Em defesa da honra

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Uma lembrança tornou-se especial para Kiba e Kaoru, ainda que não fosse algo grandioso, mas simples como muitos dos momentos preciosos daquela família.

O casal vinha notando que o filho do meio andava amuado, cabisbaixo e pensativo. Era um adolescente de apenas catorze anos. E o fato pontual de mudança era o novo namoro de Masako, a irmã mais velha.

Desde que Shinta começou a frequentar a casa com mais frequência, Kaoru tornou-se taciturno.

E Kiba logo associou a atitude a algum complexo de irmão, acertando quase em cheio a problemática. Tomou para si a missão de conversar com o filho, garantindo a Shino que dava conta do recado. Afinal, Kaoru era macho e traria assuntos nada constrangedores para lidar. Hikaru era uma jovenzinha de quatro anos. Estava longe de testar o pobre coração de Inuzuka Kiba.

Escolheu um ótimo fim de tarde para ter a conversa. Shino chegou em casa e logo pegou a filha caçula. Masako estava na escola, treinando com o time. Kiba foi ao quarto de Kaoru e o chamou para comerem um lamen.

— Só nós dois? — O jovem Beta ficou desconfiado. — Por quê?! Eu não fiz nada de errado!

Kiba girou os olhos e respirou fundo. Entendia cada vez mais porque sua mãe cedia fácil aos tabefes na orelha. Era uma tentação!

— Quero conversar com você, moleque. Não dar bronca! Isso eu faço em casa.

— Ah... — Kaoru não baixou a guarda.

— "Ah"! — Kiba arremedou com uma careta. — Anda logo!

Depois dessa ordem o garoto obedeceu! Saltou da cama onde estava deitado lendo um mangá e seguiu o pai Ômega sem sequer se preocupar em trocar de roupa. Provavelmente iriam na casa de lamen do bairro. A comida do Naruto-ji era mais gostosa, mas também ficava mais longe do bairro onde moravam!

E assim a dupla caminhou até o restaurante, poucos quarteirões dali. Para quem olhasse, seria como se passado e futuro se reunissem no presente. Pai e filho eram muito parecidos, a constituição física como um todo: cabelos castanhos bagunçados, olhos exóticos e selvagens, pele que queimava fácil do sol. O jeito de mexer as mãos, até o andar era quase o mesmo, com passos meio pesados. Kiba ainda era mais alto do que o garoto e tinha esperanças de que ao menos aquele moleque fosse herdar algo dos seus genes referente à altura. Além do resto que já recebeu, claro... Mas isso eram ponderações internas meio invejosas de alguém que nunca se conformou com a estatura que, por pouco, raspava a mediana.

As semelhanças não ficavam por ali. O Beta herdou o gosto por estilo de roupas do pai. Naquele instante vestiam as camisetas favoritas em estilo simplista, as bermudas escuras e chinelos confortáveis.

— Escolhe uma mesa que eu vou fazer o pedido. — Kiba deu as orientações.

Em poucos minutos sentava-se em frente ao filho, com duas tigelas grandes de lamen com o dobro de carne, para ter a tal conversa.

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Bons Momentos - ShinoKiba (Vol. 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora