•O Herdeiro da Mansão do Príncipe• |1° Mansão do Príncipe |

33.Irmãos por Escolha

Assim que chegaram à mansão, Severus levou Draco para a sala e o sentou no sofá. Harry ficou para trás, incerto se deveria se intrometer, sentindo que seu irmão precisava ficar sozinho com Severus naquele momento. Então ele ficou na porta enquanto Severus tentava convencer Draco a deixá-lo examinar seu rosto.

"Dragon, deixe-me ver o que ela fez com você, por favor," Severus estava dizendo gentilmente. "A maldita cadela bateu em você com muita força, agora deixe-me ver o quão ruim é."

Draco se encolheu, teimosamente segurando a palma da mão contra o rosto. "Eu estou bem! Eu não me importo com isso, tio Sev."

"Bem, eu me importo , filho. Eu não gosto de ver você ferido. Agora tire sua mão, Draco Michael, e deixe-me examiná-lo, agora mesmo." Severus ordenou em um tom sensato. Ele gentilmente virou a cabeça do menino, então Draco estava de frente para ele, e estendeu a mão e puxou a palma do menino de seu rosto, revelando uma bochecha inchada e machucada e um corte irregular em seu rosto e lábio superior que estava pingando sangue.

Harry estremeceu e Severus xingou furiosamente. Então o Mestre de Poções convocou um pote de bálsamo para contusões, um pano macio, gelo e uma bacia de água. "Fique quieto, por favor. Peço desculpas se eu te machuquei, mas eu preciso limpar isso antes de colocar qualquer coisa nele."

Ele começou a limpar suavemente o sangue do lábio e da bochecha de Draco. O aprendiz loiro permaneceu imóvel, nem mesmo estremecendo quando Severus pressionou o pano molhado sobre seu lábio para estancar o sangramento. Na verdade, ele mal sentiu a dor de seu rosto cortado e machucado através da dor maior de sua alma ferida. As palavras de Narcissa ainda ecoavam em sua cabeça, afiadas como vidro e duas vezes mais mortais. Se você nunca tivesse nascido! Você não passa de uma vergonha. . .Você não é meu filho! Suas palavras de flagelação se juntaram às de Lucius. Traidor, você me traiu por Snape! Filhote ingrato!

"Pronto. Segure o gelo em seu lábio e bochecha por dez minutos, isso deve anestesiar a dor e diminuir um pouco o inchaço," Severus instruiu, entregando a Draco uma toalha com gelo dentro dela.

Draco pegou e obedeceu, desejando ter algo para anestesiar a dor terrível dentro de seu coração. Ele desejou estar livre dos sonhos e maquinações perigosas de seus pais toda a sua vida, e agora ele estava, mas ele não esperava que doeria tanto. Ele sentiu como se sua mãe tivesse enfiado a mão em seu peito e arrancado parte de seu coração com suas palavras cruéis e insensíveis.

Severus sentou-se silenciosamente ao lado dele, xingando internamente Narcissa até as profundezas do nono círculo do inferno. Ele não conseguia compreender como alguém poderia dizer palavras tão imperdoáveis ​​a seu filho, especialmente uma criança que teve coragem suficiente para virar as costas para a atração da escuridão e abraçar a luz. Harpia covarde e miserável, ele vale dez de você e seu marido juntos! E você o repudiaria e desejaria que ele morresse por ser melhor do que você jamais poderia ser? Eu deveria ter azarado sua língua!

Ele deu um tapinha no ombro de Draco confortavelmente, procurando as palavras certas para aliviar o tumulto que ele sabia que estava destruindo o bruxo mais jovem. "Dragon, você fez a coisa certa," ele começou suavemente. "Você fez a escolha certa, a escolha difícil, e estou orgulhoso de você, filho. Eu sei como foi difícil para você, mas você fez isso, e eu não acho que você vai se arrepender."

Olhos cinzentos fitaram os de obsidiana, e um sussurro rouco emergiu do canto da boca de seu filho. "Se foi a coisa certa... e eu sei que foi... então por que diabos dói tanto?" Lágrimas brilharam nos olhos cinzentos e serpentearam lentamente pelas bochechas pálidas. "Ela... disse que não me queria...!"

"Shhh... ela foi uma tola e não merece você, Dragon," Severus disse com emoção. "Ignore ela, a cadela ciumenta. Você tem eu e Harry, nós somos sua família agora, e nós nunca vamos te expulsar, não importa o quê. Você é meu filho, não dela. Venha aqui." Ele puxou a criança ferida em seus braços, embalando-o contra seu ombro vestido de preto. "Está tudo bem, dragãozinho. Você não tem do que se envergonhar. O caminho certo nunca é o mais fácil, dói como um filho da puta, ninguém sabe disso melhor do que eu." Ele começou a acariciar a cabeça loira, passando os dedos pelas mechas sedosas e o movimento calmante causou um tremor para destruir o corpo esguio. "Sim, vá em frente e chore, criança. . .ninguém vai zombar de você aqui por causa das lágrimas, eu não sou Lucius . . ." Lágrimas quentes escorriam pelo seu pescoço em riachos enquanto ele abraçava Draco contra ele, esfregando a nuca suavemente.