Cap onze

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Escuto algum resmungo e me ajeito na cama, estou naquele estado em que não estou dormindo nem acordada

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Escuto algum resmungo e me ajeito na cama, estou naquele estado em que não estou dormindo nem acordada. Alguns barulhos dispertam minha curiosidade, pequenos latidos e rosnados, acompanhados de barulho de patinhas batendo contra o chão, mas o quentinho está tão gostoso que não quero me levantar. Me viro na cama e sinto pés entrelaçados aos meus, levanto minha cabeça olhando pra baixo, porém por conta da coberta não consigo, tento apoiar um braço no colchão, mas a minha parte do coxão acabou então caio puxando quem quer que esteja comigo.

Solto um grito agudo sentindo meu corpo cair encima do meu braço e o peso da pessoa cair encima de mim, de compensação a perna dele acerta meu rosto bem encima do piercing da sobrancelha e eu tento não gritar de dor, mas é impossível.

- caralho - ele resmunga se levantando rápido, invejo sua maestria em desenrolar minhas pernas das suas e a coberta de seu corpo tão rápido. Enquanto eu, fico deitada no chão agarrada ao meu rosto que latejava como o inferno - bom dia - resmunga se sentando na cama e coçando os olhos - tá bem?

- eu pareço bem caralho? - me levanto tirando a mão do rosto ainda com dor

Agora vai saber se o buraco infeccionou ou algo parecido, não dá pra tirar o piercing enquanto não parar de doer, vou ter que esconder ele do meu pai, que ódio.

- você sempre parece escrota pra mim, parece que é só dormir que sua escrotidão voltar com força total - não me olha enquanto fala, mas se abaixa pra pegar um dos cachorros que mordia seu pé - merda, eles cagara meu quarto todinho

- dormir? Ah não, que horas são? - me levanto em um pulo procurando meu celular, mas esqueci no meu quarto 

- você dormiu primeiro - ele resmunga pegando o próprio aparelho encima da escrivaninha - seis e meia...merda tô atrasado - se levanta deixando o cachorro encima da cama e foi correndo pro guarda roupa

- você não me acordou? Vai se fuder! - xingo abrindo a cortina na hora que alguém bate forte na porta do meu quarto

- vamos Neil - a voz do meu pai me faz gelar

- fudeu, fudeu, fudeu - começo a entrar em desespero, procuro a escada e estava encostada do outro lado do quarto, a pego colocando nas janelas. Minhas mãos soam e minha respiração acelera, só com o pensamento do olhar de decepção do meu pai, mas me mantenho firme

- ei para, isso é perigoso - Itadori me segura pelos ombros e eu o olho com todo o meu ódio das profundezas do meu coração

- eu tô atrasada, princesa, eu não sei como funciona na creche, mas na faculdade, sabe aquelas escolas de adulto? Então, elas não gostam muito de atrasos em dia de prova - trinco meu maxilar com força tentando controlar a minha voz o máximo possível, me solto do garoto e subo novamente na cama e vou pra escada passando por ela o mais rápido possível

- Neil - meu pai esbraveja do outro lado da porta, pulo pra dentro do quarto e me levanto fechando as cortinas no momento em que ele abre a porta - tava fazendo o que?

Stuck With You - Yuji Itadori - HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora