Capítulo 11

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Um mês depois...

Pov Maiara

Entramos no segundo semestre do ano com o pé direito. Eu e Maraisa voltamos a fazer show e hoje estamos concluindo mais um dia de apresentação em um evento. Nós cantamos com o Gustavo Mioto e foi uma noite mágica. Estamos caminhando de mãos dadas até nosso ônibus. 

Mara: eu fico muito feliz em ver você sorrindo, metade.

Mai: e eu fiquei emocionada com você cantando Se olha no espelho e olhando pra mim...só de lembrar eu choro de novo!

Mara: vamos descansar né? A gente merece.

Um barulho alto ecoa pelo lugar, me assustando. Eu tapo os ouvidos e fecho os olhos, ouço o baque de um corpo caindo no chão e várias pessoas começam a gritar e falar ao mesmo tempo. Abro os olhos e vejo o corpo da minha irmã caído no chão, sangue manchando a roupa dela. Me ajoelho e deito a cabeça dela em meu colo com muito cuidado.

Mai: fica comigo, Maraisa! Por favor! Não me deixa!

Mara: Maiara...e-eu v-vou f-ficar b-bem... - ela diz querendo fechar os olhos -

Mai: não! Fica aqui comigo! Você é forte, Maraisa!

Ela leva a mão até minha bochecha e seca minhas lágrimas, fechando os olhos logo enseguida. Eu desabo em lágrimas e olho pro céu.

Mai: ela não, por favor...eu preciso dela...

Abaixo a cabeça e fecho os olhos, desabando em lágrimas. Ouço a sirene da ambulância e a Paulinha me puxa pra longe da Maraisa. Os paramédicos colocam minha irmã em uma maca.

Mai: eu quero ir com ela! Me deixa ir!

Pau: calma, calma!

Bru: você precisa se acalmar, Maiara. Não acompanhar ela assim.

Mai: me deixem ir! MARAISAAAAAAA!

Os paramédicos, vendo meu desespero, me deixam ir. Entro na ambulância e seguro a mão da minha irmã enquanto eles fazem alguns procedimentos. Eles afirmaram que atiraram nela pelas costas.

Param: isso deve ser suficiente pra ela aguentar até chegarmos no hospital. Conseguimos conter a hemorragia.

Olho pra minha irmã e acaricio seu rosto. Chegamos no hospital e a Paulinha foi de carro com o Bruno. Ela levou uma roupa pra mim, já que a minha está suja de sangue. Me troco e fico na sala de espera enquanto o Bruno liga pro Cesar Filho. Um médico sai do centro cirúrgio e eu corro até ele.

Mai: doutor, como a minha irmã tá? O nome dela é Carla Maraisa.

Med: ela acabou de sair da cirurgia de retirada da bala. O progétil ficou alojado muito próximo da coluna, não chegando a atravessar o tecido pulmonar. A cirurgia foi delicada, mas um sucesso, a paciente está na UTI.

Mai: eu posso vê-la?

Med: sim

Coloco as roupas especiais e entro no quarto. Meu coração se parte ao ver minha metade cheia de aparelhos. Me aproximo dela.

Mai: eu vou cuidar de você, eu prometo. Metade, fica bem logo, tá? Pra gente poder cantar juntas, assistir filmes, fazer palhaçadas no banheiro... - faço um pausa e minha voz fica embargada - Fica comigo, metade...

Os aparelhos começam a apitar e os médicos e enfermeiros entram no quarto. A Paulinha e o Bruno me arrastam pra fora do quarto.

Mai: MARAISA! NÃO ME DEIXA! NÃO ME DEIXA! MARAISAAAAAAAAAAAAA!

Twins • Maiara & MaraisaOnde histórias criam vida. Descubra agora