𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟕

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Ter assinado um contrato com o rei das maldições pode ter sido a pior coisa - ou a mais arriscada - na qual eu já havia feito em toda a minha vida. O contrato não seria posto em meu relatório semanal, seria loucura relatar isso ao Yagi, assim como é ridículo o fato de eu estar consolando Nobara e Megumi por uma morte que não ocorrerá.

Entretanto, eles não sabiam disso.

Nobara se fingia de forte, não demonstrando a tristeza, fazendo com que ficasse cada vez mais evidente. Talvez Magumi fosse o que estava levando melhor a "morte" de Itadori.

Estamos sentados nas escadas que levam as salas de treinos, tentei anima-los com palhaçadas que meu irmão iria fazer e com treinos, mas, sempre que terminávamos, parecia que a tristeza os abatiam com o dobro de sentimento, então resolvi apenas me sentar ao lado deles e ouvir como eles se lembravam do rosado, fazendo-me pensar em como reagiriam ao saber que ele estava vivo.

Não me lembro ao certo quando meus alunos do segundo ano chegaram, mas Zennin foi a que fez com que o mais novo se distraísse um pouco, de forma meio insensível, mas fez.

Maki Zennin é minha melhor aluna no manuseio de ferramentas amaldiçoadas, mesmo que não possa ver maldições a olho nu. Toge Inumaki usa falas amaldiçoadas, por conta disso, o mesmo só fala ingredientes de origini, mas isso não tira sua fofura. O Panda é o mais gentil entre eles, sempre me ajuda com os materiais e se esforça bastante. Têm Yuta Okkotsu, contudo ele não está no exterior, um dos alunos mais dedicados e habilidosos, mesmo que ele tenha um espirito amaldiçoado consigo.

- Puxa, desculpa. Vocês estavam de luto. Por favor, nos perdoem. - Pediu Panda. - Mas queríamos convidar vocês para o evento de intercâmbio de escolas irmãs em Kyoto.

- Aí meu Deus! Eu tinha esquecido completamente! - Comentei me levantando apressadamente e quase caindo.

- O que é isso? - Questionou Nobara.

- É uma reunião com a outra escola de Kyoto.

- Mas isso não era com os segundos e terceiros anos? - Questionou Megumi.

- Meus alunos do terceiro ano foram suspensos. - Respondi e suspirei ao me lembrar do motivo. - Então vocês terão de participar. Teremos de fazer um trio. O evento de intercâmbio vai ter todos os diretores da escolas de Kyoto e Tóquio. São dois dias e cada um propõe uma forma de competição para cada dia. Na teoria. Todos os anos o primeiro dia é batalha entre times e no segundo são lutas individuais.

- A gente vai luta?! Contra outros feiticeiros jujutsu?!

- É. São batalhas que valem tudo. - Respondeu Maki.

- Menos matar.

- Vamos treinar bem para vocês não morrerem. - Disse Panda dando alguns socos no ar.

- Espera, vocês têm esse tempo livre? Achei que estivesse faltando gente. Feiticeiros, digo.

- No momento, sim. - Respondi. - A tristeza que as pessoas criam do inverno até a primavera criam um surto de maldições no começo do verão, que é a nossa temporada mais corriqueira. Ás vezes, ficamos ocupados o ano todinho, mas tudo deve se acalmar em breve. Enfim, vocês vão participar, não é?

- Sim! - Responderam ambos automaticamente.

Eu queria que eles participassem para extravasar a raiva e a tristeza, mas nos olhos destemidos, podia-se ver que eles não queriam apenas isso, eles queriam ficar mais forte e melhorar, acreditando que assim poderiam proteger os demais.

- Mas eu largo mão na hora, se decidir que esse treino e não faz mais sentido. - Avisou Nobara.

- Idem.

Eles estão se achando demais para pouca coisa, é bem provável que tenhamos que pegar um pouco mais pesado.

Mais tarde, tive que deixa-los sozinhos para me encontrar com Satoru, que pediu que eu fosse até um quartinho escondido no subterrâneo, ao chegar lá, pude me deparar com Itadori, vivo e bem. Assim como me havia sido prometido.

Satoru queria que eu o treinasse, já que tenha uma maior habilidade quando se trata de manipulação de energia amaldiçoada, seria um pouco difícil de explicar já que não trabalho com iniciantes, mas acredito que ele teria um desempenho maior comigo ao invés de Satoru, no qual deixei responsável pelos meus alunos e os calouros.

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Eu não me lembro quando havia prometido a ela que eu, algum dia, me apresentaria para seu pai e, caso eu tenha feito, não me importaria de deixar de lado e esquecer, contudo, aqui estou eu, sentado diante do pai da mulher que quero como minha esposa.

- Então, você é o homem que roubou o coração puro de minha filha? - Questionou o imperador.

- Sim, Vossa Majestade. - Levantei vagamente meus olhos e encarei ambos membros da realeza na minha frente, S/N estava em pé, já que não havia recebido a permissão para se sentar.

- Você não é digno para a minha filha.

- Eu tenho noção disso, Vossa Majestade.

- Eu não te dei permissão para falar! - Retrucou com a voz elevada, demonstrando o poder com o qual eu podia extinguir em poucos segundos. - Você não deve ficar com a minha filha! Eu não permitirei! Você é um estrangeiro viajante! Um maltrapilho! Não tens permissão de se casar com a minha filha! Então, se afaste dela! Vá embora do reino e nunca mais volte!

Olhei para a mulher ao seu lado, os cabelos escondiam a face chorosa, os labios rosados segurando-se para não soluçar, as mãos trêmulas e o corpo rígido.

- Desculpe, Vossa Majestade, mas caso não permita, eu não me importaria de sequestra-la e tê-la apenas para mim.

- Como ousas?!

- Eu ainda não terminei. Eu amo a sua filha, não me importa o que digas e, se ela me ama também, eu ficarei ao seu lado, mesmo que me mate.

Com um sinal do imperador, dois guardas me pegaram pelos braços, pude sentir a lâmina gélida em meu pescoço, avisando-me para ser cuidadoso, ela se prensava cada vez mais contra a minha carne.

Em um movimento brusco e rápido, soltei-me e empunhei a espada de um dos guardas, sem conseguir me segurar, metei-os, fazendo com que um grito visse da mais nova.

- Meu imperador, não achas que sua filha merece alguém forte o suficiente para protegê-la? Eu sou o único que pode proteger a ela e sua família. Posso derrotar todo o seu batalhão para provar isso.

My queenOnde histórias criam vida. Descubra agora