Nomes podem despertar sentimentos

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Um silêncio estranho percorria o elevador. Ainosuke com o skate debaixo do braço tentando não refletir que queria desesperadamente olhar para Tadashi, e o jovem olhando para a porta esperando ela abrir. Seus olhos estavam pesados e tinha grandes sombras escuras sob eles. Ainosuke se perguntava por que ele parecia estar tão cansado. Obviamente acordar cedo todos os dias e dormir tarde todas as noites fazia isso com as pessoas.

O elevador parou e Tadashi saiu com Ainosuke logo atrás de si. Ainda em silêncio ele abriu a porta, em seguida falou.

– Entre por favor, tente não reparar na bagunça, não tenho tido muito tempo de arrumar a casa.

Apesar de dizer que estava bagunçado não parecia de nenhuma forma. A tv de frente para o sofá de couro branco, logo atrás a mesa de jantar com uma fruteira no meio. Mais adiante a cozinha que fazia divisão com a sala de jantar. Na pequena estante em que ficava a tv havia vários livros, Ainosuke pôde notar vários livros de medicina, entranto um pouco escondidos entre os demais ele percebeu alguns nomes conhecidos, "Da terra à lua", "Pequeno Príncipe", "A casa do Penhasco" e "Red, White and Royal Blue". Não seguiam exatamente um padrão, ao que parece ele apenas gostava de ler gêneros diferentes da medicina.

Tadashi se dirigia à cozinha enquanto Ainosuke sentava-se no sofá. Em seguida retornou com a caixinha de primeiros socorros sentou-se de frente para o mesmo e sorrindo pediu calmamente que ele lhe esticasse o braço para que pudesse fazer o curativo. Suas mãos eram macias e ele tinha uma certa cautela em tocá-lo.

– Se doer me diga. — Tadashi limpava o ferimento calmamente. – Desculpe se estou sendo inconveniente mas, qual seu nome?

– Ah, é Ainosuke. Ainosuke Shindo.

– Olá Ainosuke, é um prazer conhecê-lo. Desculpe por não cumprimentá-lo antes, mas, bem vindo ao nosso prédio, espero que possamos nos dar bem.

Tadashi falava com uma voz calma e talvez sonolenta, mas ainda tinha um pequeno sorriso em seu rosto.

Ainosuke apenas fez um aceno positivo com a cabeça enquanto tentava não encarar demais o rosto do outro que parecia bastante concentrado pra não errar.

Terminando de arrumar o curativo no braço de Ainosuke, Tadashi tentava não dormir ali. Seus dias eram longos e cansativos, trabalhar em um hospital não é fácil, reabilitando atletas é ainda mais difícil, por isso estava tão cansado.

– É isso. Curativo terminado. — Tadashi disse sorrindo calmamente enquanto fechava a caixinha.

– Ah! É, obrigado. Hum.... Tadashi? Ou Kikuchi?

– Tadashi. Pode me chamar de Tadashi.

– Obrigado Tadashi. Sinto muito por incomodar. — Ainosuke falou calmamente ainda tentando entender o que estava acontecendo ali. – Tenha uma boa noite.

– Não é problema. Levo você até a porta.

– Muito obrigado e me desculpe pelo incômodo novamente.

– Esqueça isso, não foi incômodo algum, somos vizinhos agora não somos? Vizinhos se ajudam é normal.

– Tem razão. Obrigada mais uma vez e tenha uma boa noite. Tadashi.

– Agradeço, boa noite. Ainosuke.

Tadashi não entendia muito bem mais aquele nome lhe era familiar e tinha um som bonito ao ser pronunciado, apesar de não entender ele não pensaria naquilo no momento, pela primeira vez em alguns meses ele teria alguns dias de folga decentes e tudo que queria fazer era dormir o máximo possível.

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Eu vou reduzir o tamanho dos capítulos por agora, fazer mais de 1000 palavras tava complicado e eu não tava conseguindo levar adiante, então os primeiros capítulos vão ter + de 1000 palavras e os outros seguintes 700 no máximo, assim vai ser mais fácil trazer uma continuação mais rápida sem muito tempo entre um capítulo e outro.

Reencarnando um amorOnde histórias criam vida. Descubra agora