PRÓLOGO

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No auge do meu sono, no melhor momento, - sabe aquele momento bom do sono? Então, esse mesmo - uma luz invade minhas vistas. Mas que droga é essa? Será que morri? Mas que maldita luz é essa? Não, eu não morri. Era apenas a loira gostosona que conheci na festa de ontem, trouxe para casa e não despachei depois de conseguir o que queria, porque peguei no sono. Droga, vai ser difícil me livrar dessa!

- Bom dia, Dani! - Dani? Essa mulherada, vou te contar, só porque passou a noite em minha cama, acha que pode ter essa intimidade toda. Só quem me chama assim são meus amigos. E o pior, a desgraçada está abrindo a cortina. Foi essa infeliz que me acordou.

- Só se for pra você. - Resmunguei baixinho, mais pra mim do que pra ela. E ela pareceu não ouvir. Coloquei um sorriso falso no rosto. - Bom dia pra você também. - Falei colocando minhas roupas que ficaram jogadas pelo chão. Sabe que nem me lembro o nome da infeliz? Meu Deus, onde eu estava com a cabeça? Ah, eu sei!

- Vamos tomar café da manhã? - Hã? Como? Surtou! Ela ainda deu sorte por eu não ter chutado ela daqui ontem.

- Sabe o que é... - Arrume uma desculpa boa, seu imbecil! - Eu tenho que trabalhar.

- Mas tão cedo? - A loira gostosona parecia surpresa. - E hoje é domingo. - Merda!

- Estou com um projeto em construção e tenho que estar totalmente concentrado nele. - Eu já disse encaminhando a criatura até a porta. - E restaurantes funcionam aos domingos. - Falei só para lembra-la.

- Mas nem um cafezinho, Dani? - Ela falou fazendo beicinho. Que ridícula!

- Sinto muito meu bem, mas não vai dar. - Eu já estava abrindo a porta.

- Então me liga, quando você quiser me ver novamente. - Coitada, ela não sabe que não repito mulheres? - Deixei meu número na sua cabeceira.

- Ah sim, pode deixar que ligo sim. - NUNCA! Consegui fechar a porta e botar a mulher para fora da minha casa. Que saco, essa mulherada desesperada!

Fui para o banheiro e tomei uma chuveirada. O dia já estava quente. Coloquei uma roupa confortável, meus tênis e parti para o parque, para dar minha corrida matinal.

A cada passada que eu dava, ficava analisando minha vida. Essa história de sair com uma e com outra, já estava me cansando. Essa vida vazia, onde não podia cuidar de ninguém e nem ser cuidado por alguém. Eu só me lembrava da minha melhor amiga me dizendo: Dani, você precisa arrumar alguém. Vai viver sozinho até quando? Eu já estava me cansando dessa vida mesmo. Essa vida de ter várias mulheres e no fim não ter nenhuma. Mas eu ainda não tinha encontrado ela, a mulher que iria me fazer feliz, se é que ela existe. E enquanto isso, eu ia aproveitando o que a vida tinha de melhor.


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E então gente?! O que acharam??

Beijos!

O Homem que me Ensinou a Amar - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora