Capítulo 32

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de jumnzxx

de jumnzxx

Kiara

Assim que desci do avião senti um calafrio. Algo estava errado, eu só não sabia o que. Ajeitei a mochila em minhas costas e saí andando em direção a alguns taxis que se encontravam no aeroporto. Quando estava próximo de um, senti algo tapando minha boca e nariz, as próximas cenas eram um borrão pra mim. Lembro de ter sido carregada e jogada no banco de um carro.

Abri meus olhos com dificuldade e vi onde estava. Eu estava em um porão em Tanneyhill, reconheci pois quando brincava de esconde-esconde com a Sarah costumava me esconder aqui embaixo.
Fiquei quieta, até que ouvir a porta sendo aberta, quando vi quem estava do outro lado quase caí pra trás.

- Oi

- É sério que você me sequestra e só vai me dizer OI? - olhava incrédula pra Topper

- O Ward já está vindo. - Topper diz e sai trancando novamente a porta atrás dele.

Poucos minutos depois vejo a silhueta de Ward Cameron entrando.

- Fez boa viagem, Carrera? - Ward perguntou em tom de deboche se sentando numa cadeira que estava na minha frente.

- O que você quer comigo Ward? - me diga onde está o maldito ouro e aqueles dois traidores que costumava chamar de filho!

- Não vou dizer nunca! - cuspi em sua cara

E então senti o primeiro soco.
Ward me batia de forma descontrolada, chutes, socos e tapas foram distribuídos pelo meu corpo até eu cuspir sangue. Topper e Kelce desceram correndo e puxaram Ward de cima de mim.

- VOCÊ DISSE QUE NÃO IRIA TOCAR NELA, CARALHO! - Topper gritava

- ESSA VAGABUNDA MERECEU! - Ward gritou de volta.

Eles saíram pela porta e pude ver o olhar triste de Topper direcionado a mim.
Naquela noite Kelce levou um kit de primeiros socorros.
Foi a pior noite da minha vida. Minha barriga roncava, minha cabeça latejava e todo meu corpo doía.

Foram dois longos meses assim, Ward me espancava na intenção de me fazer contar, mas eu jamais colocaria meus amigos em risco dessa maneira. Sabia que no momento que eu desse a localização deles Ward iria atrás e sabe-se lá o que ele iria fazer.

Haviam noites que eu pedia pra morrer, não aguentava mais ser espancada. Meu corpo estava fraco e todo marcado, meus cabelos desgrenhados e eu estava com um cheiro desagradável pois Ward só permitia que eu tomasse banho uma vez por semana e as vezes até mais. Desejei inúmeras vezes que isso fosse um pesadelo.

Eu nem sabia mais que dia era hoje, as marcas roxas pelo meu corpo me lembravam cada dia mais que isso não era um pesadelo.

Topper abriu a porta trazendo algo para comer, já havia dois dias desde a minha última refeição.
Junto da bandeja havia um envelope pardo. Ele saiu sem dizer nada.

Comi a comida de forma desesperada, já estava fraca. Encarei o envelope por alguns minutos.

Eu não sabia exatamente por que meus amigos não me procuravam, por que não foram atrás de mim. Mas assim que abri o maldito envelope tive a minha resposta.