Capítulo 3

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Era de madrugada já para (s/n), quando Ezreal novamente aparece em seu quarto com um clarão vindo diretamente do computador. Ele parecia para baixo, além de estar com os presentes em seus braços, só que as flores estavam murchas, o bombom visivelmente estava todo derretido, e o ursinho, bom, esse era o único que aparentava estar intacto.

Ezreal olhou para (s/n), tinha uma latinha azul de energético na mesa, acompanhada de um macarrão instantâneo de pote, e ao lado, uma garrafa semi cheia de refrigerante.

- Eu já te falei mil vezes que essas coisas fazem mal pra sua saúde, você precisa dormir, não varar a madrugada afora com essa porcaria de energético.

- Então por que você apareceu assim do nada de madrugada aqui?

- Eu já sabia que você ia estar acordada, conheço bem seus péssimos hábitos se cuidando.

- Você também gosta de energético, não vem com hipocrisia não.

- Enfim, eu preciso de ajuda para um plano B, urgente. – Ele desviou a conversa, estendendo as coisas em seus braços para a moça.

- É, eu notei mesmo que parece não ter dado certo. Mas qual o problema com as coisas? Qual o motivo dela não ter aceitado?

- Então, ela aceitou, mas aparentemente é alérgica a peônias.

- Fala sério, quem é alérgico a peônias?

- Eu estava com a mão suando, e acabou fazendo o chocolate derreter.

- Que cômico, o tal corajoso Ezreal, suando de nervosismo para entregar uns presentinhos – Ela deu uma risadinha. – Mas, qual o problema com o ursinho?

- Ele é brega.

Dessa vez a garota riu de verdade.

- Sério mesmo? Que coisa, eu adorei ele, é fofinho, como que ela não pode ter gostado?

- Eu não sei, mas tenho uma teoria de que foi tudo culpa do Sylas, que fez ela pensar coisas horríveis de mim. – Falou com raiva ao lembrar daquele

- Sinto ciúmes na sua voz? – Riu outra vez – Pois bem, o que você tem na cabeça para tentar agora?

- Bom, achei que você podia me ajudar a pensar em algo, mas, eu tenho sim alguma coisa em mente.

- O que seria?

- Um poema! – Disse orgulhoso.

- Não valeu, não quero gastar minha madrugada fazendo poeminhas para garotas. – Deu as costas para o loiro e se virou para o monitor do computador.

- A, qual é, você prometeu que me ajudaria.

- Sabe, às vezes eu paro pra pensar Ez, existem milhares de pessoas que jogam com você no Lol, mas ainda assim, você prefere vir toda vez falar comigo. Não acha melhor variar de pessoa um pouco não?

- Claro que não, você é a única que eu tenho vontade de falar, não sinto nem um tipo de necessidade de conversar com outros, além disso, não me importo se você joga bem ou não, nem se tem um Elo alto no jogo, eu só quero conversar com alguém legal que nem você.

- Gentileza sua. Okay, me convenceu, vou pegar folhas e canetas, a gente vai começar agora mesmo a bolar um belo poema pra você recitar pra ela.

Os dois passaram a noite pensando e escrevendo, amassando papéis de ideias descartadas e fazendo novamente cada verso e estrofe do poema. Ficaram tanto tempo nisso que o sol começou a nascer no horizonte, e os dois continuaram manhã afora, dividindo um energético, para poderem permanecer acordados, até que um pouco antes do almoço, estava finalmente pronto, o poema perfeito para ser recitado para a garota que Ez gostava.

[Ezreal x Reader] Sempre foi VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora