Capítulo 6: Indiscrições

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Só pode estar brincando! —vociferei depois que Eilish me jogou na entrada de uma gruta que havia na cachoeira— que lugar é esse?

Não é horas para perguntas—desconversou— o importante não é esse lugar, mas sim o que faremos nele

Você é tão sacana... —resmunguei

Eu adoro ser sacana—retrucou-me montando sobre mim. — Acho que está acanhada hoje. Se preferir, eu começo.

Os afagos de Eilish eram tão desajeitados quanto de qualquer pessoa. Provavelmente nunca foi de demonstrar carinho, mas por mim ela tentava. Ela não era alguém obsessiva, porém agia com tantos excessos de brutalidade que me fazia duvidar.

Ela estava molhada e febril. Isso era um fato irrefutável. Não sabia ao certo como poderíamos fazer isso num lugar onde a porta era somente a descida de uma cachoeira, pois se ela sabia da existência desse lugar, alguém mais saberia.

Acalme-se um pouco— pedi enquanto escorava-nos em uma pedra do lugar. —Irei fazer o que deseja, mas mantenha a paciência.

Então as minhas mãos percorreram pelo seu corpo, a pele quente de tesão, as carícias da sua boca na minha...e o vento da água fria batiam em nossos rostos.

Sua pele estava com um cheiro doce, na verdade, doce demais. Era como se ela fosse um pedaço de bolo de morango: doce, saboroso e grudento. Ela parecia bem na beira de perder sua total sanidade naquele momento e tremi só de pensar na hipótese de vê-la literalmente transformando-se em uma loba feroz após pequena demora em obedecer a seus caprichos.

Você é uma Lupus inquieta... —murmurei rindo— e eu uma Lepus calma. Dois clãs diferentes que tem duas integrantes que não ligam para esses opostos. Diria que seria mentira se me contassem, mas sei que não é.

Coloquei minhas mãos em cada lado do seu febril rosto antes de deslizá-las até seu queixo. Estava tentando ser cálida, mas sei que no fundo ela queria que eu fosse como uma alfa deveria ser. Um sorriso gentil ameaçou aparecer no seu rosto, mas dissipou-se no susto de sentir a tapa que lhe dei em sua coxa.

Sua...! —Billie ameaçou me xingar, mas se conteve.

Essas suas roupas folgadas não servem de nada depois que se conhece o corpo que há dentro delas— avisei— Inclusive, um corpo muito mulheril

Minhas mãos não me esperavam terminar de falar. Encontravam-se dentro de suas roupas arrancando-as de seu corpo.

Nua... Eilish estava totalmente nua agora. Branca como as nuvens, suas cicatrizes me lembravam raios claros serpenteando retamente em algumas áreas de seu corpo, porém completamente hipnotizantes.

Tire ao menos seu casaco—exigiu puxando-o para baixo de meus ombros

Ainda havia certa insegurança em mim e sobre meu corpo, porém não via problemas em tirar meu casaco se pudesse permanecer de camiseta. Alguma hora talvez pudesse tirá-la para ela, mas por enquanto não.

   Fechando meus olhos lentamente, inclinei meu rosto contra seu pescoço, meu nariz levemente contra sua pele doce. Naquele momento, senti sua respiração ficar presa na garganta. Ela estendeu a mão em resposta às minhas ações, passando os dedos pelo meu cabelo e puxando minha cabeça até estar entre suas pernas. Por segundos não entendi o que ela silenciosamente estava fazendo. Céus... ela fica tão molhada quando me pega observando sua intimidade. Reluzente, cristalino, doce, porém viscoso. Era um bom sabor de se sentir enquanto passava a língua com um movimento longo e delicioso. Engoli instintivamente. Eu não a deixaria atingir seu ápice, não ainda.

My Beast - (You/Billie) A.B.OOnde histórias criam vida. Descubra agora