Ele é mal, mas é desses que nós gostamos...
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Eu era secretaria dos Volturi a 3 semanas, desde que eles mataram a anterior, claro que eu tinha medo de tomar o mesmo destino, mas eu precisava de dinheiro para a faculdade/aluguel e eles pagavam bem- s/n, Aro quer as correspondências- Jane surgiu na minha frente em uma velocidade desumana e eu saí do meu transe
Eu estava exausta de tanto trabalhar nos últimos dias no castelo, era um castelo enorme para um simples humano ir de um lado para o outro
- já estou indo- peguei todas as diversas cartas de parabenizações de clãs ao Aro, que havia feito aniversário há pouco tempo, e comecei a andar pelo corredor com aqueles saltos desconfortáveis que eu era obrigada a usar
Cheguei na sala do trono e me deparei com apenas Aro a ocupando
- obrigada, querida- ele as pegou da minha mão e eu senti um arrepio pelo seu toque gelado. Aro era o mais gelado de todo o clã, e eu sei disso porque já toquei quase todos os membros dos Volturi, exceto Caius
Caius não demonstrava ódio por mim, mas também não demonstrava amor. Com o tanto que eu fizesse o meu trabalho ele não me matava, apenas pegava o que me pedia da minha mão e saia, mas incrivelmente sem nunca me tocar, nem mesmo uma vez, talvez por nojo, mas disso eu já não sei
- já pode ir- fiz reverência a Aro e sai
O castelo estava cheio de gente, humanos e não humanos. Os Volturi haviam acabado de voltar de uma missão, então isso até era comum
- Caius quer o relatório do tempo que estivemos fora- Félix falou de maneira séria e aquilo sempre me arrepiava
Félix era gentil comigo, na verdade todos eram, mas quando o assunto era Caius todos enrijenciam
Eu estava nervosa sobre se Caius estava irritado e quando mais eu demorava mais sentia medo. Estava procurando debaixo da bancada quando ouvi o que eu mais temia
- s/n- levantei a cabeça e no processo bati a cabeça na bancada com muita força
- sim mestre- ele falei aquilo em meio a um gemido de dor
- está atrasada- seu olhar em mim já me dizia muito
Eu vou morrer...
- mestre, por favor, me perdoe, mas o relatório simplesmente sumiu daqui- quando eu terminei de falar ouvi um barulho semelhante a um trovão, era ele fechando um caderno que estava em cima da bancada, também conhecido como "caderno de relatório"
Merda.
- s-sinto muito- abaixei a cabeça sentindo seu olhar me penetrar como navalhas
- venha comigo- ele me pediu para segui-lo e mesmo sentindo o meu corpo pesar como uma muralha eu fui
Ele me levou ao seus aposentos, eu nunca tinha estado lá
Após entramos eu me senti ainda mais perto da morte
- ficarei mais atenta ao caderno, mestre- tentei convencê-lo
- olhe para mim- sua voz soou severa e eu demorei a conseguir olhar em seus olhos vermelhos
Ele se aproximou de mim e eu fechei os olhos e apertei
Eu sentia sua presença perto de mim, mas não conseguia ter coragem de olha-lo
- olhe para mim- sua voz estava tão rígida que eu tive vontade de chorar
Eu olhei seus olhos com lágrimas brotando nos meus
Eu nunca havia reparado, mas Caius era lindo. Seu cabelo e seu rosto pareciam ser perfeitamente esculpidos para ele. Ele tinha um olhar severo, mas quando eu olhei seu rosto e principalmente, olhei sua boca, eu me senti derrubar minhas muralhas e me vi fascinada por ele
- s/n- eu ouvi sua voz me chamar ao longe- s/n!- eu me assustei com seu grito
- desculpa- olhei em seus olhos de novo e tentava me obrigar a não baixar o olhar
Será que ele beija bem?...
Minha cabeça não se importava com a minha vida naquele momento
- desculpa, mestre- olhei para seus olhos e me senti com borboletas no estômago
Eu me senti me empurrando para ele e ficando próxima do seu rosto, ele analisava minhas ações, quieto. Senti minha respiração acelerar e meus lábios a centímetros da sua boca
Ele se afastou e eu me senti vazia quando ele o fez
- me mostre os relatórios do tempo em que estive fora, não pule as ligações- senti meus olhos marejaram e meu coração despedaçar
Passei uma meia-hora lendo todos os acontecimentos e recados deixados enquanto eles estavam fora segurando uma imensa vontade de chorar
O que tá acontecendo comigo?
- já pode ir- ele saiu para o closet após me liberar e eu respirei fundo tentando segurar as lágrimas
De repente me sinto puxada e sinto lábios gelados contra os meus. Seus lábios pareciam ser feitos para mim e eu me vi abraçando seu pescoço e ignorando todas as regras criadas por Caius quando eu cheguei. Suas mãos na minha cintura me arrepiavam e eu me senti suspirar quando ele nos separou para que eu pudesse respirar
- vá- ele falou aquilo ainda com nossos lábios próximos e eles roçaram enquanto ele falava
- sim, mestre- ele me deu um último selinho antes que eu me visse sorrindo como uma tonta no corredor
Eu amo esse trabalho...
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imagines de todos os meus crushs | Concluído
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