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FAZIA MUITO TEMPO desde a última vez que cinco havia visto a luz do sol, e tudo que ela mais queria no momento era isso.
A garotinha de 7 anos ainda tinha vagas memórias sobre sua vida no passado. Ela se lembrava de como amava o gosto que tinha a torta de limão de sua mãe e de como adorava jogar baseball com seu pai.
Essas eram as únicas lembranças reais que cinco tinha de seus pais, além do fatídico dia do assassinato deles deles, algo que ela sabia bem que era sua culpa.
Um som estridente da porta de metal abrindo foi ouvido pela garota. O medo logo toma conta de todo seu corpo ao se lembrar que hoje era quarta feira. Ela odiava quartas feiras.
O homem de terno entra pela grande porta e se senta em frente a ela — Olá Cinco — Dr. Brenner fala — Está pronta? Vamos fazer a mesma coisa de sempre — A garota apenas encara enquanto Brenner se acomoda no lugar — Amasse, mas dessa vez amasse mentalmente, não quero ver a sombra.
Ele indica, colocando uma lata de coca cola em cima da mesa — Eu não consigo — Cinco choraminga, mas ele apenas continua repetindo para ela amassar — Eu não consigo.
Se irritando com a insistência do homem, Cinco faz a sombra roxa sair de sua mão com um aceno, jogando a latinha para longe.
Dr Brenner apenas a encara por um momento, antes de se levantar e colocar o objeto de ferro no pescoço de Cinco, que a impedia de usar seus poderes — O que eu disse sobre desobedecer número Cinco? — Ele caminha até a porta e para em frente aos enfermeiros — Prendam a na sala.
Os dois homens entram no quarto e caminham até ela, cada um pegando em um de seus braços. Cinco começa a gritar enquanto era carregada pelos corredores, como se com suas súplicas eles fossem parar, mas era em vão.
Depois de segundos que pareciam horas sendo carregada pelos corredores vazios, os enfermeiros a jogam em uma sala fria e silenciosa, que não tinha nem uma fresta de luz.
Cinco senta no canto da sala, enquanto abraçava sua pernas e deixava as lágrimas cair. Ela odiava o escuro tanto quanto odiava o frio.
