Jonathan Crane (parte 1) (trilogia: Batman)

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Eu estava tremendo e suando muito e por todo o corpo

Tinham diversas aranhas e diversos outros bichos andando em mim e eu gritava muito por isso

Eu estava com muito medo e não tinha mais lágrimas para chorar

De repente eu escuto uma voz

- como estamos indo?- a voz é atraente, é calma e passiva

Outra pessoa fala outra coisa, mas estou focada demais na voz tranquila de um homem e não escuto nada que a outra pessoa diz

Parecia que passavam dias enquanto os bichos ficavam sobre a minha pele, via minha pele toda comida e devorada por eles

- como está a paciente 05711?- aquela voz fala de novo e eu me sinto tão atraída em escuta-la que esqueço dos bichos por alguns segundos, mas logo eles voltam a minha pele e eu volto a me contorcer

Depois do que pareceram dias eu senti meu corpo ser carregado enquanto os insetos voavam a meu redor e corvo com corpo de homem me carregava. Eu gritava e me contorcia e ele me colocou em uma van com muito sacrifício

Fui amarrada em algum lugar e os insetos voltaram para o meu corpo e a dor de uma bicada me fez gritar. Nunca havia doído, mas aquela doeu. A dor não era forte, mas foi repentina e isso me assustou

Eu ouvia vozes ao meu redor, mas não conseguia focar em uma, até que:

- veja os sinais vitais, ela foi a única que sobrou, não podemos perde-la - aquela voz de novo. Eu me senti segura com ela e me vi esquecendo completamente dos insetos

Minha visão ficou turva e se ajustou a luz baixa que havia na van

- chequem tudo, dêem soro, ela já perdeu muito líquido- a voz vinha de um homem tão bonito quanto ela

Ele estava sentado ao meu redor e olhava algo ao meu lado

- j-jon-jonathan c-crane - leio seu crachá e ele me olha assustado

- sinais estabilizando- um homem que devia ser enfermeiro falou

- oi - ele analisava cada pedaço do meu rosto

- sabe onde está?- neguei com a cabeça com os olhos marejados e ele pareceu pensativo por alguns segundos

- você estava muito doente querida, sou eu, John, seu marido- eu não me lembrava dele e notei todos a nossa volta de entreolharem- como você está?- ele pega minha mão e eu me sinto tranquila

- dói - sussurro

- o que dói?- ele tira o cabelo do meu rosto que estava grudado pelo suor

- tudo- minha voz falhou enquanto eu dizia

- vai passar querida, eu prometo- ele ficou segurando minha mão e chegamos a uma espécie de casa, onde fui levada até o porão- podem ir, deixem que assumo daqui- ele vai com eles e eu fico presa a maca até que ele volte e me solte

Me sentei na maca e tentei levantar, mas quando meu pés entraram em contato com o chão eu gemi de dor e ele me pegou

Ele cheirava bem e seu abraço ao meu redor era confortável

- vou te ajudar, vem- ele me pegou no colo e me carregou

Claro que eu estava completamente confusa sobre quem ele era, eu não tinha ideia de onde estava e quanto tempo passei lá, mas eu confiei naquele estranho mesmo sabendo que ele foi quem provavelmente me causou toda aquela dor simplesmente porque: eu não tinha ninguém e se ele ia me matar, não tinha nada que o impedisse

Ele me levou para o banheiro e me ajudou a tirar minhas roupas e entrar na banheira

Só de mexer meus músculos eu queria gritar de dor, era uma dor horrível

- como você está?- ele esfregava shampoo no meu cabelo enquanto perguntava

- por que você me machucou?- pergunto fungando o nariz

- não machuquei você- ele usa uma espécie de pote para acumular água e jogar na minha cabeça

- sei que foi quem pôs aquela coisa em mim, não minta pra mim. Vai me matar?- pergunto extremamente calma, eu me sentia drogada por alguma substância ilegal que eu não tinha conhecimento

- eu não vou te matar, vou cuidar de você- ele começou a passar mais shampoo no meu cabelo

- por que?- mantive meus olhos fechados

- porque você foi minha cobaia em um gás, o gás do medo, ele mostra o pior medo das pessoas- ele tira o shampoo do meu cabelo novamente

- aquilo dói, não devia machucar as pessoas- eu estava completamente embreagada

- eu sei que dói, já usei ele em mim, é uma maneira de evolução, aposto que não tem mais medo de insetos agora- o pensamento passou pela cabeça e eu o ignorei

Só então notei que minha cabeça estava apoiada na mão do homem e a outra lavava minha cabeça

- vai me machucar de novo?- sinto meus olhos pesados

- não

-promete?

- prometo- fechei meus olhos e me deixei adormecer

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