Capítulo 3

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   Amber

Sempre que saio com algum cara evito dizer o meu nome, e não iria ser diferente com aquele par de olhos azuis cristalinos, tenho que admitir que ele era um Deus grego e que assim que senti aqueles olhos me olhando, eu o desejei. Ele é dono de um corpo forte, sua barba estava feita e ele tinha covinhas que por sinal é um dos meus pontos francos, o olhar que ele me deu é tão intenso que cheguei a me arrepiar. Apesar de não dar o meu nome verdadeiro a ele, algo me dizia que iríamos nos ver novamente.

Não sei, talvez pudesse ser só algo da minha cabeça.

Eu e Lauren já estávamos em casa, e ela me falou que houve uma briga na balada, onde um cara muito bonito, palavras da Lauren, brigou com o outro que estava assediando uma mulher. Infelizmente esse tipo de atitude em uma balada, vindo da parte masculina, infelizmente era algo comum. Agora eu estava deitada pensando no cara de hoje à noite, ele me deu o melhor orgasmo que eu já tive até agora, afinal nem mesmo o idiota do meu ex conseguiu me dar um orgasmo tão forte, quanto o que tive hoje.

Qual será que era o nome dele? E por que eu sentia que ia ver ele de novo?

Depois de um tempo lutando contra o sono, finalmente me entreguei.

Acordei com a Lauren me chamado.

Abri apenas um olho e a olhei de relance, ela está deitada do meu lado e ainda está de pijama.

— Vamos Amber, já está na hora de acordar... Daqui a pouco você irá se encontrar com o seu pai -Falou.

— Me dar só mais alguns minutinhos -Disse já fechando o olho aberto—Não, você não tem tempo, precisa ir se arrumar.

— Só mais uns minutinhos- Falei e virei o rosto para outro lado.

Na triste tentativa de que ela me deixasse em paz. Eu estava em um sono tão bom.

Sonhei com o cara da noite passada e tive um puta sonho erótico com ele. Merda, eu nunca tinha tido um, e foi... foi bom. Até a Lauren me acordar na parte principal, o cara estava me encostando em uma parede de concreto e por estar com o meu corpo quente do primeiro orgasmo que ele havia me dado quando eu ainda estava em pé, o contato do meu corpo quente com a parede fria, me arrepiou.

— Você quem sabe - Dizendo isso, eu só consegui sentir duas mãos me empurrando e depois o impacto do meu corpo no chão.

— LAURENNNNN - Gritei me sentando no tapete - A sua sorte é que caí no tapete, porque senão eu iria te matar.

— Você pediu isso e outra você me ama, então jamais me mataria, agora vai se arrumar antes que você se atrase- Ela me olhou melhor -Porque você está suada em um quarto com o ar-condicionado ligado?

— Eu ando com muito calor esse dias -Era uma desculpa boa, o problema era a Lauren acreditar.

Hum, sei... Agora cuide! — Falando isso, ela saiu do quarto, me deixando só.

— Aí- Falei me levantando, essa vaca me deixou um pouco dolorida por causa da queda, ainda bem que o tapete aliviou mais. Peguei meu celular na cabeceira e vi que já era onze horas, ou seja, eu tinha uma hora para me arrumar e ir até o meu, então eu fui tomar o meu banho.

Hoje como era sábado eu não trabalho, meus sábados e no domingos eram reservados para mim e só ia quando tinha algum caso de emergência e o médico responsável faltava por algum motivo. Depois de tomar o meu banho fui escolher minha roupa e optei por uma calça branca, um body de renda preto e um blazer também preto, para os pés escolhi um salto alto preto e fiz uma maquiagem básica.

Sai de casa no meu carro, uma Range Rover branca e fui direto para o endereço do restaurante que meu pai tinha mandado.

Após estacionar o meu carro, estou atrás do meu pai no restaurante, que por sinal está lotado. Mandei uma mensagem para o meu pai perguntando onde ele estava sentado.

"Estou em uma mesa perto da porta do jardim"

Olhei ao redor e encontrei o meu pai sentado numa mesa junto com o meu irmão e minha mãe, então caminhei até eles.

— Oi família - Falei sentando ao lado do meu irmão e lhe dando um abraço.

— Oi meu amor- falou minha mãe.

— Filha você demorou! - Falou meu pai

— Eu sei, pai, tive um pequeno atraso.

— Estávamos esperando você chegar para pedir a comida- Disse minha mãe

Escolhemos nossos prantos e esperamos ele chegar, ficamos conversando e depois de alguns minutos nossos pratos chegaram e a comida está esplêndida, o chefe desse restaurante me proporcionou provar o melhor ravióli da terra.

— Então filha, lhe chamei aqui para tratarmos de algo muito importante. - Falou meu pai.

— Que seria? - Perguntei.

— Estava conversando com o advogado da família e descobri que tinha uma cláusula no testamento do seu avô que eu não tinha conhecimento, você sabe que eu e ele nunca nos dermos muito bem, né? — Perguntou e eu confirmei- Então ele decidiu que ia deixar 60% dos seus bens para os netos, onde você ficaria com 30% e o seu irmão com os outros 30%, e no atestado tinha uma regra para vocês receberem a herança.

— Qual pai? - Perguntei.

— Vocês precisam se casar para receber a parte de vocês -Pude perceber que aquilo não gradava o meu pai, devido ao tom da sua voz.

— Como assim? - Eu não estava acreditando nisso.

— Seu irmão já está noivo Amber, daqui a três meses ele se casa com a Anne, mas agora você não tem nenhum pretendente e ele deu um prazo que se encerra daqui a 7 meses.

— Isso é loucura, não tem sentido nenhum, como irei me casar se nem pretendente eu tenho pai?

— Falei com um conhecido que está querendo colocar o filho dele na rédea, já que ele está no papel de CEO. Então nós dois tivermos a ideia de um contrato de casamento, será por apenas um ano. - Eu não estou acreditando que isso estar acontecendo -Então não será algo tão demorado.

— Claro que não, só apenas um ano da minha vida -Falei sarcasticamente.

— Meu amor, eu sei que você gostaria de casar apenas quando encontrar o seu amor verdadeiro, mas vai ser apenas um ano.

— Casar? Eu vou ter que casar? — Perguntei quando a ficha começou a cair -Pai, isso é loucura, o senhor não pode fazer isso comigo -Falei incrédula.

Que merda meu pai estava me metendo?

— Vai dar tudo certo, eu lhe prometo -Levei as minhas mãos até o rosto -Não posso deixar você perder algo que é seu por direito -Falou firme.

Meu Acaso Perfeito -Livro 1 da série Irmãos Benacci Onde histórias criam vida. Descubra agora