11.2 - Back To Black

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Alerta de gatilho: esse definitivamente foi o capítulo mais forte que eu escrevi até agora, então espero que leiam tendo a consciência disso

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Alerta de gatilho: esse definitivamente foi o capítulo mais forte que eu escrevi até agora, então espero que leiam tendo a consciência disso. Fora que, muita coisa ficará clara a partir daqui para vocês. Então, espero que gostem tanto quanto eu gostei. Pois esse agora está no topo dos meus favoritos. É isso, até a próxima.♡

Sentindo o vento frio soprar contra a sua pele, Castiel mantinha as mãos nos bolsos de seu casaco em meio a todas aquelas folhas alaranjadas que eram levadas por ele. Seus olhos estavam imóveis, conforme observava aquela velha lápide no chão. Sentindo um estranho mix de memórias o invadindo, memórias no qual estavam enterradas bem no fundo de seu inconsciente para não virem à tona.    

— Cas, aí está você! Eu e Mick nos separamos para te procurar. — Se aproximando de braços cruzados, Charlie parou logo ao seu lado. — Quem era, Carver Edlund? 

— Meu pai... — Com seu tom de voz baixo, ele a respondeu sem mover um músculo sequer. 

— Oh, Cas... eu lamento. — Percebendo o olhar vago do moreno, a ruiva tocou seu ombro para tentar confortá-lo.

— Não lamente, Charlie. Ele era uma pessoa horrível. — Contou ele, a levando a arregalar os olhos com a sua resposta inesperada.

— Por que? O que ele fazia? — Curiosa, ela o questionou se aproximando ainda mais.

— Quando eu nasci, a minha mãe morreu. A gravidez dela era de risco, então meio que meu nascimento foi a causa. — Contou ele, cobrindo o rosto ao sentir as lágrimas vindo.

— Calma, Cas. Respira! — Disse ela, o abraçando ao perceber que havia acabado de tocar em um ponto sensível. — Não foi culpa sua. Não foi...

— Mas para ele era. Depois disso, ele se tornou alcoólatra e depressivo. Amaldiçoava todo dia o meu nascimento, dizendo que preferia que eu tivesse morrido no lugar dela. Como se eu tivesse feito aquela escolha... como se eu tivesse escolhido nascer. — Contou ele, se perdendo ainda mais em suas lágrimas de pura angústia.

— Ele te agredia, de alguma forma? — Questionou ela, conforme acariciava seu braço lentamente.

— Não, ele não era agressivo. Não me batia. Mas, eu preferia que batesse. Pois, hematomas se curam com um tempo. Já as cicatrizes feitas por palavras, ficam abertas para sempre. — Respondeu ele, enxugando as lágrimas de seus olhos avermelhados.

— É meio errado pensar assim, Cas. Pois, independente da violência ser verbal ou física, você continuaria com os mesmos traumas. Ou até piores. — Contou a ruiva, o ajudando a secar as lágrimas que ainda rolavam pelo seu rosto. — É triste saber que casos como esses são comuns, e que nada justifica. Sendo seu pai, ele deveria ter te tratado com o amor que merece.

— Amor...? Ele nem quis me registrar com o sobrenome dele, Charlie. Colocou o da família de minha mãe, porque dizia que eu não era digno de carregar o nome dele até o túmulo. — Contou ele, sentindo cada vez mais o peso da tristeza apertar o seu coração.

Badlands - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora