Doze

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Bem aqui está mais um capítulo espero que gostem.

Eu não sei mas acho que este capítulo vai estar cheio de emoções.

Será que Miguel vai contar à Carol o seu pequeno segredo da aposta que fez com Dinis?Ou será que não vai ter coragem suficiente?E como será que Carol vai reagir? humm...para descobrirem terão de ler eheheh.

Votem e comentem caso gostem.Obrigada!

Boa leitura!

Miguel

-Carol...-respirei fundo-eu...eu preciso de te contar uma coisa.

-Conta.

Oh meu Deus como é que eu lhe vou contar da aposta?Ela já está magoada com toda esta história do seu pai e da empregada e...e eu não a quero perder e....

-Miguel está tudo bem?-perguntou quando chegámos a minha casa.

-Si...sim-ai o que eu faço agora?

-Vais falar ou...-entrámos no meu quarto e ambos nos sentámos na minha cama.

-Calma,ok...?-respira Miguel,respira-isto não é fácil.

-Tu...tu vais acabar comigo-vi a sua feição desmoronar-é por isso que queres falar comigo?já não gostas de mim?

-Pára Carol,pára...-agarrei a sua cara e abracei-a-eu seria incapaz de acabar com aquilo que nós temos-beijei-a-eu amo-te...e muito.

-Então...o que é assim tão importante que tens para falar comigo-acalmou-se.

-Lembraste daquele meu amigo Dinis,não lembras?-perguntei.

-Sim lembro-confirmou.

-A primeira vez que te vi naquela gelataria,eu posso dizer que fiquei logo apaixonado por ti e...e o Dinis só se ria de mim e então ele....fez-me apostar que tu nunca irias cair nos meus braços e eu acabei por apostar que ainda irias ser minha e...

-O que é que tu estás a dizer?-vi a minha Deusa levantar-se da cama apressada-tu estás a querer dizer que...que aquilo que nós temos não passa de uma...uma aposta?-vi as suas lágrimas rolarem no seu rosto.

-Não Carol,não...-tentei aproximar-me dela mas esta logo deu um passo atrás-ao princípio sim era uma aposta,mas...ao longo do tempo vi a pessoa maravilhosa que tu eras e...e se eu já estava apaixonado por ti,esse meu amor passou além dos meus limites e...

-E eu não quero ouvir mais nenhuma palavra dessa tua boca-chorou-metes-me nojo...odeio-te.

-Carol...por favor.

-Já tens aquilo que querias...conseguiste ganhar a tua estúpida aposta agora deixa-me em paz.

-O que queres dizer com isso?

-Quero dizer que está tudo acabado entre nós,não me procures nunca mais-virou costas e saiu.

-Oh meu Deus-sussurrei para mim mesmo sentando-me na cama e passando a mão pelos meus cabelos.

Eu não lhe podia ter feito isto,não podia.Eu não a posso perder,eu não sou ninguém sem ela.O que vai ser de mim agora?

Eu queria ir atrás dela,mas as minhas pernas resolveram estar contra mim e não se moveram, queria gritar,mas a minha voz não saía,queria tê-la aqui comigo,mas fiz asneira.

Carolina(Carol)

Saí de casa do cara-de-palhaço a correr e a chorar.

Eu não acredito que ele me fez isto.Ele era a única pessoa que eu tinha ao meu lado,era a última pessoa que eu pensava que nunca me iria magoar,mas...mas afinal estava enganada. Como é que ele foi capaz de me fazer isto, como?

Eram 21:56 horas da noite e eu ainda andava por aquelas ruas abandonadas e escuras daquela pequena cidade que quando dei por mim....estava em casa.

-Por onde é que tu andaste?-perguntou o meu pai assim que entrei naquela casa.

-Por aí-encolhi os ombros e passei pelo meu pai.

Comecei a subir as escadas quando o meu pai me agarrou a mão.

-Estás a chorar?-perguntou preocupado.

-Não-baixei a cabeça para que ele não me visse assim naquele estado.

-Carol...-levantou-me o queixo-oh filha-puxou-me para um abraço forte e paternal onde eu não consegui segurar as lágrimas e deixei-as cair.

Eu posso não concordar em tudo o que o meu pai faz,mas eu amo-o apesar de tudo.

-Porquê pai?-chorei-porque todos os que mais amo se vão embora?

-A vida é mesmo assim pequena-passou a sua mão nos meus cabelos.

-Eu quero a verdade pai...-olhei para ele ainda a chorar.

-Do que estás a falar?-levantou uma sobrancelha.

-Tu e a Beatriz...

-O que se passa entre o teu pai e a Beatriz?-a minha mãe apareceu surpreendendo-nos.

Ambos olhámos um para o outro sem saber o que fazer ou dizer.

-É que...-comecei mas logo foi interrompida pela mesma.

-Olha esqueçam eu nem quero saber,vou me deitar-falou subindo as escadas.

-Vocês estão chateados?-olhei para o meu pai.

-Já sabes como é a tua mãe-encolheu os ombros-posso fazer-te uma pergunta?

-Sim.

-Quem é esse rapaz com quem tu andas a sair?

-Não sei de quem estás a falar-tentei desviar a conversa.

-Carol....-olhou para mim sério.

-É um amigo-respondi.

-Pois um amigo-suspirou-olha...eu não te vou proibir de nada,mas...quero só que tenhas cuidado e penses antes de agires, ok?

-Não te preocupes pai-sorri-eu fico bem.

-Posso fazer-te outra pergunta?-falou ele.

-Claro-sentei-me no sofá.

-Tu gostas assim tanto da Beatriz?-sentou-se ao meu lado.

-Sim,gosto muito-a sua imagem veio-me à memória.

-Ok.

-Trá-la de volta-olhei para ele-esta casa sem a Beatriz já não é a mesma coisa,eu sei que vocês discutiam muito,mas...

-Beatriz...-o meu pai baixou a cabeça-tens saudades dela?

-Muitas-sorri-e tu não tens saudades dela?

-Não,claro que não-falou atrapalhado.

-Mentiroso-sorri-tu lá no fundo até gostas dela,sei lá...nunca pensaste em fazerem as pazes?O que aconteceu entre vocês já foi há dezassete anos atrás e...-esperem,17 anos?

-Eu vou pensar-sorriu,beijou a minha testa e foi até a cozinha.

Eu estava ali no sofá quando me pus a pensar.

O meu pai e Beatriz já se conhecem há dezassete anos e eu...eu tenho dezassete anos.Se eles algum dia tiveram alguma coisa isso quer dizer que o meu pai traiu a minha mãe?com a Beatriz?Não,isso não pode ser verdade.

Se isso fosse verdade qual era a lógica do meu pai dar emprego a Beatriz?Ou se assim fosse, porquê que ele lhe daria trabalho se sabia quem ela era e que talvez iriam discutir?Oh Deus eu estou tão confusa.

Eu quero que Beatriz volte, ela disse para nos afastar-mos, mas eu quero vê-la,quero abraçá-la mesmo que eu seja um problema para ela.

Só quero desaparecer daqui e nunca mais voltar.

Truth or ConsequenceOnde histórias criam vida. Descubra agora