Capítulo 37

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Como estão?
Desejo que bem.
Eu escrevi esse capítulo com um bolo na garganta. É tão doido isso. Sinto o que meus personagens sentem.
Bom, não estou aqui pra falar de mim.
Vamos ao que interessa, sei que vocês estão ansioses por esse capítulo, então...
Boa leitura!
Beijos, beijos.
Ah, preparem os lenços porque o sofrimento só tá começando.

Elizabete

Acordei me sentindo extremamente cansada.
Demorei alguns segundos até lembrar dos acontecimentos do dia anterior.
O sentimento de tristeza se apoderando de mim. Por mais que eu quisesse votar atrás em minha decisão eu não poderia.

Desejava que tudo fosse diferente, desejava ser feliz ao lado do homem que eu amava, sem os problemas causados por seus traumas e possessividade.

Me virei na cama para constatar que estava sozinha.

Eu queria chorar, sabia que era um prelúdio do que viria nos próximos dias.

Olho ao redor e eu quase não acredito que a porta do quarto está aberta.

Marcus tinha percebido que era loucura me trancar e me privar da liberdade, pelo menos era isso que eu acreditava.

Não me demorei tentando entender. Eu corri para o banheiro, fiz minha higiene as pressas e troquei a roupa porque não poderia sair com roupa de dormir.

Desci as escadas na ponta dos pés, eu não sabia o que estava por vir, tinha a possibilidade dele ter trancado a porta da saída, definitivamente, eu não sabia o que esperar. Nunca sabia o que viria da parte dele.

Encontrei ele na cozinha. Estava preparando um suco para o nosso café da manhã. Meu coração apertou com a constatação de que perderia os momentos bons porque, sim, Marcus era complicado, possessivo, ciumento, mas era igualmente gentil, atencioso, carinhoso, amoroso- isso quando não estava agindo como um louco.

Eu não fiz movimento algum, mas ele se virou sabendo exatamente onde olhar.

Ele sorri, é um sorriso diferente de todos que ele já tinha destinado para mim. Eu sabia que ele estava em negação, talvez eu pudesse fingir também. Partilhar de um café da manhã, nosso último. Deus, eu estava sentindo o bolo se formar em minha garganta. Eu tinha que ir embora logo.

- bom dia, amor.

Sim, definitivamente. Marcus estava em negação. Ou talvez ele não acreditasse que eu teria coragem de levar o término a diante. Pensar nisso me causou um pouco de revolta.

- onde está meu celular?

- no cofre.

Me aproximei ficando perto da ilha, ele veio para colocar a jarra de suco perto de um prato. Bolo de banana e aveia. Ele sabia que eu amava todo tipo de receitas feitas com banana, mas bolo de banana era meu fraco. Eu queria chorar. Eu queria gritar. Eu estava sentindo tudo ao mesmo tempo. Eu o amava tanto, mas nós não podíamos ficar juntos.

Me muni de coragem para dizer o que precisava dizer, caso contrário nunca sairia dali.

- você poderia pegar meu celular para que eu possa chamar um Uber?

Ele fechou os olhos, Deus. Isso era difícil. Marcu me magoou tanto, ainda sim, eu odiava ver ele assim. Odiava saber que estava fazendo ele sofrer. Nunca foi minha intenção, nunca foi.

- sente-se, vamos comer.

Neguei com um movimento firme de cabeça.

- não estou com fome, Marcus.

- Lizzie, você poderia por favor, se sentar e comer?

- eu não quero! - percebi a nota de irritação em minha voz e tentei me controlar - eu preciso ir agora, por favor, não torne tudo ainda mais difícil- olho para a entrada a procura da minha bolsa, eu não tinha idéia de onde estava, mas sabia que deveria estar na mesinha da entrada - preciso das minhas coisas para ir embora, se não posso ter meu celular preciso pelo menos de dinheiro para pegar o ônibus. Onde está a minha bolsa?

A Obsessão de MarcusOnde histórias criam vida. Descubra agora