Laços de Sangue

Não

Despertei me sentindo muito feliz e com o desejo de contagiar a Nia com a minha felicidade. Mas, eu não sabia o que fazer e por isso decidi ir atrás da minha irmã.

Voei em direção ao flat da Kara e cometi o erro de entrar sem avisar antes.

— Seeg. — fechei meus olhos rapidamente, mas não o bastante para não ver o corpo da minha irmã e da Lena sem nem uma peça de roupas.

— Desculpa, eu não… — levei minhas mãos ao rosto tampando meus olhos. — Eu vou te esperar na sua sala. Caminhei em direção a sala esbarrando nas paredes o que fazia a Lena sorrir.

— Será que tem como apagar essa parte da minha memória?

— Não seja dramática, Seeg? Não é como se você nunca tivesse visto uma mulher sem roupa? — Lena comentou ao chegar à sala na companhia da minha irmã. Kara havia se vestido e Lena usava um roupão.

— Srtª Luthor, não vamos entrar nessa questão. Se eu não lembro, eu não vi. 

— Seeg, está tudo bem. A Lena e eu só estávamos trocando um beijo de bom dia.

— Verdade! A falta de roupa foi por causa da noite passada.

— Lena.

— Querida. Seeg pode até não lembrar, mas ela já transou com a sua irmã, e elas fizeram sexo peladas.

— Credo. — Kara balançou a cabeça de forma negativa. — Me fala Seeg, porque você veio tão cedo me procurar? — Kara aproximou-se do sofá e sentou ao meu lado. — O que aconteceu?

— Eu, eu preciso saber como eu faço para conquistar uma pessoa que eu sei que mesmo sem possuir nem uma lembrança, o meu coração pertence a ela. 

— Conquistar? Quem?

— Flores e café da manhã, Seeg. Ela vai amar. — Lena falou e eu concordei, o que me fez sair voando do flat da Kara, sem esperar por mais nem uma informação. Talvez Lena teria algo a mais para me falar, mas minha vontade me fez agir com rapidez e me fez voar para longe.

*** 

Após preparar uma linda mesa de café da manhã, eu me aproximei da porta do quarto da Nia, dei algumas batidas e deixei em frente ao quarto um belo buquê de flores do campo em tonalidades brancas e violetas.

Enquanto eu aguardava a chegada da Nia a mesa eu fechei meus olhos e usei uma técnica de respiração para me acalmar e permitir me concentrar naquele momento.

— Seeg. — abrir os olhos e notei o olhar de preocupação da Nia, o buquê estava em seus braços, o coração dela pulsava de forma acelerada. Nia não estava feliz. 

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa a campainha tocou chamando a nossa atenção. 

Nia foi até a porta e a atendeu, era o Brainy. Um agente do DOE. Ele a questionou sobre as flores. E eu entendi que ele era o par dela, e eu estava agindo como uma idiota.

— Não acredito. — olhei para a torta de morango que tinha a frase "eu te amo" e que sem dúvida a Nia leu, a atingir com minha visão de calor e sair do apartamento. E dessa vez eu não fazia ideia de para onde eu deveria seguir. Eu só queria ficar sozinha. 

Após percorrer o mundo todo voando, eu voei para o alto, eu não fazia ideia se antes de perder minha memória eu já havia desejado deixar a terra como era o meu desejo naquele momento.

— O que eu vou fazer? — pousei no alto de uma pedra e me sentei respirando profundamente. 

Me deitei sobre a pedra com os braços sobre os olhos e minhas pernas cruzadas. Eu deixaria o tempo passar para não agir de forma impulsiva. Principalmente, porque não sei qual caminho seguir.