A noite estava a ir bem, até que a meio da noita comecei a ouvir passos. Levantei-me para tentar ver o que a Lily estava a fazer a meio da noite. Depois dos meus olhos se adaptarem à escuridão, vejo que ela está a andar de um lado para o outro, parecendo nervosa.
- O que se passa? - pergunto.
- Desculpa, - ela diz parecendo nervosa. - eu não consegui adormecer então ia ler, mas não encontro lanternas
- Não tem mal. Eu não trouxe lanternas, esqueci-me. Se quiseres posso ir comprar.
- Não é preciso, eu espero até que seja de manhã.
Eu levanto-me na mesma, sabendo que muitas vezes dizemos as coisas por educação e não porque queremos que assim seja. Verdade seja dita que também eu tenho fome, e já que estou acordado mais vale usar este tempo para algo útil.
- Onde vais? - ela parece admirada por me ver de pé para ir buscar o que ela pediu. Não sei porquê. Ela não é a filha do presidente?! Deve ter imensa gente a trabalhar para ela.
- Vou a alguma daquelas lojas que está aberta 24 horas. Já volto.
Pego nas chaves do carro, tiro o meu telemóvel da caixa e tranco a porta depois de sair.
Quando chego à loja, esta está praticamente vazia. Dentro dela encontram-se apenas uma senhora na caixa e um senhor das limpezas.
Entro, pego em duas lanternas e aproveito e levo alguma comida, um relógio de parede, os materiais necessários para o prender, um calendário, para sabermos os dias, alguns post-its para marcar os livros, canetas e sublinhadores e colchões, para ser mais confortável dormir naquele local.
Depois de pagar, entro no carro e volto para o armazém.
Quando chego, ela ainda está no mesmo sítio onde a deixei.
- Toma, trouxe-te comida, lanternas e outras coisas que vamos precisar.
- Obrigada. Desculpa incomodar-te a estas horas. Honestamente, não sei que horas são mas suponho que seja tarde.
- Eu trouxe um relógio para sabermos que as horas e um calendário para sabermos os dias.
- Boa. Agora, se me dás licença, eu vou ler o meu livro.
Dizendo isto, ela vira as costas e vai para um canto com a sua lanterna e o livro.
Enquanto isso, eu começo a tirar as coisas do saco.
- Lily? Trouxe-te também post-its para marcares os livros e canetas.
- Obrigada, vou precisar. - ela pega nas coisas que tenho na mão e volta a sentar-se. Continuo a esvaziar o saco. Enxo os colchões, dou-lhe um, pego na comida e coloco-a numa pequena arca que também comprei agora. Ainda bem que este sítio tem tomadas, assim podemos comer algumas coisas de jeito. Instalo o relógio e quando dou por mim já se vê o sol.
Dou-lhe um pão e ambos nos sentamos no chão a ler e a comer.
Derrepente a campainha toca. Mando-a entrar na casa de banho e vou atender, mas não está lá ninguém. Olho para baixo e vejo uma carta.
Estás a fazer um ótimo trabalho, mas lamentamos informar que esta tarefa pode demorar mais que o esperado.
Esse local já não é segura, terás de sair daí até ao final do dia e vai para a morada escrita atrás do envelope.
Reconheço a letra, é a mesma da primeira carta que recebi.
- Lily, vamos nos mudar, veste alguma daquelas roupas que comprei, as mais largas possíveis e ajuda a arrumar as coisas.
- Mas ainda agora colocaste o relógio.
- Eu sei, mas temos que ir, este local já não é seguro.
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Espionagem
Romansa❗❗❗Todos os direitos reservados ❗❗❗ ⚠ Não aceito cópias do livro ⚠ Nota: A história ainda não foi revista, por isso, alguns capítulos prévios podem conter erros e sofrer alterações no futuro. John é um dos milhores espiões da companhia Smith. Um d...