CAP IV - Sumo de Uva

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Após terminar a primeira refeição do dia, Ethan saiu para o jardim nas traseiras da academia para sentir o fresco ar da manhã. O céu estava limpo e bem azulado. O sol brilhava forte e a brisa era fresca. Estava um dia incrível. Um dia incrivel para dar um passeio. Sunoo já lhe havia dito que aos fins de semana os alunos podiam sair da academia desde que voltassem às seis em ponto. Então Ethan pensou que seria uma ótima ideia dar uma pequna caminha naquela manhã.

Saiu então pelo grande portão e caminhou até à entrada de uma floresta que rodeava a academia.

Ethan só ouvia o som da natureza. As aves a cantar escondidas nas árvores, o som de folhas secas a quebrar a cada passo que ele dava e o mais relaxante de todos, água corrente. Havia um rio ali perto de certeza e Ethan seguia o som a fim de o encontrar, fosse este grande ou pequeno ele queria ver como era.

Acabou por chegar no que procurava, um pequeno riacho que atravessava a floresta com águas rápidas e cristalinas na qual ele não evitou em colocar a mão. Estava gélida. Mas mesmo assim ele fez concha com as mãos, pegou um pouco de água e jogou sobre seus cabelos, se arrepiando todo e se xingando. Estava mesmo fria.
Ele começou a rir sozinho. Fazia tempo que não se aventurava sozinho ou se divertia como uma criança sem noção.

Levantou-se então e decidiu ir andando seguindo o riacho que entrava mais para dentro daquela floresta que por fora parecia menos densa.

Ethan ia tropeçando aqui e ali, mas nada o empedia de continuar. Nada, até avistar uma barraca de madeira no meio das árvores.

Ficou ali, parado, encarando a pequena casinha construida manualmente por alguém muito ablidoso. Não era de veras muito grande, ou sufesticada, mas estava em pé e parecia robusta. Ethan estava curioso. Não parecia que alguém pudesse viver ali e a portinha da barraca estava aberta a balançar com o vento. Ethan aproximou-se aos poucos da pequena casa, para realmente ter a certeza que ninguém estava ali.

Ao chegar perto, Ethan espreitou pela janelinha e pode ver o seu interior. Havia uma mesinha igualmente de madeira com uma cadira e um colchão encardido no chão com algumas mantas por cima. Sem sinal de vida, Ethan acabou por entrar na barraquinha.

A sua cabeça quase que tocava no teto, de tão apertado que era o local e realmente sem ser a mesa, a cadeira e o sujo colchão não havia nada ali. Mas era um local curioso, não podia negar. Aliás, tão curioso que lá voltou no dia seguinte. Não tivera notícias de Sunoo durante o fim de semana inteiro, então no Domingo voltou à casinha, porém desta vez, monido com seu livro que esperava ler lá dentro.

O som dos pássaros combinava lindamente com a leitura pacífica do livro que tinha em mãos. Um romance. Ele gostava de romances, embora não fosse muito de o admitir. Geralmente contava para as pessoas que lia fortes epopeias e pesados terrores. Mas na verdade amava uma encantadora cena do bejo.

Estava na parte em que o princepe e sua amada fugiam do palácio para ir dar uma volta à aldeia quando seus olhos começaram a trocar as letras e aos poucos a história era alterada por sua imaginação enquanto começava a sonhar, caindo num sono leve, o suficiente para o fazer perder a força nos braços e deixar o livro cair sem se aperceber.

Ethan abriu os olhos lentamente sentindo a cabeça latejar um pouco. Sentia seu estômago doer de leve e quando se apercebeu de que acordava de um pequeno cochilo na cabana, assustou-se ao ver a figura de um humano sentado sob o velho colchão.

- Jay? - interrogou com a voz fraca, ainda não acreditando bem como era possivel o rapaz estar ali.

- Acordaste. - disse ele de um jeito simples sem largar a atenção do misto que comia.

- O-oque fazes aqui? - perguntou enquanto se ajeitava na velha cadeira do local e reparava do seu livro caido. Estendeu o braço para o apanhar mas Jay foi mais rapido

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⏰ Última atualização: Jun 05, 2022 ⏰

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