Terra-29

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Observei a Samantha dormir tranquilamente abraçada à filha, e meu coração se encheu de paz quando senti que ela estava bem, e eu iria cuidar para que aquele daxamita nunca mais machucasse nem a ela e nem a Lena. Nem que para isso eu precisasse sujar minhas mãos com o sangue dele. 

Deixei o quarto em silêncio e fui para sala para ligar para Kara.

— Seeg! Como a Sam está?

— Ela está bem. — suspirei. — Kara, você não pode deixar a Lena só. Eu sei da capacidade dela se defender sozinha, mas não é seguro ela ficar sem proteção enquanto não colocarmos nossas mãos no Mon-El. Ele está decidido a acabar com a vida da Lena e a minha. Eu posso me defender dele, sou kryptoniana. Mas, a Lena é humana. 

— Não se preocupe, Seeg. Eu não vou sair do lado da Lena, mesmo que ela me peça isso mil vezes. E vamos encontrar o Mon-El. E assim que eu colocar minhas mãos nele, ele vai direto para zona fantasma.

— Eu não terei toda essa piedade, Kara. — antes que minha irmã começasse a falar, que matar não é o certo, eu me despedi e encerrei a chamada.

— Seeg. — Ruby se aproximou e sentou ao meu lado no sofá se encostando em meu corpo para que eu a abraçasse. — Seeg, a mamãe vai ficar bem?

— Sua mãe é forte, Ruby. Amanhã ela vai estar cem por cento. E não se preocupe, Ruby. Quem machucou a sua mãe, será punido por isso.

— Você e a mamãe estão namorando?

— Eu gosto da Sam, Ruby. Mas, não estamos namorando. Ainda! 

— Vou torcer por vocês, mesmo eu gostando muito da tia Alex.

— E isso significa exatamente, o quê?

— Você entendeu, tia. Mas, eu também gosto muito de você.

— Ainda bem, eu já estava pensando que eu fosse ser colocada pra fora por uma adolescente que tem como objetivo proteger a mãe.

— Não é ruim a sua ideia, tia. Mas, eu gosto de você também. Só não magoa a mamãe.

— Não tenho intenção nem uma de fazer isso. Prometo. — apertei um pouco mais a Ruby junto ao meu abraço, depositando um beijo sobre os fios castanhos dela.

***

Entrei no laboratório da Lena e a encontrei com total atenção em seu tablet. Estávamos quase terminando a nave, só faltavam os últimos detalhes de configuração.

— Seeg, eu conversei com o Brainy, e eu acredito que encontrei um modo de nos levarmos para outro tempo e até mesmo para outra terra. Caso a teoria do multiverso não seja apenas teoria.

— E vamos abrir essa porta por qual motivo mesmo?

— Ciência? — concordei e segui para a mesa onde estava o transmissor de transmatéria que estava quase pronto para ser ligado a nave.

Enquanto eu terminava a montagem do transmissor, Lena analisava os dados da descoberta dela para executarmos a tentativa de abertura de um portal que nos levaria para outra terra e outro tempo.

— Como foi o encontro com a Samantha?

— Perfeito.

— Minha amiga está feliz.

— Eu também estou feliz, Lena. — sorri ao lembrar do meu encontro com a Sam. — Eu vou pedir a Sam em namoro no nosso próximo encontro. E eu sei que será apenas o segundo, mas confesso que eu me arrependi de não ter feito o pedido no nosso primeiro encontro. — desviei o olhar para Lena. — Você deveria pedir a Kara em namoro, se permitir, Lena. Você tem consciência dos seus sentimentos pela, Kara. E essa consciência deve ser respeitada, porque esse amor não vai ser apagado somente porque você acredita que a Kara não vai corresponder suas expectativas como esposa no futuro. Casa com a mulher que você ama e constrói a família que você deseja. Não tenha medo. Você só vai saber se vai dar certo se você tentar. 

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