Cuide De Mim! [Draken x Male!reader]

Capítulo 41

O maior caminha ao meu lado em silêncio em direção a sua moto que está estacionada à alguns metros de distância.

- Está tão diferente de quando nos conhecemos.

- Como assim..?

-Você costumava se afastar de mim a todo custo, vivia com medo, era muito magro e além disso, todo machucado.

Paro e quando o mesmo percebe que eu não me movo, para também, a espera de uma explicação ou resposta.

-Você acha...que eu mudei pra pior?

Pergunto com incerteza na voz, o loiro sem dizer nada se aproxima mais de mim e coloca uma de suas mãos sobre minha bochecha.

-Claro que não, você apenas melhorou, e essas marcas no seu corpo, são o que completa você.

Surpreso eu apenas fico quieto enquanto ken levanta meus braços e beija minhas cicatrizes por cima do tule.

-Você é lindo, e hoje em especial...está mais lindo ainda.

Meu coração bate desenfreado com a aproximação do maior que abraça minha cintura, mesmo tendo um ou dois centímetros à mais eu fico na ponta dos pés e passo meus braços por cima de seus ombros.

Frente a frente com o tatuado eu tento controlar ao máximo o tom avermelhado de minhas bochechas. Ken acaricia meu rosto e bem próximo a mim ele beija meus lábios, de forma sutil sem malícia alguma.

Seu aperto em minha cintura é delicado, como se ele tivesse medo de me despedaçar com apenas um aperto. Sorri minimamente contra seus lábios e o mesmo desliza seus beijos até meu pescoço onde deixou uma marca que provavelmente irá ficar roxa em algumas horas.

-Hm o que tem nos seus lábios? Tem gosto de laranja.

-É um gloss...eu acho.

-Não faço ideia do que seja isso, mas gostei.

Ele deposita mais um beijo sobre meus lábios e coloca um de seus braços sobre meus ombros.

- Até parece que iremos em um restaurante chique ou algo assim.

-É verdade.

-Mas me diga, onde quer ir?

-...Hmm, podemos ir naquele campo de dentes de Leão fora da cidade?

-Claro, tudo o que você quiser.

Coro com a declaração de draken, o mesmo não sabe medir suas palavras o que me envergonha na maioria das vezes.

Ao chegar em sua moto espero o tatuado subir e com sua ajuda eu consigo subir e me sentar no banco.

-Se segure firme.

Me aproximo de draken e passo meus braços ao redor de sua cintura com firmeza, ouço o som do motor acelerando e em segundos ele está dirigindo pelas ruas brilhantes de shibuya.

[...]

Um longo tempo de passou até finalmente chegar à uma estrada de terra, há muitas árvores e principalmente campos.

-Chegamos.

A única coisa que ilumina o local é as luzes da moto de ken e a lua que brilha intensamente. A nossa frente uma pequena colina coberta por dentes-De-Leão, e bem no topo há uma árvore torta bem peculiar, como este lugar mudou.

-Gosta daqui?

O tatuado pergunta ao me ajudar a descer de sua moto e eu nego com a cabeça.

-Mas...você me pediu para te trazer pra cá.

-Eu não gosto das lembranças que esse lugar me trás, mas gosto de vir pra cá, é como se eu não estivesse sozinho.

-Eu não entendo... o que aconteceu aqui?

-Foi aqui onde enterrei minha mãe.

Caminho lentamente entre as diversas flores, mas o que mais chama atenção são os dentes de Leão.

-Ken..você sabia que o significado dos dentes de Leão é a infância e a inocência?

Sorri fraco me aproximando de um ponto específico, um ponto um pouco mais alto que o resto do local, e se olhar durante o dia, se percebe que há pedras adornando esse ponto.

- Eu nunca perguntei como sua mãe morreu...

-Ela morreu esfaqueada, bem próxima à aquele banheiro naquela casa onde eu morava.

Me sento no chão e puxo minhas pernas contra meu peito, ainda com o olhar fixo no "túmulo" de minha mãe.

-S/n....

O tatuado aos poucos se aproxima de mim e se senta atrás de mim, puxa meu corpo para perto de si e apoia o rosto em meu ombro.

-Por que quis vir pra cá te se dói tanto?

-Queria que...minha mãe te conhecesse.

Passo minhas mãos sobre os olhos que estão cheios d'água, apesar de doer, eu preciso superar, pelo menos um pouco, o que aconteceu aqui anos atrás.

-Entendo... olá senhora takeda.

Ken pega um dente de Leão levemente amassado e sopra seus dentes que voam sobre o túmulo de minha mãe.

-Será que eu posso namorar com seu filho? Ele é muito importante para mim.

Uma brisa gelada passa por nós dois e o loiro me aperta contra si, não com frio, mas como se tivesse entendido alguma coisa.

- Acho que isso foi um sim, s/n, quer namorar comigo?

Toda a minha pele fica gélida enquanto meu cérebro tenta trabalhar em uma resposta pra ele, eu quero muito responder com um sim, mas a palavra fica enraizada apenas em meus pensamentos.

Sem conseguir lhe dar uma resposta usando minha voz, eu fico de frente para ken e o abraço, espero que ele entenda minha mensagem.

- Acho que isso foi um sim...como eu queria poder demonstrar minha felicidade, mas este momento está perfeito demais para eu gritar pro nada que agora  você é >>meu<< namorado.

Sorri bobo com o que o tatuado diz e o abraço mais apertado. Ken passa as mãos por meu quadril e começa um beijo calmo e suave sobre meus lábios.

-Desculpe demorar tanto para retribuir.

-Está tudo bem, o importante é que no fim, você me ama.

Ele murmura próximo ao meu ouvido e se deita junto comigo na grama fria por causa do sereno da noite.

/Eu poderia terminar o livro aqui...mas falta dois capítulos apenas.