Adaptação

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Observei a cidade da varanda do meu apartamento e respirei o ar do meu novo lar, a qual eu não pretendo deixar por um longo tempo. É aqui que a minha irmã está, e eu não pretendo ficar mais nem um dia distante dela. Eu sei que ainda não é o momento de contar a ela quem sou, mas isso não vai me impedir de me aproximar e tentar a construção de uma amizade.

— E lá vai ela voando pelo céu de National City. Boa sorte na missão Supergirl. 

Terminei de organizar minha mudança usando minha super-velocidade, e deixei o apartamento em busca de um restaurante de comida japonesa. 

Enquanto eu almoçava, eu não pude deixar de trocar mensagem com a minha chefe que me aguardava para uma reunião no final da tarde na L-Corp.

— Sua conta Srta. — levantei meu olhar para a garçonete e observei a conta, enquanto eu tirava o cartão da minha carteira para efetuar o pagamento ouvi um estrondo que irritou minha super-audição. — Tudo bem?

— Eu não estava preparada para esse susto.

— Provavelmente é a Supergirl lutando com algum vilão, confesso que tenho medo dessas lutas, mas sei que a Supergirl luta para nos proteger. 

— É normal sentir medo, eu me acostumei com o Superman em Metrópolis, vou ter que me acostumar com a Supergirl em National City.

— A Srta já viu o Superman? 

— Sim. 

— O meu filho ama Superman, o sonho dele é conhecer o Superman e tirar uma foto com ele. — me coloquei de pé após pagar a conta. 

— A comida estava excelente, diga ao chefe que não aprecio um prato japonês tão maravilhoso desde que deixei o meu País, eu já estava com saudade do tempero da culinária japonesa.

— Volte sempre Srta.

— Obrigada. — deixei o restaurante e busquei por um táxi para seguir em direção a L-Corp, mas o meu percurso foi interrompido quando o veículo que eu estava foi atingido pelo corpo da heroína da cidade. Que assim que se recuperou voltou a voar em direção ao ser com quem ela estava lutando.

Me aproximei do motorista e retirei meus óculos para analisar se ele estava bem, constatando que havia apenas desmaiado.

Deixei o veículo e pedi por ajuda a um policial que estava próximo. 

— Ele desmaiou e sofreu um corte superficial na cabeça.

— Vou pedir uma ambulância. 

— National City me parece ser bem mais agitada que Metrópolis. — falei enquanto observava em volta.

— Ai, mas que merda. — o taxista despertou levando a mão a cabeça.

— Fique calmo senhor, uma ambulância já está a caminho. 

— Não acredito que isso aconteceu comigo. O meu carro está todo arrebentado. — levei minha mão na minha bolsa e retirei umas notas para entregar ao senhor que me parecia bem mais preocupado com o estrago do carro. — Não chegamos a nosso destino Srta. 

— Mas não foi sua culpa, e o senhor vai precisar do dinheiro para consertar o carro.

— Obrigado. 

— Fique bem. — me afastei do veículo assim que alguns paramédicos se aproximaram para examiná-la.

— Oi, o senhor está bem? Eu sinto muito por ter atingido o seu veículo. — Supergirl se aproximou com nítida preocupação.

— Não se preocupe Supergirl, eu vou ficar bem. 

— Eu sinto muito. — ela se afastou e se virou, seu olhar parou no meu rosto e vi que ela sabia quem estava olhando. — Você estava no táxi?

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