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O segundo estágio do luto: Raiva.

O segundo estágio do luto era a raiva. E era esse estagio que o jogador do Flamengo se encontrava naqueles dias.

Aqueles malditos dias que não parecia ter fim. Se Deus a levou? Porque não poderia levá-lo? Esses era um dos milhares de pensamentos que rodava na mente do camisa sete.

Everton estava frustrado por ter perdido o grande amor de sua vida. Estava desesperado por seguir em um mundo onde Marília nery não existia mais. O camisa sete sentia medo e angústia por ter quê criar uma criança sozinho, levando em conta que ele não estava cuidando nem dele mesmo naquele momento.

Foram dias difíceis para todos. Augusto não ficou com o camisa sete ─ o jogador não tinha forças para cuidar de uma criança ─. E Everton ainda estava em processo de tudo.

Ele ainda processava todas informações.

- Everton, por favor - Gabriel barbosa falou e respirou fundo. - Você tem quê seguir em frente, mesmo sendo difícil.

- Vem, come um pouco. - Bruno Henrique chamou.

- Eu quero que vocês me deixem em paz. - Ele respondeu rígido. - Vão embora da minha casa.

- Não vamos deixar você sozinho. - Rodrigo caio falou recebendo o olhar sério do camisa sete.

- Se vocês não saírem por bem, vão sair por mal. - Everton disse encarando seus amigos e caminhando até eles. - Então, eu acho melhor vocês irem embora da minha casa.

De fato, Everton Ribeiro não estava com sua consciência em dia. Aquele não era o everton que todos conheciam.

- Nós vamos. - Diego ribas disse. - Porém, vamos voltar.

- Espero que não voltem tão cedo. - Everton disse.

Os meninos olharam para o camisa sete, soltaram suspiros derrotados e saíram da casa do jogador. Eles sabiam que naquela circunstância, não era o ideal contrariar o mesmo.

Everton Ribeiro caminhou até o sofá e se jogou no mesmo. Ele desviou seu olhar e pegou uma imagem de Deus que ali tinha.

A família sempre foi muito religiosa. Sempre tiveram Deus vivo em seu coração.

- O quê adianta confiar no senhor e você me faz isso? - Everton perguntou enquanto olhava para a pequena estátua. - Você deve me odiar, por isso me tirou ela. - Completou.

Naquele momento Everton chorava. Aquele momento era uma das poucas vezes que o jogador chorava desde a morte de sua esposa.

- Não quero mais saber de você em minha vida. Não quero mais ter ligação com você. - Disse o camisa sete. - Eu só quero a minha estrelinha.

" - Deus abençoou nossa união. - Marília disse sorrindo largamente. - Deus sempre sabe de tudo.

- Deus é os olhos que tudo vê - Everton respondeu e olhou para o altar. - Eu te amo, minha estrelinha.

- Eu te amo, meu jogador. - Ela falou."

- Porque? Porque você a levou? Porque tirou ela de mim? - Everton perguntou rígido. - Eu não entendo porque levou alguém tão cheio de luz. - Completou. - E é por esse motivo que eu estou te tirando da minha vida nesse momento.

Em um ataque de raiva, o camisa sete se levantou do sofá e jogou o santo na parede, vendo o mesmo quebrar em varios pedaços. O Jogador estava fora de si, a raiva era o único sentimento presente no seu corpo.

Tudo que everton pegava, ele jogava na parede. O segundo estágio do luto era esse.

Ele fazia você fazer coisas que não faria com consciência.

E quando Everton Ribeiro acabou de quebrar as coisas da sala─não tudo e sim a grande maioria ─. Ele se jogou no chão e começou a chorar feito uma criança.

- Volta pra mim, minha estrelinha. - Ele pediu entre os soluços constantes. - Eu não sei viver sem você.

E ali Everton Ribeiro ficou por horas. Ficou jogador no chão da sala, onde somente tinha vidros quebrados, ele não tava ligando para isso. Everton Ribeiro ficou deitado abraçado com seus joelhos e pensando na sua falecida esposa.

Se Deus existe, porque ele faz as pessoas sofrerem tanto? Porque ela e não eu?

Os pensamentos dele estavam uma loucura e ele só queria saber dela.

O luto era isso, ninguém pode julgar as dores dos outros.

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Meu pitico🥺

Minha estrelinha • Everton Ribeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora