Chapter 5 ❇ Worst christmas of all

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P.O.V Castiel

Vespera do Natal

Estava tudo pronto, mamãe havia chamado nossos parentes mais próximos e alguns vizinhos com que tínhamos mais contatos.
Todos estavam começando a chegar, eu estava bem ansioso por que os últimos natais com a família não parecia estar tão animado como esse, eu tinha a impressão de que algo estava diferente, talvez eu goste dessa sensação.

A casa já estava cheia, mamãe me falou que uns vizinhos que se mudaram a pouco tempo pro nosso bairro viriam, ela me disse que eles tinham um filho da minha idade e que nós poderíamos ser amigos. Gostei da ideia.
Mamãe e eu tentávamos fazer com que todos ficassem confortáveis na nossa casa.
Falei com ela que iria ligar pra Troy, ela assentiu e eu sai. Fui pro meu quarto.

Peguei meu celular e selecionei o número de Troy, que estava salvo nos favoritos.
Espero....

- Cass? Ah, Cass! Só pode ser você porque seu nome está aparecendo aqui no identificador, deixa eu ver. Cass! É você mesmo, eai parceiro?
Sua voz estava alterada.
Troy está bêbado.
- Troy? Você está bebendo?
- Quem? Eu? Não! Eu só bebi um pouquinho.
- Sua família é da igreja, como deixaram você beber?
- Eu não to com a minha familia, estou com uns amigos aqui.
- Troy, vá pra casa, aonde você está?
- Hey, eu to bem, certo?
Troy começa a rir sem motivos.
- Troy? Você está me ouvindo? - Ele continua a rir. - Troy?!
- Cass, você é tão engraçado. Muito engraçado, você pode contar o que me disse pros meus amigos? - Ele passa o celular pra um de seus amigos. - Alô, quem fala é o Brendan, Você é o Cass? Muito bem Cass, o Troy te ama! É cara, ele quer foder com você.

Estão todos bêbados.

- Me da esse telefone aqui. - Troy diz. - Cass, é mentira.
Ele começa a rir.
- Espera, não é não... Eu não sei.
Ele começa a rir de novo.
Filho da mãe!
- Troy! Me ouça, aonde você está? Eu vou te buscar.
- Eu to no céu, é um céu. Falta você Cass.
Droga, droga!
- Troy! Preste atenção, eu vou te buscar. Me diga aonde você está.
- Eu estava indo pra sua cidade, espera. Eu cheguei aqui e lembrei que tenho uns amigos legais.
- Por que não me avisou que estava vindo?!
- Eu queria fazer uma surpresa, você parece bravo, Cass, você parece muito macho quando está bravo mas todo mundo sabe que você é uma bichinha.
Ele começa a rir de novo.
- Troy, eu vou te buscar, fique aonde está, OK?
- Tudo bem, venha me buscar, vamos dormir juntinhos. - Ele ainda está rindo - Isso seria legal.
- Estou indo ai ok? Não sai daí.
- Tudo bem. Tchau.
Ele desliga antes que eu possa dizer algo.
Rastreio a ligação e vejo aonde ele está, um pub perto daqui. Vai ser fácil o encontrar.

Falo com uns de meus tios se poderiam me levar ao pub que Troy está, seria mais fácil se eu tivesse um carro, ele aceita me levar lá.
Mostro pra ele o endereço, demoramos uns 30 minutos, mais ou menos, pra chegar lá.

Ao chegar em frente ao pub, eu saio do carro e procuro por Troy.
Ele está em uma das mesas sozinho, arrumando briga com um garçom.
- Troy!
- Cass, você chegou. Veio pra me salvar.
Ele estava fedendo a álcool, totalmente fora de si.
- Ei senhor, não pode sair sem pagar.
Diz o garçom.
- Cadê seus amigos?
Eu pergunto a ele.
- Foram embora quando a conta chegou, disseram que iriam pagar.
- Eles passaram a perna em você meu amigo.
- Eai? Quem vai pagar?
Pergunta o garçom.
- Eu pago.
Digo ao garçom.
- No total, deu 77,90.
- 77,90? Troy! Você bebeu tudo isso? Está maluco?
- Blá, blá, blá, você parece um velhinho gaga, Cass.

Pago o garçom, e saio do pub carregando Troy.
Meu tio me ajuda a por ele no carro, e fomos embora do pub.
Troy passou a viagem inteira falando que queria conhecer minha família, e que pediria a minha mão em casamento na frente de meus pais.
Eu tentava convencer meu tio de que ele dizia aquilo tudo brincando.

Ao chegar em casa, entro com Troy pela porta dos fundos, não queria que alguém o visse assim.
Papai percebe que eu cheguei, e me ajuda com Troy. Ele reclama várias vezes que ele está fedendo a bebidas.
- Senhor Novak? - Troy começa dizendo pro meu pai. - Eu amo seu filho, ele está sempre cuidando de mim. O senhor deixa eu me casar com ele?
Papai me olha com uma expressão confusa e impaciente.
Oh não.
Levamos ele pro banheiro do meu quarto,
e eu tiro as roupas dele deixando-o apenas de cueca.
- Cass, seu safado! Você devia me chamar pra jantar primeiro.
- Cala boca Troy, entra ai.
Empurro ele pro box do banheiro e ligo o chuveiro.
- Um banho gelado vai ajudar.
- Cass? Você acha meu pênis grandão? Eu gosto do seu pênis, ele é grande demais.
Eu estava muito envergonhado. Meu pai estava nos olhando com uma expressão séria demais, eu tento sorrir pra amenizar a clima mas ele não cede.
Um sensação de medo começa a tomar conta de mim, eu conheço muito bem aquele olhar.

Ele se retira do banheiro, deixando Troy e eu sozinhos.

Retiro a cueca de Troy e peço que ele se lave.
Viro de costas, é um momento íntimo. Eu também não gostaria que alguém me olhasse enquanto eu me lavo.
- Cass, não precisa se virar, eu sei que você quer olhar. Eu sei.

Após terminar o banho, e ele já está mais consciente. Eu levo Troy pro meu quarto e deito ele na minha cama.
- Descanse agora, amanhã conversamos.
- Obrigada Cass, muito obrigada.
Ele se aproxima de mim, e junta nossos lábios.
- Troy, aqui não por favor. - Ele bufa, e deita. - Boa noite.
Eu apago a luz e saio do quarto.

Quando fecho a porta do meu quarto dou de cara com o meu pai, totalmente furioso.

Eu o encaro. E sem amenos esperar eu dizer algo, ele me surpreende com um soco no rosto.
Eu olho pra ele horrorizado.
- O que foi aquilo lá dentro?!
Ele diz furioso.
- Não sei do que está falando.
Ele puxa meu braço com força e me arrasta para a cozinha, sem que ninguém perceba.
- Agora você vai aprender que filho meu não nasce pra ser uma bicha.
Ele praticamente me joga pelas escadas do porão, e fecha a porta.
Estou relembrando essa cena.
- Pensa que eu não vi? Você se comportando como uma aberração? Pensa que eu não vi? Você beijando aquele bastardo como se fosse algo natural? Eu tenho vergonha de você!
- Pai, não é nada disso!
Ele me dá outro soco.
- Cala essa sua boca imunda, fique quieto quando eu estou falando. Filho meu não nasce assim! É culpa da sua mãe, nem fazer um filho aquela imprestável sabe. Eu achei que você estaria salvo de toda essa nojeira, mas você não é diferente! É um porco, na minha casa você não pisa mais.

Ele fica calado por um tempo, acho que está pensando em como me castigar.

Ele pega algumas cordas que estavam jogadas pela bagunça do porão, e me amarra em uma cadeira velha.
- Já sabe que se gritar vai ser pior.

Ele liga a antiga churrasqueira que estava lá a muito tempo, e pega uma ferramenta.
Ele esquenta o metal, até ficar vermelho e o tira.

Aquela homem não é meu pai, ele é um monstro.
Vou me preparando pro pior.

Minha camisa é rasgada e a ferramenta quente é encostada em meu peito.
Eu grito.
A dor é insuportável.
- Cale a boca! Eu ainda nem comecei.
Ele reencosta a ferramenta em meu peito, e dessa vez eu estou chorando.
Ele da um soco no meu rosto.
- Vai chorar? Eu já esperava, de um bicha como você!
A ferramenta já está sendo esquentada novamente.
- Você não é humano, é um monstro! Você vai pro inferno!
Eu sabia que ele não tinha mudado, estava tudo ótimo demais pra ser verdade. É claro.
- Irei pro inferno por te castigar? Está errado.
- Só Deus tem o poder de fazer isso!
- Será bem pior se for por ele.
Mais uma vez ele encosta a ferramenta no meu peito.
Em seguida ele soca meu rosto novamente.
- Tenha uma boa noite.
Ele da uma pancada na minha cabeça com a ferramenta pesada, e eu apago.

Sin » destielOnde histórias criam vida. Descubra agora