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Malia:

- Você está bem?
Olhei Abraham e balançei minha cabeça. Depois olhei para trás. Tinhamos sido atacados por uma horda, mas tinhamos conseguido escapar.
Olhei meu ferimento e vi que não tinha sangue. Toquei com os dedos na fina linha que tinha na minha cabeça, que juntava minha pele depois de eu ter caído e batido feio com a cabeça por causa do tiro. Ótimo. Abraham se tinha mostrado um ótimo enfermeiro.
- Vamos. - Abraham segurou minha mão e me puxou. - Temos de achar um carro e voltar para Alexandria.
Vi ele sorrir enquanto caminhavamos.
- Aposto que todo mundo pensa que morremos. - Disse ele.
Não sorri, apenas fiquei pensando em tudo aquilo. Abraham falara de todo mundo mas...
- Estarão vivos? - Perguntei.
Ele me olhou.
- Claro. Nunca vi aquele Rick desistir tão facilmente. Aposto que deram um jeito de consertar tudo.
Balancei minha cabeça.
Abraham parou de andar e me olhou, tocando no meu ombro.
- Malia não se preocupa. Vai ficar tudo bem. Vamos chegar em Alexandria e tudo ficará bem. Como antes. - Ele fez uma caricia em meu rosto.
Eu tinha de acreditar no que ele falava. Eu tinha de acreditar que tudo iria ficar bem. Ou melhor, pelo menos.
Andámos durante um bom tempo, com Abraham dando uma olhada em todos os carros que encontrava, mas sem sucesso. Sempre tinham algum tipo de problema.
De repente vejo ele parar junto de um carro e sorrir. Percebi que aquele era perfeito. Olhei em volta, sempre com uma flecha na linha, pronta a atirar, enquanto Abraham dava uma olhada na parte de trás do carro.
Então, do nada, Abraham abre a porta da frente e um errante cai sobre ele, fazendo aquele barulho horrivel. Vi eles lutando e, no mesmo instante, mirei a cabeça do errante e deixei a flecha voar. Fiquei parada depois, vendo o errante caindo sobre Abraham, finalmente morto.
Abraham jogou o errante para o lado e sentou no chão. Tirou a flecha da cabeça do errante, levantou e se aproximou de mim sorrindo.
- Tem coisas que nunca vão mudar, né boneca? - E me entregou a flecha, depois de limpar o sangue na roupa.
Olhei ele e peguei a flecha.
- Não podia deixar você morrer. - Respondi.
Abraham me tocou no ombro e depois segui ele até o carro. Entramos e ele o ligou e me olhou.
- Pronta?
Olhei em frente, respirando fundo. Abraham tinha me contado muita coisa e de repente me senti ansiosa por voltar em Alexandria, mesmo sem saber se iria ver meu irmão de novo.
Olhei Abraham.
- Tenho de ver o Jace. - Respondi. - Ele está vivo, não está?
Vi algo no olhar de Abraham, mas depois ele sorriu.
- A gente deixou ele vivo. Ele é forte, Malia, ele sobrevive.
Olhei a estrada, me sentindo pronta a regressar na comunidade.

A História de Malia Mason - 11a TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora