Trinta e Um

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Bem aqui está mais um capítulo,espero que gostem.

Votem e comentem.Obrigada!

Boa leitura!

Carolina(Carol)

Acordei na manhã seguinte muito bem disposta.Era domingo e a minha avó convidou-nos a almoçar em sua casa, apesar da minha mãe hesitar um pouco ela acabou por aceitar o convite.

-Mãe já estás pronta?-perguntei ao entrar no quarto.

-Si...Sim...-respondeu depois de se afastar do meu pai,que há um bocado a beijava.

-Interrompi alguma coisa?-perguntei sorrindo.

-Claro que...não-respondeu o meu pai-eu vou tirar o carro da garagem e espero por vocês-falou saindo do quarto,sem antes beijar a minha mãe e beijar-me a testa.

-Está tudo bem mãe?-perguntei ao vê-la pegar na sua mala e casaco um pouco atrapalhada.

-Foram muitos anos-suspirou e encolheu os ombros-não é fácil.

-Pois eu sei...-respondi e ambas nos olhámos-adoro-te-abracei-a.

-Eu também meu amor,eu também-sorriu e saímos do quarto.

Peguei na minha mala e esperámos pela Cat, que é sempre a mais atrasada.

-Finalmente...-falei assim que a vi-estava a ver que nunca mais-puxei-a até ao carro.

Após 20 minutos chegámos a casa dos meus avós.

-Bom dia-falou o meu tio assim que abriu a porta.

-Olá-eu e Cat respondemos ao mesmo tempo e abraçámos os nossos tios e primos.

Os meus pais também os cumprimentaram.

-Olá minhas queridas-falou a minha avó a sair da cozinha.

-Olá vó-dissemos as duas e abraçamo-la.

-Bom dia Júlia-o meu pai cumprimentou a nossa avó.

-Bom dia-sorriu ela.

Todos nos encaramos quando a minha avó e a minha mãe ficaram frente a frente e se encararam.

-Filha...-a minha avó aproximou-se dela e abraçou-a.

-Mãe...-a minha mãe agarrou a minha avó e uma lágrima solitária escorreu no seu rosto.

-Desculpa minha querida-falou a minha avó.

-Eu...eu desculpo-abraçaram-se outra vez.

-Bia...?-ambas se afastaram quando ouviram a voz do meu avô.

A minha mãe olhou para o seu pai e este também olhou para ela.

-Já não te via....há imenso tempo-o meu avô aproximou-se dela-estás...estás crescida.

-É...-a minha mãe baixou a cabeça e depois olhou para ele.

-Eu...-suspirou-quero que saibas que aquilo que eu fiz há dezassete anos atrás foi para o teu bem e...-pegou na mão da minha mãe-eu não queria ver a minha menina sozinha.

-Eu preferia ser solteira o resto da minha vida do que estar casada com alguém que eu não amasse-a minha mãe chorou-e para além disso...eu não estaria sozinha se tu não me tivesses pressionado tanto...eu não me teria ido embora.

-Eu sei eu sei...-o meu avô falou-eu arrependo-me tanto do que aconteceu.

-Pois...

-Eu sei que se calhar não vai servir de nada,mas...-suspirou-desculpa...por tudo.

A minha mãe olhou para o seu pai e após um silêncio constrangedor ela aproximou-se dele e abraçou-o.

-Eu...eu desculpo-soluçou.

.................

Depois das pazes feitas e de estar-mos a conviver um pouco na sala,as mulheres foram todas para a cozinha já os homens ficaram na sala.

-Oh meu Deus...-Ana,a empregada,levou a mão à boca-menina Beatriz.

Ela foi até à beira da minha mãe e abraçaram-se.

-Há quanto tempo Ana-a minha mãe sorriu com lágrimas de felicidade.

-Está tão bonita-falou Ana.

-Obrigada-respondeu a minha mãe.

-Está...está uma mulher.

-É...parece que sim-a minha mãe encolheu os ombros e sentou-se numa cadeira.

Conversámos muito até à hora de almoço e também depois disso e também conversámos a tarde toda e quando demos conta já eram horas de jantar e acabámos por jantar em casa dos meus avós.

-O jantar estava ótimo-falou a minha mãe.

-Eu continuo a gostar da tua comida-o meu pai falou e a minha mãe sorriu das suas palavras.

Ana trouxe as sobremesas e depois os cafés só que...

-Mãe...-observei-a a subir as escadas apressada-eu vou ver se está tudo bem.

Subi as escadas e entrei no antigo quarto da minha mãe e encontrei a porta da casa de banho entreaberta.

-Mãe...?-abri um pouco mais a porta-oh meu Deus...mãe...mãe...-tentei acordá-la-mãe estás a ouvir-me.

Gritei pelo meu pai ou por alguém que me pudesse ajudar.

Foi a primeira vez que vi alguém desmaiado e fiquei mesmo muito preocupada, principalmente por ser a minha mãe.

Ao fim de alguns minutos o meu pai apareceu no quarto e pegou na minha mãe ao colo e colocou-a na cama e enquanto isso eu desci para ligar para o hospital,mas a minha avó insistiu em ligar para o médico privado e assim ele poderia ir até casa.

Eu estava cá em baixo na sala com os meus tios,o meu avô e a minha irmã e lá em cima estavam o meu pai,a minha avó e o médico com a minha mãe.

Já se tinham passado mais de trinta minutos e ainda não haviam notícias e eu sinceramente já estava a ficar preocupada.

Mais cinco minutos se passaram e eu vi o meu pai e a minha avó a descerem as escadas e depois de eles se despedirem do médico....

-Como é que ela está?-perguntei preocupada.

-Ela está bem-falou o meu pai.

-O que é que aconteceu?-perguntou Cat.

-A vossa mãe só se sentiu mal e teve uma fraqueza que a levou a um desmaio, sim?-o nosso pai aproximou-se e abraçou-nos.

-Grávida...-a minha avó sentou-se na ponta do grande sofá,levou a mão à boca e uma pequena lágrima caiu no seu rosto.

Eu,Cat e o nosso pai entreolhámo-nos.

Eu e Cat sentámo-nos à beira da nossa avó e sorrimos.

-Vocês sabiam?-ela olhou para o nosso pai que logo assentiu.

-Sim sabíamos-eu e Cat respondemos.

A nossa avó sorriu...aliás, todos sorriram com a mais recente novidade.

Todos ficaram contentes e durante as duas seguintes horas conversámos sobre o próximo elemento da família.

Devido às condições da nossa mãe, acabámos por passar a noite em casa dos nossos avós.

Truth or ConsequenceOnde histórias criam vida. Descubra agora