amor era suficiente. Porém, aquele bebê, a menininha que sorriu para eles assim que foi tirada do objeto estranho, mudou tudo.

Eles não precisavam de respostas sobre de onde ela havia surgido, muito menos pensar demais sobre até onde suas crenças religiosas e pessoais poderiam ser incomodadas com o fato de ela ter caído dos céus em seus colos. Se havia amor, estava tudo bem, e eles não precisaram de muito para sentir isso por ela.

Um nome lhe deram, mas de "estrelinha" a apelidaram, como uma brincadeira entre eles.

A Estrelinha, no entanto, cresceu. Mesmo nos primeiros anos, não era tão difícil perceber que a menina era fisiologicamente diferente das outras crianças. Nunca adoecia, não sentia dor, não se machucava, corria mais rápido, tinha mais força, até enxergava e escutava melhor. Logo, apesar do amor ser suficiente, a preocupação começou a encobrir o sentimento.

Criar um ser humano não é uma tarefa simples, pois requer esforço e dedicação; criar uma alien então, era muito pior.

Seoyun acabava como responsável pela repreensão, já que o marido pouco ficava em casa. Sua estrelinha não poderia ser vista como diferente, pois era perigoso e vergonhoso. E se as outras mães começassem a falar de sua filha? E se as pessoas da cidade a chamassem de péssima mãe pelo "jeito diferente" da criança?

St. Follet | YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora