Um sorriso medonho surgiu em seus lábios quando Yuji não possuiu o corpo, fazendo-me ficar em alerta. Ele iria matar Megumi se ele ainda estivesse aqui, mataria Nobara e me abusaria se permitisse. Um problema. E um dos grandes.
- Parece que terei de ficar mais tempo, minha querida deusa. Eu volto logo. - Disse logo antes de desaparecer.
O domínio inato havia se desfeito e não demorou para que eu encontrasse a saída. Eu tinha que impedi-lo á qualquer custo. Minhas pernas corriam o mais rápido que conseguiam, minha respiração começou a falhar quando encontrei Megumi. Ele estava sozinho.
- Professora S/N, o que houve? - Questionou o garoto se aproximando de mim, me apoiei em seu ombro para recuperar o ar.
- Foge. Itadori não voltou. Foge! - Empurrei o garoto, tentando afasta-lo de mim, mas a presença intimidadora logo se fez presente.
- Haviam me dito que você era a feiticeira jujutsu mais forte, acho que se enganaram. - A voz da maldição ajudou a dedurar sua presença.
- Desculpa, mas ele não vai voltar. - Disse a maldição, saindo de trás de uma árvore. - Não fiquem tão assustados. Eu estou de bom humor agora. Vamos bater um papo. É o que ele merece por tentar me usar sem pacto algum. Parece que ele está com dificuldades para trocar agora, ainda assim, é só questão de tempo.
A maldição segurou o casaco que lhe aquecia e puxou, rasgando-o e revelando o busto bem trabalhado que não o pertencia.
- Se eu fizer um pacto com você, devolveria meu aluno? - Questionei.
- Talvez. Mas eu estava pensando no que fazer agora. - Disse a maldição, na qual levou a mão ao peito, perfurando-o e arrancando o coração do corpo, o sangue escorreu pela boca e jorrou pelo peito. - O moleque vai ser meu refém. Eu posso viver sem isso aqui, mas o moleque não. Trocar de volta significa morrer.
A criatura se aproximou de mim, senti repulsa e uma tremenda vontade de o bater.
- Se afasta da minha professora! - Disse Megumi, logo ficando entre mim e a maldição.
- Afasta e foge, Fushiguro.
- Não! - Eu estava ficando cada vez mais irritada com a teimosia do rapaz e não me contive ao apertar o nervo em seu pescoço, no qual o fez desmaiar, seria um problema se ele continuasse se intrometendo em uma conversa que não deve, pus o corpo sonolento do garoto em meus ombros e o levei até o gramado, onde o deitei.
- Você não tem muita paciência com crianças, não é? - Zombou a maldição, na qual coçou a nuca, mostrando um leve nervosismo. - Tenho pena do nosso.
- Nosso? Que nosso? - Questionei.
Ele pareceu ficar sem graça, as bochechas ficaram levemente ruborizadas, mas logo sumiram pelo sangue que continuou a jorrar em seu peito. Ele coçou a nuca e pôs as mãos nos bolsos da calça.
- Você não se lembra, do que adianta?
- Me lembrar do quê?! Seu infeliz maldito que fica falando que eu não lembro, não me lembro do quê?! - Esbravejei e logo senti as mãos da criatura em meus ombros.
- Da gente! S/N, você se esqueceu da gente. De nós. - Ele perecia triste e desesperado por debaixo da cara irritada, mas eu ainda não entendia o motivo.
- Nunca teve "a gente", nem "nós" ou qualquer merda assim! Eu conheço sua história Ryomen Sukuna, mas nunca estivemos juntos! - Respondi, ele pareceu aflito, um pouco triste.
- Teve sim. Teve a gente, teve nós. Teve eu, você e nosso... - Senti meu corpo se mover por impulso quando desferi um tapa em seu rosto.
- Você é realmente louco. - A respiração dele ficou pesada e desregular, como se quisesse chorar, ou fosse apenas a raiva se acumulando ainda mais.
- Eu não vou desistir de você, minha deusa. Você disse que sobre assinar um contrato com você, eu estou disposto, devolvo a vida do garoto, mas me escute. Escute as minhas clausulas do contrato. - Ele pareceu desesperado.
Ele queria assinar um contrato comigo. Contratos com maldições nunca eram uma boa ideia, isso eu sabia muito bem, a cicatriz em minhas costas me lembrava disso. Mas ainda era o meu aluno e eu faria de tudo por ele.
- Quais são as clausulas? - Questionei e pude ver um sorriso em seu rosto, ele pareceu animado.
- Me dê uma chance, eu quero ir em encontros com você, quero te levar pra sair. Eu não sei como são as coisas agora, nesse lugar, nessa era, mas eu vou aprender e te levar em lugares incríveis, me deixe tentar te fazer feliz até que Yuji tenha que morrer. Assine um contrato onde eu possa fazer isso e devolvo a vida para o moleque.
Eu fiquei perplexa, não sabia o que responder. Um contrato assim era mais arriscado do que qualquer um que já tenha visto ou feito. Era perigoso, muito perigoso.
- Você quer que eu te dê uma chance de quê, exatamente? De ser meu namorado? - Questionei e não consegui evitar ao cruzar os braços.
- Sim! Eu quero te conhecer de novo, quero saber o que você gosta e não gosta, quero te dar alegria e prazer...
- Não. Você não vai me dar prazer. - Respondi.
- Ah! Não! Não é o que você está pensando! Eu quis dizer em outro sentido, um momento de lazer ou algo assim! Não aquilo. - Ele estava muito nervoso para uma maldição.
- Eu posso até tentar te dar uma chance, vai ser mais suportar você pelo meu aluno, então não fique abobado. Você não vai poder encostar em mim, nem desferir nenhuma palavra que me ofenda, você não vai caçar meus alunos e, muito menos, por a vida deles em risco. Isso envolve meu irmão também. - Ele pareceu alegre e logo me arrependi quando o vi estender a mão para assinar o contrato.
- Eu juro em nome de Kira! Você vai poder me usar para o que quiser e eu não colocarei ninguém em risco, trarei de volta a vida de Yuji e concordarei com seus termos.
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Acompanhei ela até o médico, no qual me obrigou a ficar do lado de fora. Eu esperei e esperei, até ouvir a porta se abrir, me levantei e fui até ela, na qual me abraçou, tive medo de apertar a barriga dela em meio ao abraço, era difícil agora que nosso bebê já estava maior, ela queria descobrir o sexo do bebê, eu estava curioso também e fomos até o médico para tentar descobrir.
Ela não quis me contar e tive que ir para casa tentando descobrir se seria a minha princesinha ou o meu principezinho. Ela ficou quieta até chegarmos em minha casa, onde ela tinha se apossado quando seu pai descobriu a gravidez.
- S/N! Me conte! Ou ficarei louco! - Disse pegando em sua barriga e me agachando em frente a mesma. - Sua mãe não quer me contar se vai ser Kira ou Akira, então vamos bebê, fala pro papai, é ela ou ele?
Senti as mãos macias da garota em meu cabelo, ela sorria boba enquanto me olhava. Ela era tão bela.
- Diga para seu pai, Kira.
Senti meu coração se aquecer, por instinto me levantei e a beijei, logo a sentindo apertar meu braço, o que significava que estava apertando sua barriga, me afastei.
- Desculpa. Eu estou tão feliz! - Me agachei novamente, ficando na altura da barriga. - Eu estou feliz, minha pequena Kira, muito feliz. Prometo te proteger sempre, okay?
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My queen
Hayran KurguHá muitos anos, mais do que se podem contar, um casal, uma princesa e outro, um simples plebeu, ela teve de enfrentar a morte junto de seu filho, pois foi considerada uma traidora de seu povo, já ele, após testemunhar a morte de sua amada, se tornou...