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O quarto estágio do luto: Depressão.

Meses tinha se passado e com eles, o sofrimento e dor do camisa sete vinheram mais intenso.

O quarto estágio do luto era a depressão. Esse estágio era considerado o mais intenso, a pessoa é acometida por um sofrimento sem fim.

Onde a pessoa se isola do mundo, querendo ficar somente na sua. Foi isso que everton Ribeiro fez. Ele se isolou do mundo.

Everton Ribeiro pediu afastamento do clube de regatas do Flamengo por tempo indeterminado, mesmo seus amigos dizendo para ele não fazer isso.

Naquela altura do campeonato, Everton Ribeiro não escutava ninguém além de sua própria consciência.

O camisa sete tava com uma depressão intensa, onde não falava e nem via ninguém ─nem seu próprio filho. ─.

Augusto Nery Ribeiro, sentia a falta de sua mãe todos os dias e sentia mais falta de seu pai. Até porque, sua mãe tinha falecido e nada iria trazer ela de volta, agora seu pai não. Everton Ribeiro estava vivo e não tinha forças para viver.

Todos falavam para Everton Ribeiro viver, só que está vivo não era o mesmo que viver.

" - Ele sente a sua falta. - A mãe de Marília falou fazendo o mesmo a olhar.

- e eu sinto a falta dela. - Everton respondeu."

Ao perder a sua esposa, everton perdeu a vontade de viver. Ela partiu e consigo levou uma parte do coração do jogador.

E naquele momento, Everton Ribeiro estava sentado na sua cama e em sua frente estava inúmeras fotos dele e de sua esposa; E algumas peças de roupas que a mesma usava com frequência ─ algumas delas ainda tinha o cheiro de Marília Nery.─.

- Me diz porque ainda dói tanto? - Everton perguntou ao pegar uma das fotos e vendo o rosto sorridente de sua esposa. - Me diz porque não consigo seguir em frente? - Questionou.

" - Amor, comprou iogurte? - Everton Ribeiro perguntou entrando na cozinha.

- Você não é criança, Everton. - Marília respondeu e se virou para ele.

- Você comprou? - Ele questionou.

- Eu comprei. - Marília disse e revirou os olhos."

- Porque me deixou sozinho? - Ele perguntou e sentiu um nó em sua garganta. - Você me prometeu que nunca iria me deixar e quebrou a promessa. - Completou.

" - Um dia você vai me deixar? - Everton perguntou fazendo sua esposa erguer uma sombracelha.

- Que conversa é essa? - Ela questionou. - Amor, eu nunca vou deixar você. - Disse. - eu estarei contigo por todo sempre."

- Sinto sua falta. Falta da gente. Falta do que fomos. Falta de tudo que passamos. Falta de seus beijos. Falta de suas conversas, conselhos. Falta de seus risos... - Everton falou e já sentindo as lágrimas rolando em seu rosto, continuou - Falta... Simplesmente, você me falta.

Sentir falta de quem já morreu é a pior sensação do mundo. Você não pode fazer nada para amenizar a dor da saudade. E Everton não tinha ninguém a recorrer ─ ou melhor, ele não queria recorrer à ninguém. ─.

Everton só sabia chorar e se prendia nos acessórios de sua falecida esposa. Era uma forma de tê-la por perto.

A dor era imensa e era como se a qualquer momento, seu coração fosse parar de bater.

E talvez séria bom morrer. Pelo menos naquele momento Everton achava que morrer séria a solução, assim ele poderia reencontrar com o amor de sua vida.

Se prender na dor não faz ter a pessoa de volta, só faz te fundar e te destruir mais ainda.

Viver é a solução, mesmo achando que não. Mesmo que durante a dor, tudo pareça inútil, até mesmo viver.

E Everton achava que não. Ele queria tudo naquele momento, menos viver.

☆☆☆

Meu bebê.🥺

Minha estrelinha • Everton Ribeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora