Peter Ballard/(spoiler) Vecnan (stranger things) (parte 1/2)

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Sinopse: você foi internada após uma briga de escola que acabou com um aluno sendo arremessado para o outro lado da sala com força sobrenatural. Agora você se vê presa com adolescentes e crianças terríveis em um lugar que é um inferno, mas há um "anjo" em meio a eles
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Acordei atordoada e tonta, tudo girava e a sala que eu me encontrava era fria e branca. Estava deitada em uma cama com lençóis brancos e notei que minhas roupas foram substituídas por uma camisola hospitalar

A porta se abriu assim que me sentei e um senhor com cabelos brancos e terno veio até mim

- s/n s/s, como se sente?- havia algumas pessoas na porta, com roupas tão sociais quanto a sua, talvez fossem funcionários dele

- tonta- minha voz saiu rouca, como se não falasse a muito tempo

- isso é efeito do remédio...- ele começou a me examinar. Ele me pediu para evitar piscar e colocou uma lanterna no meu olho, depois ouviu meu coração e olhou minha garganta- tragam comida e a liberem para a sala do arco-íris

Assim foi feito, e em menos de 1 hora eu estava em uma sala com um arco-íris em todas as paredes que fazia o lugar assustados dar uma "cor" de esperança. Óbvio que eram falsas, mas quem poderia julgar? As crianças que o chamaram de papai? Os guardas que abaixavam a cabeça quando ele passava?

Todas os adolescentes e crianças me deram "oi" e "seja bem-vinda", mas o ódio me consumia. Eu estava presa nesse lugar, e eles achavam que um arco-íris ia me alegrar? Por que? Eles são burros por acaso?

Andei pela sala e vi peões, desenhos, lápis de cor e alguns brinquedos

Todas as crianças haviam saído e apenas os guardas e o doutor haviam ficado

- acha que isso vai me alegrar?- pergunto de maneira de monótona notando as armas de choque que alguns guardas tinham

- filha, vai se sentir em casa aqui, todos- eu o interrompi

- eu não vou me sentir em casa porque esse lugar mais parece uma prisão do que um lar, não vou me sentir em casa porque sei que meu pai apesar de um merda não era você, não vou me sentir em casa porque está me fazendo usar roupas hospitalar como um louco em um asilo!- minha voz era o único som na sala

- de tempo ao tempo- ele suspirou

- se o tempo é o tempo, qual o sentido de dar um pouco dele mesmo para ele?- ele andou na minha direção- quer que eu olhe para o arco-íris como essas crianças e veja esperança? Eu vejo o resto, eu vejo o que o arco-íris tenta ofuscar. Um lugar sem janelas, com portas de segurança e guardas com arma de choque. Eu não sou um detetive, mas eu sei que essas coisas não são para manter as crianças seguras- ele tocou meu ombro

- confie em mim- ele saiu e me deixou ali, as crianças voltaram a brincar e os guardas pareciam em total alerta

Passaram alguns dias, todos eles eu fui a bendita sala estúpida e fiquei com aqueles idiotas. Eu os odiava, odiava demais

- que número quer acertar?- uma voz na minha nuca me despertou do meu transe e eu notei o brinquedo a minha frente

- a cara de qualquer um de vocês seria melhor, mas no 1- ouvi uma risada nasal, mas achei ter ouvido errado. A voz masculina se sentou ao meu lado e fingi não ficar receosa

Alguns guardas tinham arma de choque, outros eram usados para nos segurar. Eu que não queria descobrir qual dos dois ele era

- esse jogo é um jogo de pura sorte, mas se você usar telecinésia pode conseguir mais fácil- aquilo me fez ignorar todas as minhas notas mentais e olhar para ele

Ele era lindo, seus cabelos pareciam sedosos, seu rosto era angelical, seus olhos tinham um azul lindo e suas roupas eram brancas como a dos outros guardas. Ele era lindo...

Evitei expressões faciais e voltei a olhar para frente

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Evitei expressões faciais e voltei a olhar para frente

Me apaixonar por alguém que estava lá para me machucar, era ridículo

Parecia um anjo...

- não sei controla-los- peguei as peças que haviam caído pela parte de baixo

- sei... Mas ele é desencadeado pela raiva, todos são, não estava com raiva quando os descobriu?- acenei com a cabeça sem olhar para ele- lembre do momento, tente reviver a lembrança e conseguirá desencadea-los de novo

Respirei fundo e lembrei de todos zombando de mim para por fim conseguir mover a peça que o guarda colocou no brinquedo até o 1

- não foi difícil, foi?- ele sorriu para mim e eu tive que me segurar para não retribuir

Por que ele parecia tão amigável?

- por que o 1?- sua pergunta me fez respirar fundo

- se é um inferno esse lugar para mim e sou a 21, imagino como foi para o primeiro nesse lugar- tirei os olhos do brinquedo e olhei em seus olhos

- o Dr. Brener diz não haver o primeiro- sua voz parecia robótico agora e eu revirei os olhos com o que ele disse

- e que tipo de pessoa com TOC simplesmente pula o primeiro número dos numerais?- ele pareceu pensativo com o que eu disse- vai ver a pessoa morreu ou fugiu, mas dizer que não existiu é apelar. Apesar de estar aqui não fui criada em laboratório, eu nasci com isso, se nasci com isso, nada impede que o primeiro tenha também. O doutor pode ter usado seu DNA nos outros- ele tinha um sorriso no rosto

- você é muito esperta s/n- ouvir meu nome depois de tanto tempo me arrepiou, assim como sua voz o dizendo me fez sentir borboletas no estômago, e assim como a dúvida surgiu em minha cabeça

- como sabe o meu nome?- ele se ajoelhou ao meu lado

- olhe meu pulso- fiz o que ele pediu e me assustei

001

- vou nos tirar daqui s/n, mas preciso da sua ajuda. Vai me ajudar?- eu o analisei por alguns segundos enquanto ele levantava

- sim

imagines de todos os meus crushs | Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora